Show do Pintor Profissional - Edição 215

SHOW DO PINTOR • MARÇO 2021 18 SISTEMAS TINTOMÉTRICOS AUTOMOTIVOS No Brasil, o maior percentual de sistemas tintométricos automotivos está dentro das lojas, porém a sua aquisição por uma oficina se torna viável àquelas que possuem de médio a grande giro de passagem de car- ros mensalmente. Ao adotar um sistema tintométrico, as principais eco- nomias estão relacionadas à otimização do tempo e o processo de de- senvolvimento e acerto da cor se torna mais prático e assertivo, mesmo para formulações mais complexas. Além disso, o sistema tintométrico facilita o desenvolvimento de cores de efeito, como as perolizadas e me- tálicas, além de pinturas especiais, como tricoat e quadricoat, evitando desperdícios, sendo possível desenvolver a quantidade exata necessária para o serviço de repintura que será prestado no veículo. A redução do desperdício de produtos é outro ponto de grande destaque RAPIDEZ NA ENTREGA E FIDELIDADE DE COR OFICINA DE REPARAÇÃO GANHA AUTONOMIA NOS PROCESSOS AO INSTALAR O SISTEMA DENTRO DO ESTABELECIMENTO para a oficina que consegue desenvolver a quantidade específica necessária para cada serviço de repintu- ra que será prestado no veículo, com fidelidade de cor, além de agilizar a pintura do veículo, uma vez que o pintor terá à sua disposição imediata qualquer cor de que ele necessite. “Dessa forma, as vantagens, de ummodo geral, estão relacionadas à autonomia, otimização de processo, economia de tempo e facilidade no desenvolvimento de cores”, conta Ricardo Vettorazzi, gerente técnico do laboratório de repintura automotiva da PPG. Vale destacar que tanto a loja quanto a oficina aumentam o nível de qualidade, assertividade de cor e produtividade das suas operações, ou seja, elas entram em outro patamar, passando a ter à sua disposição todas as cores automotivas que rodam no Brasil. Wilson Lima, que trabalha na oficina WDJ Car, instalou o sistema tintométrico e está muito satisfei- to com os resultados obtidos. “Utilizamos o sistema tintométrico da Skylack e ele veio para ajudar e muito nosso dia a dia na oficina. Minimiza riscos de contaminação, ocupa pouco espaço, propor- ciona agilidade e garantia das misturas dos pigmentos corretos para acerto da tinta. Assim consigo economizar tempo, dinheiro e assertividade. Reconheço a eficiência da ferramenta de trabalho.” Israel Ghedin, químico formulador de repintura automotiva da Farben, também menciona um caso de cliente satisfeito. “Lembro de uma concessionária que optou pelo sistema tintométrico Farben e obteve melhores resultados em relação ao desempenho do produto, como cobertura e rendimento, com preço mais competitivo. Esses fatores contribuíram para qualidade dos serviços prestados pela oficina e, também, aumentaram a sua rentabilidade”, descreve Ghedin. AVALIANDO A NECESSIDADE DO SISTEMA Apesar das vantagens mencionadas, não são todas as oficinas indicadas para terem o sistema, como explica Juarez Correa, diretor de vendas da Skylack. “A aquisição de um sistema tintométrico pelas lojas de tinta é essencial, já que ele permite às lojas trabalharem com um estoque otimizado de bases, que proporciona a produção de todas as cores utilizadas no segmento automotivo. Já para as oficinas, o ideal é que elas tenham um volume mínimo de carros pintados mensalmente. Caso não tenham, a sugestão seria fazer uma parceria com uma loja, para que trabalhem juntas na produção das cores necessárias, gerando produtividade e economia, já que é possível produzir apenas a quantidade necessária para aquela reparação”, sugere Correa. Um bom indicador para o proprietário do estabelecimento avaliar a necessidade é verificar o atendimento da demanda versus o prazo de entrega dos serviços assumidos pela oficina. Quando existe a possibilidade de aumentar a quantidade produtiva e melhorar o tempo e a qualidade do serviço prestado, trazendo, consequentemente, melhoria na receita da empresa, esse é o principal sinal da oportunidade de implementação do sistema na oficina. É importante analisar o número de carros reparados e, principalmente, o aumento dos custos nos reparos, como explica Luciano Trindade Alves, supervisor de assistência técnica da Sherwin-Williams. “Quando se compra a tinta confeccionada na loja, em regra, o lojista vende acima de 450ml ou 900ml. Sendo assim, para um pequeno reparo onde é necessário 100ml de tinta, teremos uma sobra desnecessária, aumentan- do os custos. Existe também os casos de companhias de seguro exigirem que a oficina tenha uma máquina tintométrica para que seja credenciada.”

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