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23º Encontro Anual da Indústria Química abordou desempenho do ano para mais de 600 pessoas

12/12/2018 - 10:12

A Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim realizou, no dia 7 de dezembro, no Hotel Unique, em São Paulo, o 23º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ), onde anunciou que o faturamento do setor deve subir em 2018 cerca de 20% em real e 5% em dólar. A entidade estima um faturamento de 127,9 bilhões de dólares ou 462,3 bilhões de reais. “Os números positivos escondem um grande desafio, pois este crescimento nos traz de volta ao patamar que tínhamos em 2008”, afirmou o vice-presidente do Conselho Diretor da entidade, Fernando Musa.

O déficit da balança comercial do setor voltou a crescer e deve chegar a aproximadamente US$ 30 bilhões. “25% do faturamento do setor vem dos produtos exportados. Estamos gerando empregos e renda no exterior. Mas estamos prontos para investir aqui uma vez que as condições de competitividade global estiverem presentes”, declarou Musa.

A entidade apresentou também um estudo sobre os entraves burocráticos à competitividade da indústria química, em que identificou 23 pontos a serem resolvidos. “O Brasil pode economizar de R$1 bilhão a R$ 1,5 bilhão por ano se as medidas que propomos forem adotadas”, afirmou o presidente-executivo da entidade, Fernando Figueiredo.

Além da burocracia, a Abiquim mapeou outras 73 propostas nas dimensões matéria-prima, logística, tecnologia, energia, comércio exterior e regulação, para reconquistar a competitividade da indústria química no Brasil. “São propostas que não oneram o setor público, dependem apenas de vontade política e que, se adotadas poderiam aumentar o PIB do setor químico em 20% nos próximos quatro anos, e dobrar até 2030”, ressalta Marcos de Marchi, presidente do Conselho Diretor da entidade.

A Abiquim também lançou o Compromisso Voluntário da Indústria com a Economia Circular do Plástico, com o objetivo de dobrar o índice de reciclagem de plástico até 2030 e atingir 100% de reciclagem até 2040. “São metas ambiciosas, mas possíveis. Nós queremos dialogar com todos os setores sobre este tema. Se de um lado, os benefícios do plástico para a humanidade são insubstituíveis, por outro, a gestão de resíduos sólidos é uma questão complexa”, afirma Edison Terra, coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas, Coplast, da Abiquim.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a Reforma da Previdência é uma pauta que precisa ser debatida com urgência, sendo necessário que haja um regime equilibrado que atenda a todos. A Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) também anunciou o seu novo presidente para o próximo biênio, o deputado Alex Manente, líder da bancada do PPS na Câmara dos Deputados, que ressaltou a importância do País ter uma indústria química forte e que será necessário debater temas como a matéria-prima, cuja competitividade precisa ser maior.

O deputado João Paulo Papa (PSDB/SP), que ocupou a presidência da FPQuímica, no último biênio, foi homenageado e lembrou o trabalho desenvolvido pela Frente para estimular o desenvolvimento do setor. O deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) destacou a união entre parlamentares de diferentes partidos e o trabalho realizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para haver um pacto pelo desenvolvimento da indústria nacional.

Compromisso voluntário pela economia circular do plástico

Durante o ENAIQ, a Abiquim lançou o Compromisso Voluntário da Indústria com a Economia Circular do Plástico, com o objetivo de dobrar o índice de reciclagem de plástico até 2030 e atingir 100% de reciclagem até 2040. “São metas ambiciosas, mas possíveis. Nós queremos dialogar com todos os setores sobre este tema. Se de um lado, os benefícios do plástico para a humanidade são insubstituíveis, por outro, a gestão de resíduos sólidos é uma questão complexa”, afirma Edison Terra, coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas, Coplast, da Abiquim.

O compromisso assumido pelos produtores de resinas termoplásticas associados à entidade tem o objetivo de promover e ampliar o alcance da economia circular nas embalagens termoplásticas, que demandará o esforço conjunto dos diferentes elos da cadeia do plástico, governo e sociedade.

Segundo o Compromisso, as empresas do setor têm como aspiração que até 2040 100% das embalagens de plástico sejam reutilizadas, recicladas ou revalorizadas. Como meta intermediária, o objetivo é atingir 50% até 2030. Ao assumir esse compromisso as empresas ampliam o trabalho que já desenvolvem por meio do Programa Atuação Responsável, ação voluntária da indústria química mundial e com a qual se comprometem todas as associadas da Abiquim.

As produtoras de resinas plásticas associadas à Abiquim também deverão adotar até 2020 as melhores práticas do “Manual Perda Zero de Pellets”, que teve como base o programa Internacional Operation Clean Sweep, que busca atender uma das metas previstas pelo Objetivo do Desenvolvimento Sustentável nº 14 (ODS-14), de até 2025, “prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes”. O documento foi produzido como parte do convênio entre a Plastivida - Instituto Socioambiental do Plástico e o Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

A adoção de um compromisso com a economia circular dos plásticos pela indústria química brasileira segue a tendência mundial do setor. A American Chemistry Council (ACC), a associação de fabricantes de plásticos da Europa, Plastic Europe, e a Asociación Nacional de la Industria Química (ANIQ), do México, já tornaram públicos seus compromissos com metas semelhantes.

A Abiquim e suas associadas têm consciência que para o sucesso do Compromisso é necessário o engajamento de toda a cadeia produtiva, sociedade e governo e convida outras associações, entidades setoriais e empresas a participarem dessa iniciativa em prol da sustentabilidade.

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