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SistemaS à base de Água - Caderno automotivo
O consumo de tintas à base de água no
mercado automotivo mundial vem cres-
cendo nos últimos anos. Estimativas do
setor indicam que, até o fnal de 2010,
80% da produção de veículos no mundo
estará adaptada a essa nova tecnologia. A
demanda no setor de repintura automotiva
também acompanha o movimento desse
mercado e está aquecida. Preservação am-
biental, saúde e segurança no trabalho são
os principais fatores de incentivo ao uso
de sistemas à base de água, responsáveis
pelo aumento do número de produtos eco-
lógicos dentro das ofcinas de reparação.
Na Europa e nos Estados Unidos o uso de
produtos à base de solventes com altos ní-
veis de VOC para a repintura automotiva
é proibido. Já no Brasil, embora não exis-
ta nenhuma legislação específca sobre o
assunto, o mercado vem se adequando
ao crescimento sustentável, por meio de
tecnologias importadas ou desenvolvidas
internamente, que elevam a produtividade
das ofcinas e oferecem economia de cus-
tos e de tempo.
A adoção de um sistema de pintura à base
de água é uma tendência no Brasil e sig-
nifca uma oportunidade de oferecer ao
cliente um serviço de qualidade diferencia-
da, tendo como base produtos de alto de-
sempenho, maior cobertura e rendimento,
além de serem ecológicos.
No rumo certo
Mesmo com a ausência de legislação específca no Brasil, é crescente a demanda por tintas à base de água
no mercado de repintura automotiva graças ao interesse das ofcinas em maior produtividade aliada à ques-
tão ambiental.
DESEMPENHO
O sistema base água é o resultado de anos
de estudos para reduzir a quantidade de
solventes existentes nos produtos de pin-
tura automotiva. Essa tecnologia traz be-
nefícios reconhecidos quando comparada
aos sistemas tradicionais, já que se trata de
uma evolução dos sistemas de alto sólidos.
“Do ponto de vista de tempo de proces-
so e consumo há reduções diretas nesses
dois aspectos. Se comparado aos sistemas
de alto sólidos, além de possibilitar um
processo mais limpo, a tecnologia à base
de água também oferece reduções ainda
maiores de emissões de VOCs (Compostos
Orgânicos Voláteis), além da diferença tec-
nológica, que chega a ser de 20 anos entre
os dois processos”, explica Marco Pargas,
supervisor de segmento Q&P da DuPont.
Segundo Angela de Negreiros, gerente de
marketing da Akzo Nobel, o sistema base
água apresenta excelentes resultados com
ótimo poder de cobertura e facilidade de
ajuste de cor. “A menor agressividade ao
meio ambiente e a economia de energia
elétrica, por não necessitar de agitação me-
cânica para aplicação do sistema, também
estão entre os benefícios dessa tecnologia.
Com relação à produtividade, apresenta
um ótimo desempenho desde que sejam
utilizados os equipamentos adequados
para a secagem dos materiais”, completa.  
Para Ricardo Araújo Pedro, da equipe téc-
nica da Brasilux, levando em conta um
conhecimento mais vasto sobre o assunto,
as ofcinas terão muitos benefícios com
o sistema à base de água. “São produtos
mais tecnológicos quanto ao manuseio e
viscosidade, e mais sólidos em relação ao
volume e poder de cobertura”, ressalta.
A Divisão de Repintura da PPG, que possui
a tecnologia base água desde 1996, traz
para o mercado brasileiro a sua segunda
geração de tintas ecológicas e, com isso,
espera que cerca de 10% de seus clien-
tes migrem das tintas tradicionais para
as tintas à base de água. “O sistema base
d’água costuma ter um desempenho supe-
rior ao sistema base solvente, já que ele
permite ganhos na produtividade e um
melhor ambiente de trabalho para quem
está na ofcina. Também possui alta com-
patibilidade com produtos atuais da linha,
que já estão adaptados às regras interna-
cionais de emissão de solventes,” destaca
Carlos Thurler, diretor da PPG.
Já a Stardur aposta em um crescimento do
sistema Acquastar entre 20% e 30% no
mercado nacional. Ecológico, esse sistema
faz parte da linha de alto sólidos da empre-
sa e se iguala, em questão de desempenho,
aos produtos do sistema base solvente. “O
primer PU base água Acquastar tem poder
de enchimento como o primer base solven-