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Pandemia de coronavírus impacta resultados da Covestro

24/07/2020 - 18:07

O desempenho comercial da Covestro no segundo trimestre foi, conforme esperado, significativamente impactado pela continuidade da disseminação da pandemia de coronavírus na Europa e na América do Norte. Os volumes principais caíram 22,7% de abril a junho em relação ao ano anterior devido à enorme queda de demanda em todas as principais indústrias consumidoras, causada pela pandemia. A pandemia global de coronavírus derrubou os volumes principais, com maior impacto sobre os volumes em abril e melhorias sequenciais desde meados de maio.

Proporcionalmente, as vendas totais caíram 32,9% para cerca de 2,2 bilhões de euros (ano anterior: 3,2 bilhões de euros). As vendas nas regiões EMLA e NAFTA tiveram declínio mais acentuado do que na região APAC, principalmente devido ao atraso no impacto da pandemia de coronavírus. Conforme comunicado na declaração específica em caráter preliminar sobre os principais resultados financeiros de 9 de julho de 2020, o EBITDA do grupo era de 125 milhões de euros (-72,8%) no momento da publicação, superando as expectativas do mercado para o segundo trimestre de 2020. Isso pode ser atribuído principalmente à recuperação acelerada da demanda em junho, especialmente no segmento de policarbonatos. A receita líquida para o segundo trimestre foi de -52 milhões de euros (ano anterior: 189 milhões de euros). Em contraste com o declínio da receita líquida, o fluxo de caixa operacional livre (FOCF) subiu para 24 milhões de euros (ano anterior: -55 milhões de euros) como resultado da gestão rigorosa de liquidez.

“Como antecipado, a pandemia global de coronavírus teve impacto significativo sobre os nossos resultados no segundo trimestre”, afirma Markus Steilemann, CEO da Covestro.

“Tomamos as medidas certas com agilidade para proteger nossos colaboradores, manter a produção e as cadeias de suprimentos e garantir o fornecimento contínuo aos nossos clientes. Tivemos grande sucesso nisso até o momento e continuaremos a conduzir a Covestro com determinação para atravessar esta crise.”

A empresa confirmou a previsão para o ano, que havia sido revisada em abril. No entanto, as incertezas associadas às consequências da pandemia de coronavírus para o desenvolvimento econômico permanecem altas.

Gerenciamento consistente de crise e fortalecimento da posição de liquidez

A Covestro também tomou novas medidas de financiamento no segundo trimestre para fortalecer sustentavelmente a sua posição de liquidez. A Covestro emitiu Eurobonds no volume total de 1 bilhão de euros no mercado de capitais em 5 de junho de 2020. Os títulos de dívida vencerão em fevereiro de 2026 e junho de 2030, e remunerarão os investidores com taxas de 0,875% e 1,375%, respectivamente. Houve procura excepcionalmente alta junto aos investidores, com o número de pedidos superando mais de 10 vezes a oferta.

“Embora a COVID-19 esteja causando impacto significativo no desempenho dos nossos negócios, nossas ações consistentes já estão rendendo frutos”, afirmou Thomas Toepfer, CFO da Covestro e Diretor de RH. “2020 continua como um ano fora do comum, e os desdobramentos futuros ainda não são totalmente previsíveis. Essa é outra razão para nos mantermos no nosso rumo claro, com foco em eficiência, atenção aos custos e em garantir a nossa liquidez.”

Em vista da situação excepcional, a diretoria, o Conselho de Administração e o quadro de colaboradores da Covestro estão fazendo contribuições solidárias conjuntas para aumentar a resiliência da empresa no ambiente atual. Para as empresas alemãs da Covestro, a diretoria e os representantes dos funcionários chegaram ao consenso de um modelo para reduzir a jornada de trabalho e a remuneração de todos os colaboradores até o fim de novembro de 2020. Todas as empresas do grupo Covestro fora da Alemanha estão implementando medidas comparáveis de economia de custos específicas por país.

Nova visão corporativa: acelerar mudança para uma economia circular

A Covestro apresentou sua nova visão de longo prazo em maio de 2020. No horizonte mais longo, a companhia pretende alinhar totalmente a sua produção, sua linha de produtos e soluções e todas as áreas ao conceito circular. O programa estratégico, que já havia sido lançado em 2019 e pretende consolidar a circularidade em todas as áreas da empresa em uma abordagem holística, agora está sendo sucessivamente implementado e reforçado com metas concretas e mensuráveis. Ele se concentra principalmente nos quatro tópicos de matérias-primas alternativas, reciclagem inovadora, soluções colaborativas e energias renováveis.

Todos os segmentos afetados pela queda nas vendas devido ao coronavírus

O segmento de poliuretanos sofreu declínio significativo de 25,9% nos volumes principais no segundo trimestre de 2020 em comparação com o trimestre do ano anterior (ano anterior: 0,7%) devido à pandemia de coronavírus, uma tendência que afetou todas as principais indústrias consumidoras. As vendas caíram 38,7% para 913 milhões de euros, principalmente devido à baixa nos volumes totais vendidos e nos preços médios de venda. A queda dos volumes e as margens mais baixas como um todo resultaram em um EBITDA de -24 milhões de euros (ano anterior: 172 milhões de euros).

No segundo trimestre de 2020, os volumes principais no segmento de policarbonatos caíram 14,4% em relação ao trimestre do ano anterior (ano anterior: 4,4%). Os volumes mais baixos decorrentes de quedas significativas de demanda por parte das indústrias automotiva e de transportes foram amortecidos por um declínio menor nos volumes adquiridos pelas indústrias elétrica, eletrônica e de aparelhos domésticos, e pelo crescimento de volumes na indústria de construção. As vendas caíram para 648 milhões de euros (-27,8%) devido à baixa nos volumes totais vendidos e nos preços médios de venda. Consequentemente, o EBITDA caiu 37,7% para 96 milhões de euros.

Os volumes principais no segmento de Coatings, Adhesives and Specialties caíram 25,3% em relação ao trimestre do ano anterior (ano anterior: -4,7%). A pandemia de coronavírus resultou em demanda muito mais baixa das indústrias consumidoras principais, uma tendência que se refletiu especialmente em uma desaceleração de volumes nas indústrias automotiva e de transportes. As vendas caíram 28,7% para 443 milhões de euros, principalmente devido à baixa nos volumes totais vendidos e nos preços médios de venda. O EBITDA caiu 60,0% para 60 milhões de euros sob efeito dos volumes e margens mais baixos.

Primeiro semestre de 2020 marcado pelo coronavírus

Conforme esperado, os números para o primeiro semestre de 2020 foram significativamente impactados pelos efeitos da pandemia de coronavírus. Os volumes principais caíram 13,6% e as vendas totais baixaram 22,7% para cerca de 4,9 bilhões de euros (ano anterior: 6,4 bilhões de euros). Isso deveu-se especialmente aos volumes totais mais baixos e à redução do nível dos preços de venda. Consequentemente, o EBITDA caiu 57,9% para 379 milhões de euros, enquanto a receita líquida totalizou -32 milhões de euros (ano anterior: 368 milhões de euros). O FOCF no primeiro semestre de 2020 caiu para -225 milhões de euros (ano anterior: -100 milhões de euros).

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