Show do Pintor Profissional - Edição 212

SHOW DO PINTOR • NOVEMBRO 2020 20 produto incorreto para a situação. Após a orientação técnica, o problema foi resolvido, o Verniz PU AnjoCarbon HS teve um excelente alastramento e brilho”, conta o gerente. Outro case de sucesso interessante foi em uma oficina que conseguiu melhorar sua produtividade e rentabilidade utilizan- do os serviços oferecidos pela marca Sikkens, como conta Alex Paz, super- visor técnico da AkzoNobel. “Primeiramente, fizemos análise da situação atual do cliente através do nosso serviço de diagnóstico System Scan. Após análise desse relatório, foi constatado que a oficina poderia recuperar mais carros por mês ampliando sua produtividade e também melhorar sua ren- tabilidade. Dessa forma, com o processo de melhoria contínua proposto, ela elevou sua produção em 49%, por meio da implementação do sistema Sikkens e revisão do layout produtivo. Também aumentou o faturamento de mão de obra em 105% e ticket médio em 38%, com a capacitação para ges- tores da AkzoNobel BMT, treinamento de reciclagem para os orçamentistas e prática do conceito de reparo rápido. Essas melhorias foram alcançadas pelo acompanhamento da nossa equipe técnica especializada”, conta Paz. GUIA DE PROBLEMAS E SOLUÇÕES É importante identificar a causa raiz dos problemas para aplicar a solução adequada. A falta de aderência, por exemplo, pode estar relacionada a di- versas variáveis, como a má preparação da superfície, um processo de lixa- mento mal executado, erro na proporção de catálise ou um sistema incom- patível com o substrato onde está sendo aplicado, por exemplo. Após avaliar as condições da repintura e possíveis causas, é importante corri- gir e estabelecer um processo padrão adequado para evitar que o erro se re- pita. “Em relação à diferença de tonalidade, a situação é a mesma. Ela pode ocorrer por um desenvolvimento errado da cor, falta do processo de acerto, camada baixa da tinta e erro na regulagem do equipamento de aplicação, entre outros motivos. Nesses casos, é importante ficar atento ao processo de desenvolvimento e acerto da cor, buscando a máxima fidelidade possível, além de utilizar as ferramentas de cores adequadas para o ajuste. Quando o erro já aconteceu, é necessário refazer o processo, lixando e repintando as peças”, conta Vettorazzi. Para prevenir, é importante prestar muita atenção e seguir as catálises recomendadas pelos fabricantes (como não usar catali- sadores de outras marcas ou tipos diferentes que não sejam os indicados), realizar as manutenções da cabine e equipamentos de pintura periodica- mente, seguir o processo de preparação e lixamento adequados, entre ou- tros cuidados. Além disso, é preciso realizar sempre uma análise prévia do substrato no qual a pintura será realizada e do sistema de pintura utilizado para o serviço, com o objetivo de garantir que está adequado e compatível aos requisitos necessários. A perda de brilho é bem frequen- te e pode acontecer por vários fatores, como a preparação de produtos de forma diferente à indicação do boletim técnico, o uso de endurecedores e thinners de fabricantes diferentes do produto a ser preparado e excesso de lixamento da super- fície após a pintura. Outro erro frequente é a sujeira na pintu- ra - os principais fatores provêm de repinturas realizadas em locais não adequados, falta de manutenção nas cabines de pinturas, limpeza da área de trabalho e dos trajes utilizados pelo pintor. Todos esses fatores podem contaminar a pintura. Já enrugamentos e as manchas d’água acontecem quando a preparação não segue as orientações do boletim técnico do produto e pela escolha de produtos e solventes inadequados na repintura, de baixa qualidade. “A solução para esses pro- blemas é a preparação correta dos produtos, seguindo todas as orientações contidas em seus boletins técnicos, limpezas de peças, cabines, roupas e locais de trabalho e utilizar equi- pamentos conforme recomendações do fabricante”, conta Romero, da Skylack. Já as incomodas marcas de lixamento, deve-se seguir a sequência de granulometria de lixas indica- das pelo fornecedor, pois a utilização de lixas mais grossas ou não efetuar a sequência recomendada ocasiona marcas que trazem problemas de acabamento final, fora da quali- dade esperada, sendo, em muitos casos, necessário refazer o processo. Também é primordial a utilização de técnicas de controle de lixamento para evitar haver região não lixada ao final dessa etapa.