Show do Pintor Profissional - Edição 209

SHOW DO PINTOR • AGOSTO 2020 15 Durante a quarentena, muitas pessoas têm tirado do papel pequenas reformas e a pintura, pelo seu poder de transformação e por ser uma forma acessível de renovar os ambientes, se tornou uma excelente aliada nestes projetos. Para não errar, a Eucatex separou algumas dicas. FERRAMENTAS Para que um trabalho seja bem executado é necessário ter em mãos todas as ferramentas adequadas à realização do projeto. No caso da pintura de paredes, será necessário utilizar: lixa para regularização da superfície, pano para retirar o pó após o lixamento, bandeja de pintura, rolo, pincel, espátula para misturar a tinta, fita crepe para isolar cantos e batentes de portas e janelas, além da tinta. Com todas as ferramentas básicas à disposição, o pintor conseguirá organizar o seu cronograma de pintura e evitar interrupções ou retrabalho devido à ausência de materiais apropriados. REGULARIZAÇÃO DE PAREDES Antes de iniciar a pintura, primeiro é necessário analisar a superfície que será pintada e verificar se está em condições adequadas para receber a tinta. Se tudo estiver em ordem, basta seguir os passos de lixamento, limpeza do pó com o auxí- lio de um pano úmido (preferencialmente de microfibra pois não solta coloração ou fiapos) e pintura. No caso de manchas e mofo causados pela umidade, é importante observar a parede externa e realizar sua impermeabilização. O gerente de marketing das Tintas Eucatex, Argemiro Sanches, explica que atualmente é muito frequente ver a utilização de gesso no lugar do reboco comum e isso pode ocasionar patolo- gias causadas pela umidade. “Em muitos casos de manchas amareladas, apenas o lixamento e aplicação de tintas e massas não serão suficientes para resolver o problema, pois esse amarelamento migra. A forma correta de solucionar é aplicar um fundo base solvente branco fosco ou ainda um esmalte sintético branco fosco, que irá bloquear a migração das manchas”, explica Sanches. Manchas amarelas também podem ocorrer nas placas de gesso em decorrên- cia dos desmoldantes utilizados para soltar as placas da forma. Se isso ocorrer, a indicação também é pelo uso do fundo preparador base solvente ou esmalte sintético antes da aplicação de massa corrida e do início da pintura, sempre res- peitando o tempo de secagem de cada produto. Essa também é a indicação para regularização de superfícies calcinadas (presença de pó) por conta da ação de intempéries ou pela utilização de tintas de baixa qualidade. O lixamento também é uma etapa muito importante na pintura e jamais deve ser ignorado, pois ele irá auxiliar na abertura dos poros na superfície da parede, pro- porcionando melhor ancoragem da nova tinta, trazendo mais resistência à pintu- ra e evitando possíveis descascamentos da superfície. MANUSEIO E CUIDADOS COM A TINTA Ao escolher uma tinta, leve em consideração diversos aspectos relacionados às suas necessidades como o tipo de superfície em que será aplicada, se será para uso interno ou externo, o rendimento e durabilidade do produto etc. Para que a FUJA DOS ERROS MAIS COMUNS NA PINTURA SEGUINDO OS CINCO PASSOS, O RETRABALHO É EVITADO tinta atenda a todos os atributos destacados na embalagem, bem como às expectativas quanto ao resultado final, é muito importante que seu manuseio seja feito da maneira correta. O primeiro passo ao abrir a lata de tinta é promover a homogeneização do produto, misturar bem para incorporar todas as partículas que pos- sam ter assentado durante a armazenagem. Depois de homogeneizar deve-se separar uma parte para fazer a diluição seguindo as recomenda- ções da embalagem, que pode variar de acordo com cada produto. Mis- ture bem novamente e a tinta estará pronta para ser utilizada. Caso não sejam seguidas todas estas etapas, a pintura pode acabar commanchas, falta de cobertura ou ainda provocar uma perda na resistência. Em caso de sobra de tinta, ela pode ser guardada, porém, sempre have- rá uma perda nas suas características originais devido ao contato com bactérias por meio do ar. Se optar por guardar, armazene apenas a tinta que não foi diluída em sua própria lata e utilize uma garrafa limpa para guardar a tinta diluída. Lembre-se de fechar bem o recipiente, em qual- quer uma das situações. ACABAMENTO Mais do que apenas uma questão estética, os tipos de acabamento po- dem facilitar a rotina no dia a dia, quando fazemos a escolha certa para cada tipo de utilização do ambiente, além de contribuir para maior dura- bilidade da pintura. Acabamentos acetinados ou semibrilho são indica- dos para locais que necessitam de manutenção constante, pois podem ser limpos utilizando-se apenas um pano úmido embebido em água, sem produtos de limpeza. Sanches comenta que as tintas foscas podem ser aplicadas em áreas internas e externas e são muito utilizadas nos projetos de interiores. “Apesar de ser menos lavável, uma das vantagens do acabamento fosco é que, além de ter uma aplicação mais simples, pois esconde melhor pequenas imperfeições na parede, permite alguns retoques sem ficar aparente”, ressalta. DEMÃO E SECAGEM Este é um tópico que também varia de acordo com cada produto. Em ge- ral são necessárias, no mínimo, duas demãos de tinta para um resultado satisfatório. É sempre importante respeitar o intervalo entre as demãos especificado na embalagem do produto para obter maior cobertura e resistência. Em dias de frio, pode-se utilizar um ventilador para ajudar na circulação do ar e auxiliar na secagem. Já em dias quentes, mesmo que a tinta esteja seca ao toque, deve-se respeitar a recomendação da embalagem.

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