Com um público de mais de 400 pessoas, o ENAIQ promoveu importantes debates sobre sustentabilidade, tecnologia e diversidade
O Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ), o maior e mais tradicional evento do setor químico do Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) teve sua 29ª edição realizada no dia 2 de dezembro de 2024, no WTC São Paulo. O evento seguiu a linha das últimas edições, apresentando debates e apresentações com representantes do Governo Federal, dirigentes da indústria química e setores diversos da indústria nacional, acadêmicos, além da divulgação de dados referentes ao desempenho do setor em 2024.
André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim avaliou 2024 como um ano marcado por grandes conquistas. Depois de dez anos de promoção, com o apoio de todo o setor químico, foi aprovado o Projeto de Lei do Inventário Nacional de Substâncias Químicas. “Esse será, certamente, a referência em regulação, no Hemisfério Sul, de uso adequado de substâncias químicas”, ressaltou Cordeiro.
O executivo destacou também que em 2024 o setor avançou no que tange à promoção de um ambiente regulatório para todo o setor químico e industrial brasileiro e para todos os demais componentes da cadeia produtiva. “Demos passos importantes para iniciar um processo de amplificação da competitividade do setor com a lista de elevações transitórias da tarifa externa comum. Nós sabemos que esse é só um primeiro passo, todavia, é relevante para enfrentar o cenário internacional extremamente desafiador, com excesso de capacidade produtiva de produtos químicos no mundo com grandes pacotes e programas pesados de subsídios nos principais produtores mundiais de químicos. Os produtos adicionados nessa lista representam cerca de 65% dos volumes de importações de produtos químicos”, complementou.
Dentre os desafios para o setor, Cordeiro pontuou a viabilização de suprimento a preço economicamente competitivo de matérias-primas renováveis e a estruturação de mecanismos de estímulo adequados de investimento. “A capacidade de resiliência de nosso setor garantirá a construção de cenários mais sustentáveis, humanos e tecnológicos. Neste encontro, os diálogos demonstram claramente que a indústria química já é a protagonista em uma importante mudança de paradigma produtivo, econômico, social e ambiental”, revelou o executivo.
Daniela Manique, presidente do Conselho Diretor da Abiquim e CEO do Grupo Solvay, também celebrou o suporte conferido pela Associação para que importantes políticas fossem implementadas com sucesso em 2024, como o programa de reindustrialização brasileiro, o Gás para Empregar e o Projeto de Lei do Inventário. “Como é sabido, não há país forte sem indústria forte. Temos que continuar a trabalhar unidos, cada etapa da cadeia apoiando-se ao elo seguinte, para promovermos a competitividade de forma estrutural, nos melhores moldes de sustentabilidade e governança, comunicando a todos as nossas ações. A Agenda da Abiquim, em 2025, continuará focada em promover uma química forte para o nosso país e construir sempre um modelo com as melhores práticas do mundo”, enfatizou.
Daniela Manique considera ainda que o Brasil tem um imenso potencial de crescimento devido aos incríveis recursos naturais que possui. “Precisamos continuar a explorar cada vez mais as oportunidades presentes e mostrar a nossa importância como indústria fundamental para uma sociedade mais equânime, fortalecida e com um compromisso para as futuras gerações”.
Tecnologia, sustentabilidade e humanidade
Entender os desafios e perspectivas para o setor passa por debater tecnologia, sustentabilidade, humanidade, os três eixos centrais abordados no evento deste ano. A escolha dos temas foi celebrada pelo vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que encaminhou vídeo parabenizando a Abiquim pela realização do evento. “Muito me agrada perceber que, entre os itens de discussão deste encontro, estão os desafios para a evolução na igualdade de gênero e o protagonismo feminino na economia e na indústria do futuro”, disse Alckmin.
O vice-presidente também pontuou que este evento da indústria química tem como proposta debater temas importantes como a química sustentável, tecnológica e humana. “Este Congresso está em linha com as ações concretas do nosso governo por meio da Nova Indústria Brasil (NIB), e medidas como a Lei do Combustível do Futuro e a Lei do Hidrogênio Verde”, comparou Alckmin acrescentando que teve a honra de assinar, como presidente interino, o decreto de regulamento das contrapartidas para o retorno das inserções fiscais previstas no Regime Especial da Indústria Química (REIQ), programa de R$ 5,2 bilhões de incentivos para uma indústria química mais competitiva.
Desafios e oportunidades
Os esforços feitos pelo governo para fortalecer a indústria brasileira foram explorados no encontro pelo chefe de gabinete da vice-presidência da República do Brasil e do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Comércio e Serviço, Pedro Henrique Giocondo Guerra. “Muito em linha com o que foi designado como tema nesse encontro de 2024, o governo tem atuado nesse esforço de descarbonização, de inovação e de inclusão. Na parte de inclusão, é até interessante, pois tive a curiosidade de olhar o histórico das mulheres na química e a primeira coisa que aparece é a Marie Curie, que foi o único ser humano a ganhar dois prêmios Nobel, um em física e o outro em química. Sem dúvida, as mulheres têm uma patrona muito promissora para aumentar a presença feminina no setor químico”, avaliou Guerra.
Sobre os incentivos do governo, o chefe de gabinete da vice-presidência destacou que, em todas as missões abordadas pelo o NIB, há algum componente químico. “Do agronegócio à defesa, temos algum tipo de interface com a indústria química, com químicos acabados ou produtos químicos que são usados como insumos. Isso mostra a relevância da indústria química e a importância de nós fortalecermos a cadeia química no Brasil”, enfatizou Guerra.
Afonso Motta, deputado federal (PDT - RS) e presidente da Frente Parlamentar da Química lembra que o conceito essencial do trabalho do legislativo passa pela compreensão da importância de criar condições competitivas para a evolução da indústria nacional. “Esse é o significado estratégico de uma regulação virtuosa, de uma regulação que efetivamente contribua para o desenvolvimento, não só do setor, mas do desenvolvimento da química como um todo.”
Em linha, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB - BA) enfatizou que nenhum país pode pensar em ser um país relevante, que se desenvolva, sem valorizar a sua indústria, sem se industrializar; e o Brasil havia ficado parado. “Nós estamos recuperando esse espaço perdido, e temos encontrado sinergia do Governo Federal, dos governos estaduais, da institucionalidade e do setor da indústria. A interlocução que é feita pela Confederação Nacional da Indústria tem sido muito profícua, relevante e, portanto, acho que é o momento de reconhecermos o quanto andamos e o que falta ser feito para acelerar esse processo. Esse encontro é uma oportunidade para situar a indústria química neste contexto.”
Paulo Roberto Brito Guimarães, diretor da BahiaInveste, avaliou que um dos principais desafios atuais é a mudança de paradigma de sair de uma base fóssil para uma renovável. “Sabemos dos esforços que a indústria brasileira tem feito para tornar a sua matriz energética renovável. E é por isso que é importante, para além do que o Governo Federal já fez em termos de aumento de alíquota de importação, é preciso também valorizar a menor pegada de carbono dos nossos produtos, cenário no qual a indústria química pode contribuir bastante”.
Ricardo Capelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) defendeu que só conseguiremos ter um país desenvolvido, se incentivarmos a indústria, além de detalhar algumas medidas adotadas pelo governo para estimular esse desenvolvimento.
Painel 1 - Evolução eficiente, responsável e sustentável
Com o tema “A Química do Amanhã: Sustentável”, o Painel contou com as participações de Fabrício Soler, consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e especialista em ESG, e mediador do painel; Thaianne Resende Henriques Fábio, diretora do departamento de qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Juliana Arantes Durazzo Marra, diretora de comunicação e assuntos corporativos da Unilever e também presidente do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IDQ); e Aline Souza, ativista, catadora e diretora da CentCoop DF (Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno).
A sustentabilidade desempenha um papel fundamental na indústria química e todo esse caminho garante evolução eficiente e responsabilidade, por isso, investir em inovação e adaptar-se às novas demandas ambientais e sociais é um processo fundamental para que as empresas moldem a sua realidade atual e possam, daqui para frente, visualizar o futuro. O poder público também tem o seu papel nessas demandas, observou Fabrício Soler, que debateu as contribuições e os desafios do setor para o avanço na Química Verde.
Painel 2 - Desafios e perspectivas para o desenvolvimento econômico e industrial
Embora tenha uma série de desafios econômicos e tecnológicos a serem enfrentados, a resiliência da indústria química brasileira tem garantido a energia necessária para uma visão mais otimista, conforme conclusões do segundo painel do ENAIQ, Perspectivas para o Desenvolvimento Econômico e Industrial no Brasil.
Durante o encontro, os palestrantes avaliaram que o governo brasileiro tem estado atento às tendências globais e uma série de reformas internas vem sendo debatidas e estão em curso. A transformação digital e tecnológica, a sustentabilidade, economia verde e a reforma tributária fazem parte de uma importante discussão, pois estruturam as perspectivas para o desenvolvimento econômico e industrial do país.
Participaram deste painel: Luiz Eduardo Ganem Rubião, sócio líder das práticas e operações inteligentes de descarbonização industrial da Deloitte; Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master e conselheiro da Fiesp - mediador do painel; Ricardo Capelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Aguinaldo Ribeiro, deputado federal (PP-PB).
Painel 3 - Descarbonização: entraves e oportunidades para a indústria química
Investimentos, novas tecnologias e mudanças de cenário foram o mote do terceiro painel do ENAIQ 2024: A Química do Amanhã: Tecnológica, que foi mediado pelo especialista em política industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Grilli.
O especialista iniciou o debate questionando o diretor executivo da consultoria S&P Global Commodity Insights, Cláudio Brandão, sobre quais têm sido as novidades do mercado em termos de soluções disruptivas, em tecnologia e em outros setores, sob o viés da descarbonização.
Segundo Brandão, uma das tendências que se observa no mercado é a utilização de biodegradáveis e de fontes renováveis, além da reciclagem, que ainda não é tão economicamente viável, mas o será em alguns anos. É fato, Brandão lembrou, que a indústria química precisa descarbonizar e ela foca no Net Zero, mas o setor não é um dos maiores emissores de gás carbônico.
O Painel também contou com as participações de Arthur Covatti, CEO da Deep ESG; Marcio Alexandre Nunes Henriques, chefe do departamento de indústrias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Verônica Maria de Araújo Calado, professora da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora da área de Engenharias II da Capes; e Euzébio Jorge Silveira de Souza, assessor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Painel 4 - Protagonismo feminino na economia e na indústria química
As mulheres representam mais de 50% da população, mas ainda são sub-representadas em diversos setores da economia. A indústria química tem se esforçado para equalizar essa demanda, tanto que, trouxe para o debate do quarto painel os desafios para evolução na igualdade de gênero e protagonismo feminino na economia e na indústria do futuro. Intitulado A Química do Amanhã: Humana, o encontro contou com a mediação de Roberta Tedesco, sócia da Ernst & Young. Além das participações de Mariana Figo Gaspar Orsini, líder de operações para América Latina na Dow; Ivoneide Caetano, deputada federal (PT - BA); e Daniela Manique, CEO do Grupo Solvay para a América Latina e presidente do Conselho Diretor da Abiquim.
Desempenho do setor químico - faturamento oscila para baixo e importações seguem crescendo
A indústria química brasileira deve fechar o ano com faturamento líquido de US$ 158,6 bilhões, uma leve queda de 2,3% em relação a 2023. A estimativa é do Departamento de Economia da Abiquim, e foi apresentada no ENAIQ pelo presidente-executivo da entidade, André Passos Cordeiro.
O segmento de “produtos químicos de uso industrial”, setor diretamente representado pela Abiquim, faturou US$ 57,7 bilhões, seguido de “produtos farmacêuticos”, US$ 38,2 bi, “defensivos agrícolas”, US$ 19,4, “fertilizantes”, US$ 13,9 bi e “higiene pessoal, perfumaria e cosméticos”, US$ 12,3 bi. Os outros segmentos tiveram faturamento inferior a US$ 10 bilhões.
O setor químico é o segmento da indústria que mais contribuiu com tributos federais: US$ 30 bilhões, que representam 13,1% de tudo que a indústria arrecadou no ano. Essa arrecadação se dá em um contexto de baixa taxa de ocupação da capacidade instalada: 64%, um nível perigosamente baixo.
Importante mencionar que o uso da capacidade instalada na indústria química vem caindo nas últimas décadas, com mais força de 2019 para cá, de maneira inversamente proporcional ao crescimento das importações de produtos químicos de uso industrial, que chegaram a US$ 50,7 bilhões no acumulado do ano até novembro. É um aumento de 6% em relação ao passado, que deixa como resultado, um déficit de US$ 38,1 bi.
O presidente-executivo da Abiquim destacou que a indústria química brasileira trabalha com energia limpa e sustentável, sendo que 83% da energia por ela utilizada vem de fontes renováveis. Dependendo do produto, o setor gera metade do CO2 por tonelada produzida em relação aos seus principais concorrentes internacionais.
“A indústria química é um setor complexo, que agrega muito valor para uma cadeia produtiva extensa”, ressaltou Cordeiro. Cada milhão de reais produzidos na química gera quase a mesma quantia a mais em outros setores, e mais de 500 mil reais em arrecadação. Esse efeito propulsor quase dobra quando o aumento de produção está associado a novos investimentos.
Cordeiro enfatizou a importância da indústria química na transição para uma economia de baixo carbono. “A química de baixo carbono está relacionada ao uso de tecnologias que reduzam ou neutralizem a emissão de gases de efeito estufa, como a química renovável, a captura e a estocagem de carbono, e a reciclagem química.
A indústria química brasileira já deixou de ser uma química somente de base fóssil para se tornar bioquímica, ou seja, a química baseada em biomassa. A Agenda 2050 da ONU é também a nossa agenda, e estamos prontos para ajudar o Brasil a liderar essa transição”, afirmou em seu discurso. A transição exige visão de futuro, complementou o presidente da Abiquim. “Conhecer as potencialidades, os obstáculos e os caminhos mais promissores para o Brasil é fundamental. Liderar globalmente esse processo é o tipo de oportunidade que não se apresenta duas vezes.”
ENAIQ recebe selo Evento Neutro
Desenvolvimento responsável e sustentável é o que norteia a Abiquim, por isso, a 29ª Edição do ENAIQ teve todas as emissões de carbono geradas em sua montagem, realização e desmontagem neutralizadas por meio o apoio ao Projeto Florestal Santa Maria REDD+.
Localizado no norte do estado do Mato Grosso, dentro da área compreendida como Amazônia Legal, o projeto florestal Santa Maria ocupa 71.714 hectares de floresta nativa. Em uma área de intensa pressão de desmatamento, uma região conhecida como Arco do Desmatamento, a preservação florestal contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, protegendo a biodiversidade local. Além de preservar o rio Aripuanã, o projeto evita a erosão, cria barreiras naturais contra incêndios, e gera 330 empregos locais, promovendo igualdade salarial e treinamento para a comunidade.
Com esta ação, o ENAIQ 2024 faz parte do Movimento “Sou Resíduo Zero” e tem o selo de distinção pela destinação correta dos resíduos recicláveis e orgânicos. O Selo Evento Neutro é uma iniciativa voluntária para organizações que se preocupam com as mudanças climáticas e estão comprometidas com a descarbonização e sustentabilidade.
ENAIQ homenageia mulheres de destaque na indústria química
Se hoje a indústria química ocupa o patamar de sexta maior e mais limpa indústria química do planeta, isso certamente se deve ao esforço de cada profissional do setor. E as mulheres estão cada vez mais presentes neste cenário. Com o intuito de reconhecer a contribuição destas profissionais para o setor, a Abiquim criou a premiação Mulheres de Destaque na Indústria Química.
É um reconhecimento simbólico, mas que tem uma mensagem muito clara: reiterar a importância do protagonismo feminino para o desenvolvimento do setor. Neste ano, as homenageadas foram: Katia Maria Mandu Draber, coordenadora de segurança e meio ambiente da BASF; Silvia Migueles, diretora de logística da Braskem; Sandra Martins, diretora de operações da Dow; Liliana Ikari, coordenadora de processos da Solvay; Tereza Cristina Perez Ribeiro Oliveira, gerente executiva de atendimento a clientes e comércio exterior da Indorama; Arminda Hermínia de A. Monteiro, assistente da presidência da Innova; Ana Mello, gerente executiva de logística da Unipar; Roberta Ramos, engenheira de acompanhamento de processos da Nitriflex; Priscila Robazzini, gerente sênior de saúde, meio ambiente, segurança e qualidade da Yara; Vanessa Batista, coordenadora de produção de químicos industriais da Nitro; Érica Semano Giglio, diretora de Recursos Humanos da Unigel; Renata Barbosa Conti, gerente administrativa de vendas e exportação do Grupo OCQ; Camila Hubner Barcellos, gerente de Regulatórios e Sustentabilidade da Abiquim.
Premiações
O 29º ENAIQ também reservou espaço para prestigiar jovens que já se destacam nos estudos e que tiveram êxito no tradicional Programa Nacional Olimpíadas de Química, da Associação Brasileira de Química.
Antes da premiação dos estudantes, Kananda Eller, a criadora de conteúdo digital “Deusa Cientista”, compartilhou com o público como se apaixonou pelo estudo da química e o quanto isso foi importante para sua vida. Ela é uma mulher afro-brasileira nascida e criada no subúrbio de Salvador, Bahia. Formada em Química na UFBA, é também Mestra em Ensino de Ciências Ambientais e tem MBA em marketing pela USP. Hoje, vive em São Paulo e se dedica à criação de conteúdo sobre ciência, cultura afro-brasileira e a valorização das mulheres cientistas no @deusacientista, que fundou em 2020. É apresentadora da série “Ciência, Substantivo Feminino” no GNT e finalista do Shark Tank Creators.
É justamente para incentivar essa paixão pela disciplina que a Olimpíada de Química foi criada, um evento de cunho competitivo para estudantes do ensino médio e tecnológico. Em sua primeira edição, a competição contou com exatos 357 estudantes inscritos. Neste ano, registrou meio milhão de participantes.
Na edição de 2024, os vencedores foram: Alexandre Andrade de Almeida - Colégio Objetivo/SP, medalha de prata; Rafael Joaquim Parra - Colégio Objetivo/SP, medalha de ouro e troféu melhor nota prova teórica; João Guilherme Camilo Azevedo - Colégio Farias Brito/CE; medalha de prata; e Helena Vieira Lima - Colégio Master/CE, medalha de ouro, troféu melhor nota prova prática e primeiro lugar geral.
Todos esses estudantes conquistaram essas classificações na Olimpíada Íbero-Americana de Química. Já Fernando Henrique Melo Garcia - Colégio Farias Brito/CE, conquistou a medalha de bronze na 56th International Chemistry Olympiad. Nesta edição do prêmio, a Abiquim concedeu a cada um dos vencedores a quantia de R$ 5 mil (cinco mil reais) como forma de valorizar e incentivar o esforço de cada estudante.