Feitintas em clima de otimismo

13/09/2018 - 10:09

Recuperação da economia e capacitação foram os principais temas

A Feitintas - Feira da Indústria de Tintas, Vernizes e Produtos Correlatos, foi oficialmente aberta nesta quarta-feira (12), no São Paulo Expo, pelo presidente do Sitivesp - Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo, Narciso Moreira Preto, e pelo gerente internacional de produtos da Cipa Fiera Milano, Thomas Steward, com a perspectiva positiva de uma recuperação econômica do setor. "Estamos em um momento de mudança do mercado, de inovação e reinvenção da indústria para atendermos as novas necessidades dos profissionais deste segmento com as principais tendências e novidades", destacou Steward. Moreira Preto, por sua vez, comemorou o marco de 20 anos de lançamento da Feitintas, ressaltando que o momento é de inovação. "Estamos lançando o I Fórum Internacional de Tintas e Vernizes. O primeiro de muitos que ajudarão a atender o mercado sempre ávido por novas propostas, sendo uma atividade estratégica para todos os públicos da feira". Segundo ele, o Brasil vive uma fase difícil, mas a realização da Feitintas comprova a força do setor. "Claro que a recuperação da economia não depende só de nós, mas temos tudo para crescer", concluiu. Realizado pelo Sitivesp - Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo e promovido pela Cipa Fiera Milano, a Feitintas deve receber 40 mil visitantes qualificados até sábado, juntamente com o Ebrats e a Fesqua. São cinco mil m² de área no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, onde pintores, revendedores e demais profissionais podem ter contato com as principais marcas da indústria que movimentam o mercado mundial.

Fórum Internacional de Tintas e Vernizes

O Presidente do Sitivesp - Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo, Narciso Moreira Preto, abriu o I Fórum Internacional de Tintas e Vernizes na Feitintas - Feira da Indústria de Tintas, Vernizes e Produtos Correlatos, ressaltando a importância do trabalho de todas as associações parceiras para este trabalho que defende o futuro do setor e luta pela qualidade profissional do pintor brasileiro. "Reunimos profissionais para agregar valor e contribuir para a capacitação neste segmento com foco em tendências de cores, gestão de revendas e logística reversa, entre outros temas relevantes, pois os pintores são nossos grandes parceiros. Eles também poderão visitar os expositores, além das ilhas de Repintura Automotiva e de Pintura Imobiliária, fechando o ciclo do conhecimento e troca de experiências", anunciou.

Volume de tinta per capita saltará de 7,5 litros para 10,9 até 2030

Crescimento projetado da classe média é principal fator de crescimento do consumo do produto, com destaque para Colômbia, Paraguai e Peru. A classe média deve continuar sendo um dos principais motores de crescimento do mercado de tintas e vernizes na América do Sul. A análise é do consultor Francisco Rácz (Rácz, Yamaga & Associates), que palestrou durante o I Fórum Internacional de Tintas e Vernizes, no painel "Mercado Sul Americano de Tintas e Tendências". Atualmente, essa fatia da população representa 32% dos habitantes sul-americanos, mas até 2030 deve corresponder a 60%. Esse montante representará em 12 anos 10,9 litros per capta anuais, ou US$ 22 bilhões, vindos principalmente da Colômbia, Paraguai e Peru. Atualmente, o volume é de 7,5 litros per capita. Outro impulsionador de crescimento são as tintas automotivas. Hoje, em nossa região do globo há uma frota de 227 veículos por mil habitantes. Até 2030, o número deve ser de 313 veículos para a mesma proporção. "Ou seja, o mercado de tintas para carros vai continuar crescendo por muito tempo, em um ritmo de 4% ao ano", projeta Rácz. Para as tintas imobiliárias a projeção também é positiva: 3,7% de alta até 2022. Até lá, nos próximos quatro anos, o transporte urbano e equipamentos agrícolas devem crescer ainda mais: 8,6% anuais. Outros fatores que podem representar crescimento, apontados pelo consultor, foram a necessidade de infraestrutura, o déficit habitacional e a regulamentação em cada país, que tem aumentado a qualidade das tintas. "Acreditamos que a capacidade instalada em território sul-americano é adequada. Os desafios são como as empresas vão obter acesso à inovação, e valor agregado, além do fortalecimento das marcas. Mas de maneira geral, é um mercado maduro, crescente e muito rentável".

Brasil tem muitos novos mercados para as tintas inteligentes

No primeiro dia do Fórum, Washington Yamaga, fundador da Rácz, Yamaga & Associates, discutiu as oportunidades emergentes para o mercado brasileiro das chamadas tintas inteligentes. O executivo apresentou a estética, proteção, durabilidade e funcionalidade destas novas tecnologias em pintura, como a autocurável com microcápsulas e a superhidrofóbica. Yamaga também esclareceu que o termo é amplo, pois há vários níveis de tintas inteligentes, como funcionais (antirrisco, anticorrosiva), não-autonômicas (autolimpantes), autonômicas (autoestruturantes) e multifuncionais (autoescurecentes, fotovoltaicas). "As oportunidades para o mercado brasileiro envolvem áreas como eletrônicos, saúde, militar, carros, navios e aviões. A Embraer é um exemplo de novo mercado para este segmento", explicou. Quanto ao custo, ele ressaltou que, infelizmente, outros setores estão bem mais regulamentados do que o de tintas, o que ajuda nos preços finais ao consumidor. "Se o mercado não tem capacidade de consumir, não faz sentido estimular a produção. O comportamento do consumidor somado às regulamentações necessárias são fatores essenciais para o futuro das tintas inteligentes no Brasil, com um mercado de tintas que movimenta US$ 500 milhões por ano e empresas de nicho de alto potencial". Alguns outros exemplos do segmento incluem tintas anticorrosivas, anti fouling sem cobre, anti-risco, autopolimento, Teflon, polímeros color effects e IR-reflective, self-dimming, retardantes de chama e nano cerâmicos.

Ação do bem

Quem chega ao São Paulo Expo para visitar a 11ª Feitintas vai se deparar com algo inusitado - um Opala Cupê 1975 e um Fiat Spider 1969. O Clube do Carro Antigo está expondo na feira pela terceira vez, sempre a convite do SITIVESP (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo). Entidade sem fins lucrativos, a instituição, além de fazer parte do processo de importação de carros antigos e de ter o poder de conceder placa preta aos carros. E o mais importante - tem um projeto social para inserir jovens de baixa renda no mercado de trabalho relacionado à restauração de carros. Em suas turmas de alunos, alguns ganham bolsas integrais para aprender sobre mecânica, funilaria, pintura, elétrica, tapeçaria e marcenaria. "E o mais legal é que os carros que usamos para dar as aulas são todos doados por terceiros", explica o diretor Ricardo Luna.

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