Show do Pintor Profissional - Edição 230

SHOW DO PINTOR • JULHO 2022 24 LIXAS E FITAS ADESIVAS Para ter o acabamento primoroso na pintura e a satisfação do cliente, mui- tos detalhes devem ser pensados antes de se dar a primeira pincelada na parede. É muito importante atentar à qualidade da fita usada para mascara- mento das superfícies, pois fitas de má qualidade podem causar acabamen- to serrilhado. Já o produto adequado evita retrabalho, uma vez que a fita de boa qualidade impede que áreas que não devam ser pintadas apresentem borrões e respingos de tinta, como explica Eginaldo Jose Franzão, gerente de marketing ao consumidor da Norton Abrasivos. “Na hora de retirar a fita, pode acabar puxando a pintura, podendo, às vezes, até rasgar facilmente, dificultando o mascaramento. Outro problema que pode ocorrer é o desco- lamento da fita após todo o processo de mascaramento, gerando retraba- lho, perda de tempo e dinheiro para o profissional. Além de vazamento de tinta para áreas indesejadas (respingos e borrões); transferência de adesivo para a superfície; e delaminação da pintura, no caso de divisão de cores ou pinturas decorativas.” Brenda Pereira, assistente de marketing da Adelbras, lembra que o investi- mento com as fitas é pequeno para o consumidor final. “Depende muito da superfície e do tipo de tinta que se utiliza, mas no geral menos de 2% do in- vestimento é destinado ao mascaramento com fita crepe. Ou seja, não com- pensa utilizar produtos de baixa qualidade, por isso recomendamos sempre fitas adesivas específicas ao uso, para um acabamento profissional.” Esse mercado está em expansão e atualmente existem inúmeros fabricantes que oferecem produtos com bom poder de adesão, evitando o descolamen- to da fita na superfície. Luciano Lannarone, coordenador de vendas da TesaMercosul, detalha a evo- lução deste mercado. “Lembro que, antes, um pintor tinha que cobrir toda a salaemascarar todas asbordasdasportas e janelasusandofitasquenãoeram muito adequadas e plásticos para a cobertura, o que muitas vezes compro- metia o resultado do trabalho. Hoje oferecemos fitas adesivas extremamen- te eficazes para esse tipo de serviço, como as fitas crepe Tesa 4352 e 53123, além de soluções 2 em 1, como a película protetora Tesa Easy cover 0440.” Tão importante quanto a fita a lixa é essencial para oferecer acabamento diferenciado na pintura. Para se obter este resultado, deve-se usar uma lixa ACABAMENTO PERFEITO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE LIXAS E FITAS SÃO GRANDES RESPONSÁVEIS POR OFERECEREM UMA PINTURA IMPECÁVEL. CONHEÇA AS NOVIDADES QUE O MERCADO OFERECE de qualidade para garantir um nivelamento perfeito, ausência de riscos, re- moção da tinta velha e outras imperfeições na superfície a ser pintada. Esse processo é indispensável sempre que um procedimento de pintura for pla- nejado para aquela superfície. Seja para nivelar, remover detritos, acertar massas ou remover camadas de tintas antigas. Uma lixa de qualidade apre- senta alta resistência do grão e do costado (parte de trás da lixa, a base em que os grãos são colados) e proporciona excelente acabamento. O lixamento não deve ser realizado apenas sobre a massa corrida, mas tam- bém entre as demãos. A escolha de uma lixa de qualidade oferece ainda melhor produtividade, uma vez que é possível usar menor número de folhas para se obter o resultado desejado. “As lixas de qualidade auxiliam no polimento, nivelação, correção e uniformi- zação das superfícies novas ou em processo de repintura, eliminando imper- feições ou brilhos. E, assim, facilitando a aderência entre demãos, permitindo um acabamento perfeito”, conta Cirilo Pires, analista de marketing da Atlas. LIXAS NÃO SÃO TODAS IGUAIS As diferenças mais relevantes entre os vários tipos de lixas disponíveis são os seus três componentes básicos: costado (papel, tecido, papel látex, pa- pel impermeável), abrasivo (óxido de alumínio, carbeto de silício, zircônio) e adesivos (colas e resinas). Elaine Siqueira, coordenadora de marketing da Lixas Tatu, detalha que na pintura ou repintura imobiliária deve-se usar a lixa massa ou lixa de água. “Já a escolha da granulometria (número do grão abrasivo) vai depender do estado da superfície. Lixas de grão grosso (50, 60 e 80) para desbaste, lixas de grão fino (150, 180 e 220) para acabamento, e quando se tornar necessário usar uma lixa de grão médio (100, 120 e 150) para um acabamento intermediário.” Eginaldo, da Norton, complementa informando que a lixa ideal deve ser es- colhida a partir da determinação da superfície ou material a ser lixado e a partir da análise da quantidade de material a ser removido. A partir dessas informações, é possível determinar o uso da especialidade da lixa (lixa mas- sa, lixa ferro, lixa d’água ou outra) e o grão abrasivo (grãos menores para maior remoção e maiores para melhor acabamento). Foto: Tesa

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