Show do Pintor Profissional - Edição 211

SHOW DO PINTOR • OUTUBRO 2020 34 trabalho, já podemos contar como gasto em dobro. O famoso barato que sai caro. Então, pensar primeiramente no menor preço não é o caso. Não importa se é um Fusca ou uma Fer- rari. A qualidade deve sempre estar presente em qualquer trabalho. Afinal, quanto custa o sonho realizado e a satisfação do cliente? Começar pela escolha do preço é um tipo de comodidade, que acompanha o medo da ex- perimentação e a crença de que todo produto é igual. Isso definitivamente não colabora para o crescimento profissional. É preciso ousar. Quando iniciamos o trabalho com a tinta base água, por exemplo, houve grande resistência por parte de alguns pintores. Mas com o trei- namento realizado pela AkzoNobel e a certeza de que era possível garantir os mesmos resul- tados, conseguimos com que mudassem de opinião. Queríamos além de testar uma nova tecnologia, seguir as normas ambientais e co- laborar com a saúde de nossos funcionários. Acredito que a economia é importante, mas faz parte de um conjunto. Não adianta me- lhorar ou investir em metade do processo. E o resultado também não depende somente de um único produto ou artimanha. Tem que estar embutido neste conjunto de ações, que tem como objetivo a alta qualidade e padrão de excelência, fundamentais para a experiên- cia de trabalho do pintor e bom conceito da oficina. ARTIGO Como garantir um resultado competente na pin- tura sem ter que desembolsar um alto valor na compra de produtos? Essa é uma pergunta que me fazem frequentemente. A questão é que não existe milagre. Por mais competente que seja o pintor, é necessário utilizar produtos de qualida- de para um trabalho final bem feito. No entanto, é importante que os profissionais primeiramen- te compreendam o que significa uma pintura bem feita. Há vários padrões de exigência tanto da parte do cliente como das oficinas, mas na verdade, só existe um único padrão de quali- dade. É aquele em que um olho bem treinado não encontrará defeitos, principalmente olhan- do contra a luz, onde as imperfeições ficam bem evidentes. Típicos de uma pintura executada por amadores ou realizada sem precisão. Tal capacidade é alcançada com o devido co- nhecimento das técnicas e muito treinamento. O treino pode ser feito a todo momento, obser- vando a qualidade de pintura dos carros na rua e até durante eventos e feiras do nicho. Depois de ECONOMIA COM ALTA QUALIDADE NA PINTURA. É POSSÍVEL? Por Fernando Baptista, proprietário da oficina Batistinha Garage / @batistinhaoficial muita análise e comparação, é possível enxergar um padrão de alta qualidade. Muitos pintores já me disseram que essa atitude fez com que eles mudassem o conceito de exigência no resultado final de um trabalho, seja de reparação tradicio- nal ou rápida. Tudo faz diferença para alcançar a primazia. Não adianta usar uma boa tinta ou ver- niz e depois não dar continuidade em outros pro- cessos. É necessário que o carro já tenha tido lá no início, um bom trabalho de funilaria, que vai colaborar com a preparação, etapa mais demo- rada de um serviço de restauração por ser total- mente artesanal. E na finalização com o verniz, onde pode ocorrer riscos, manchas e contamina- ção, a atenção continua. O mesmo serve para o polimento que, se bem feito, só valoriza a cor e a qualidade do trabalho. A aquisição de produtos com alta tecnologia agregada vale tanto a pena quanto a escolha do local onde será realizado o processo, a ca- bine, por exemplo, que deve ser totalmente vedada. Outro item é a pistola de pintura. De- cidi investir em uma pistola de pintura perso- nalizada com a empresa Wimpel, justamente para agregar mais qualidade à metodologia de trabalho. A MP-800 by Batistinha foi proje- tada para atender a todos os pintores auto- motivos do mercado. Pistola HVLP, pensada para entregar maior ergonomia ao pintor, oferecendo um leque perfeito com transfe- rência que chega até 85% e menor over-spray. Mas é gasto ou inves- timento? Depende do ponto de vista. No setor de pintu- ra da Batistinha Ga- rage, por exemplo, optamos por uma linha de produto que atendesse o seg- mento de alta per- formance, mas com economia. A Linha Classic da Sikkens foi a que escolhemos pelo alto custo-be- nefício. Se o produ- to é mais em conta, mas não rende ou se faz necessário o re-

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