Show do Pintor Profissional - Edição 218

SHOW DO PINTOR • JUNHO 2021 24 VERNIZES AUTOMOTIVOS No mercado, há inúmeros vernizes automotivos e o resultado final da repin- tura está diretamente ligado à sua aplicação. Quando a escolha do verniz é feita corretamente, tendo em vista a alta qualidade do produto, o tipo de trabalho e a aplicação, além de seguir as indicações do fabricante, os resul- tados de brilho e acabamento são excelentes. Para o aplicador conseguir identificar o produto ideal para a sua necessidade, inúmeros são os pontos que podem ser observados, desde a qualidade do resultado final, o tempo esperado pela conclusão do trabalho, até o valor que o cliente deseja desembolsar. Os dois tipos de vernizes que são mais utiliza- dos para repintar os carros são: poliuretano e poliuretano alto sólidos. A diferença entre os dois produtos se dá pelo teor de sólidos, como explica Ricardo Vettorazzi, gerente téc- nico do laboratório de repintura automotiva da PPG: “O verniz poliuretano, no geral, tra- ta-se de um produto bicomponente, onde a secagem acontece por meio de uma reação química (verniz mais catalizador), a secagem ocorre em tempo adequado para o processo e apresenta maior resistência, pois, assim, a perda do brilho e o desgaste são menores. Já no verniz poliuretano de alto sólidos, o teor de sólidos é muito superior ao citado ante- riormente. Também se trata de um verniz bi- componente e, em função do seu alto teor de sólidos, possui alta resistência química, mecâ- VERNIZES E SUAS UTILIZAÇÕES PARA ESCOLHER O PRODUTO ADEQUADO, O IDEAL É ENTENDER QUAL A NECESSIDADE DO CLIENTE E O TIPO DE SERVIÇO QUE ELE BUSCA nica e a intempéries, além de brilho duradouro. Vernizes alto sólidos, no geral, possuem rendimento superior, o que torna sua utilização viável em função do custo e benefício”. Podemos dizer também que os vernizes se distinguem pela função. Por exemplo, existem vernizes de secagem mais rápida, que são voltados para processos de retoque, vernizes base d’água (que têm apelo ecológico como característica principal), vernizes foscos e semifoscos, utilizados para pinturas especiais e customização, entre outros. Para Sandro de Oliveira, chefe de marketing da WEG, as principais diferen- ças entre os vernizes estão na quantidade de sólidos por volume, capacida- de de resistir a ataques químicos, manutenção do brilho, preservando o as- pecto de novo, e na necessidade ou não de polimento no acabamento. “Se o cliente deseja um produto final de melhor qualidade e que possa resistir à ação do dia a dia, faz-se necessária a aplicação de vernizes bicomponentes.” Sandro Lemos, gerente de segmento de mer- cado da AkzoNobel, lembra que um bom ver- niz, aplicado da forma correta, irá proporcionar bom acabamento e, provavelmente, irá reduzir a necessidade de retrabalho. “Um verniz de bai- xa qualidade, ou aplicado incorretamente, pode ocasionar diversos desvios no resultado final do trabalho, como queda do brilho e escorrimen- to, que geram retrabalho e despesas adicionais para a oficina, e ainda insatisfação do dono do veículo”. BICOMPONENTES VERSUS MONOCOMPONENTES Verniz bicomponente é um verniz no qual a se- cagem irá ocorrer somente por reação química entre o verniz e o endurecedor, diferentemente

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