Show do Pintor Profissional - Edição 212

SHOW DO PINTOR • NOVEMBRO 2020 13 Já a Alessi Massa para Efeitos foi desenvolvido para que você possa explorar sua criatividade e modernizar seus ambientes, conforme Fabiana, através de efeitos como: mármore, bam- bu, linho, jeans, madeira e inúmeros outros efeitos. SHERWIN-WILLIAMS A linha Sherwin-Williams Efeitos Especiais vai disponibilizar, a partir de novembro, para consumidores, arquitetos e pintores profissionais, produtos com os acabamentos de Aço Corten, Cimento Queimado e Mármore, com várias opções de cores no Sistema Tintométrico ColorSnap. Também foi relançada a linha de Texturas Premium sob a tutela da marca Texturarte, nas versões Lisa, Grano, Creata e Rústica, que complementam o portfólio de acabamentos decorativos da empresa. ARTIGO A pintura como a conhecemos hoje, está aberta a várias tecnologias de aplicação e os pintores têm se deparado, cada vez mais, com novas for- mas de realizar suas atividades. Mas uma coisa ainda me chama atenção. Particularmente, não sei de onde surgiu o tal rótulo, porém gostaria muito de entender: o que é uma pintura de alto padrão? Sempre entendi que uma pintura deve ser realizada dentro dos procedimentos técnicos e de acordo com os procedimentos solicitados pelo boletim técnico de cada fabricante, além do respeito à NBR 13.245, além de um nível de acabamento que venha atender a necessidade do cliente, ou seja, uma pintura perfeita. Mas o mercado, de alguma forma, criou o que chama- mos de rótulos de pintura e, neste rótulo, está a de alto padrão. A pergunta que faço é a seguinte: a pintura sendo ela qual for não deveria ser de alto padrão? Pois o que eu entendo de alto padrão é uma pintura muito bem feita, com excelente acabamento. Os produtos disponíveis no mercado, hoje, nos ajudam em muito a conseguir esse desempe- nho, então o porquê do rótulo? Em mercados mais desenvolvidos, a pintura é encarada como parede pintada. Em muitos lugares do mundo, o pintor sequer conhece massa corrida. O sistema construtivo, por outro lado, vem mudando mui- to com o passar dos anos e a função do pintor vem ganhando cada vez mais facilidade na arte de executar suas tarefas. PINTURA DE ALTO PADRÃO Por: André Nogueira, educador, químico especialista em tintas e pinturas A ideia desse texto não é fazer uma crítica à pin- tura dita de “alto padrão” e sim trazer à luz do entendimento para pintores profissionais que, qualquer que seja a atividade que irá desen- volver, deverá ser feita com excelência e, neste caso, ela deverá ser de alto padrão, o que sig- nifica uma pintura de qualidade. É claro que é preciso corrigir alguns processos na cadeia pro- dutiva do sistema construtivo, principalmente na alvenaria, gesso corrido e drywall, que a cada dia vêm se tornando os nossos substratos e/ou superfície de trabalho mais conhecidos. Mas por outro lado, já está na hora de adotarmos proces- sos para realizarmos essas atividades de forma mais rápida e de acordo com o que pede o bom manual do pintor profissional: a expertise. Fica aqui uma solicitação muito importante às associações de pintores como ABRAPP e MBPM, que busquem uma comunicação mais estreita com os multiplicadores das cadeias produtivas que fazem parte do processo de pintura, desde os fornecedores de gesso corrido, passando pela associação de drywall, e chegando até ao sindi- cato da construção civil. A comunicação de todos esses corresponsáveis pela entrega final da “pa- rede pintada” precisa estar diretamente alinha- da à necessidade de todos os interessados nesta cadeia, pois quando todos juntam esforços para que cada um de seus processos esteja de acordo, os prazos para entrega das atividades serão radi- calmente diminuídos, contribuindo não só para a redução do custo, mas principalmente para atin- gir a tão solicitada e quase utópica “pintura de alto padrão”. O que quero dizer é que toda e qualquer pin- tura deve ser de alto padrão. Não importan- do o tipo de produto usado ou cliente assis- tido, a pintura de alto padrão deve fazer parte do foco principal do pintor profissional, desde que o substrato e/ou superfície que ele venha a trabalhar esteja a contento e, caso não este- ja, ele, o pintor profissional, dotado de conhe- cimento técnico, terá muito mais argumento para dialogar com o cliente e demonstrar que o resultado da pintura está diretamente relacio- nada à forma como a superfície e/ou substra- to que será fornecido, pois a função da pintura é apenas de acabamento e não de correção. É preciso, cada vez mais e de forma urgente, alinhar-se às diferentes metodologias constru- tivas do país, além de estabelecer uma cultura de aplicação focada no aprendizado continuo, entendendo que cada fase de um processo é ex- tremamente importante, respeitando não só a própria atividade que é de competência de cada profissional, mas respeitando principalmente o próximo que irá entrar nessa cadeia.

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