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Produção de negro de fumo sofre impacto das incertezas econômicas globais

15/07/2019 - 17:07

Produto é utilizado principalmente na produção de pneus, plásticos e tintas

A amplitude da indústria química muitas vezes esconde a quantidade de empresas e matérias-primas atreladas diretamente a esse setor, fazendo com que muitos produtos passem despercebidos. É o que acontece com o negro de fumo, também conhecido como negro de carbono, que é empregado na produção de pneus, plásticos, tintas e diversos outros produtos utilizados no dia a dia.

Composto de carbono proveniente da decomposição térmica de óleos ricos em hidrocarbonetos, o negro de fumo é considerado um dos produtos químicos mais antigos em uso, visto que se registra sua utilização pelos chineses e egípcios em tintas para murais e impressão.

Há, porém, muita diferença entre o negro de fumo das antigas civilizações e o produto que hoje se usa na indústria química. “Mudanças tecnológicas foram ocorrendo até a definição do processo atual”, comenta Mauricio Formenton, vice-presidente de vendas e assistência técnica para a América do Sul da Birla Carbon, empresa associada ao Sinproquim e principal fabricante e fornecedora sustentável de aditivos de negro de fumo no mundo.

Segundo o executivo, a companhia preza pela sustentabilidade. Assim, investe constantemente na redução da pegada de carbono, o que inclui busca por eficiência energética, além da atuação que evita emissões e vazamentos.

Em termos econômicos, a produção do negro de fumo sofre impacto direto dos impasses globais. Com o crescimento dos países asiáticos, a guerra comercial entre os dois maiores mercados do mundo, China e Estados Unidos, as incertezas vividas pela União Europeia e as crises dos países latino-americanos, a indústria mantém-se em estado de atenção.

“Atualmente no Brasil, o mercado de negro de fumo opera com capacidade ociosa, assim como toda a cadeia produtiva”, comenta Formenton ao citar que, apesar de as vendas e a produção de veículos terem se recuperado em 2018, voltando ao patamar de 2,7 milhões de veículos produzidos no ano e iniciando 2019 com resultados melhores, a capacidade ociosa do Brasil segue considerável devido ao aumento da capacidade instalada, fruto de investimentos anteriores. “A curto prazo temos observado muitas iniciativas e perspectivas para a retomada de crescimento, no entanto, as incertezas internacionais conjugadas com a falta de velocidade nas mudanças estruturais em negociação no Congresso Brasileiro retardam esse desenvolvimento”, diz o vice-presidente, referindo-se às reformas previdenciária e tributária.

Hoje, a capacidade nominal de produção da Birla Carbon é de 244 mil toneladas por ano. “No entanto, a flexibilidade produtiva da empresa com duas unidades, uma em Cubatão (SP) e outra em Camaçari (BA), faz com que sejamos a maior produtora brasileira”, declara Formenton.

Estrategicamente focados em melhorar a competitividade e a sustentabilidade da indústria, a Birla Carbon segue com o propósito de “Compartilhar a Força”. Para tal, está atenta à produtividade. “A desaceleração da economia, tanto local quanto global, é a principal preocupação das indústrias, visto que a incerteza reduz as perspectivas de investimento. Temos trabalhado com foco em sustentabilidade nas nossas operações, buscando as mudanças necessárias para estarmos sempre prontos para nos adaptarmos à situação econômica do mercado”, pontua.

Reconhecendo a importância da união do setor na luta por um melhor ambiente de negócios, Formenton reforça que ter um Sindicato atuante na identificação, na análise e nas tratativas de temas relevantes para o segmento é indispensável para a relação direta com a esfera governamental.

“Assim podemos apresentar ao governo de forma ética e estruturada propostas que possam fortalecer o setor químico, que é de importância vital para a cadeia industrial brasileira, assim como capacitar profissionais das novas gerações para enfrentarem os novos desafios”, finaliza.

(Fonte: Sinproquim - Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo)

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