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sistemas de pinturas para plásticos
O mercado de sistemas de pintura para
plásticos tem crescido ao longo dos últi-
mos anos, principalmente em função do
aumento da demanda de peças plásticas
no setor automotivo. Desde que esse
material surgiu, tem contribuído decisiva-
mente para o crescimento e evolução das
indústrias. No mercado automobilístico, a
constante busca por melhor desempenho
a custos reduzidos tem tornado o plástico
um substituto do metal em diferentes
componentes dos veículos, sendo utilizado
em elementos internos e externos, como
pára-choques, perfs de proteção lateral,
elementos aerodinâmicos, grades de
ventilação e pára-lamas.
Outros fatores incentivam a utilização de
peças plásticas em veículos, como a ques-
tão da segurança, de projetos e o apelo
estético no design dos modelos, que é um
diferencial no momento da compra do
veículo por parte do consumidor, confrma-
do pela grande quantidade de serviços de
pintura de kits plásticos nas revendas de
veículos. Por essa razão, há uma procura
constante por produtos que ofereçam
melhor aplicabilidade, conformidade com o
meio ambiente e beleza. 
Para isso, o segmento de tintas vem, cada
vez mais, acompanhando os avanços nesse
setor com o lançamento de produtos e o
desenvolvimento de sistemas mais práticos
e robustos que utilizam avançada tec-
Substituto de peso
Em busca de melhor desempenho a custos reduzidos, o plástico vem substituindo o metal na indústria au-
tomobilística e movimenta o setor de tintas com novas tecnologias e diferentes formas de aplicações para
garantir ao mercado uma opção sustentável, com design e beleza.
nologia para garantir alta aderência aos
diferentes plásticos da indústria automo-
bilística, sem prejudicar, é claro, as suas
características de desempenho, fexibilida-
de e durabilidade. São novas tecnologias e
novos materiais destinados à produção dos
diversos tipos e modelos de plásticos que
surgem nesse mercado, ou seja, produtos
para cada tipo de aplicação.
Diferenciais
Comparando a pintura de peças metálicas
com a pintura sobre o plástico é possível
constatar que em peças plásticas há uma
necessidade de uso de seladora específca
para esse material com a função de pro-
mover a adesão. Segundo Heraldo Brescia,
gerente técnico da Akzo Nobel, peças
plásticas exigem atenção na limpeza com
água e sabão neutro e, principalmente, no
desengraxe, com a utilização de produtos
especiais que eliminam a carga estática e
o desmoldante contido nas peças.  “Nos
primers PUs e acabamentos base ou verniz
PU ou tinta PU há necessidade de adição
do elastifcante que possibilita maior fe-
xibilidade no sistema de pintura, evitando
trincas ou rachaduras em caso de contato
ou choque entre pára-choque ou outras
partes plásticas do automóvel”, explica.
Vaty Colombo, diretor de marketing da
Anjo, confrma o procedimento de aplica-
ção de um promotor de aderência em uma
peça de plástico antes de fazer o trabalho
de repintura, pois sem o primer e a tinta
diretamente no plástico, em pouco mais
de um mês o material descascará. “Não
tem relação com a qualidade da tinta, se é
boa ou não, o problema é que não adere.
É mais difícil trabalhar no plástico que no
metal, por isso o selador garante a qualida-
de do serviço com mais durabilidade.”
Para Ricardo Araújo Pedro, da equipe
técnica da Brasilux, as diferenças estão
voltadas principalmente ao preparo da
superfície.  “Uma vez que os plásticos,
por apresentarem bom nivelamento, são
prejudicados na aderência com relação às
tintas normais, existe uma obrigatorieda-
de da aplicação de produtos adequados
para essa fnalidade. Já a pintura normal
apresenta boa aderência em função do
lixamento efetuado para preparo das cha-
parias que recebem os fundos primers.”
Logo, devido ao baixo poder de ancora-
gem de tinta é necessária a utilização de
um promotor de aderência para promover
a adesão entre a tinta e o plástico. “Outra
diferença a ser apontada é quanto à fexi-
bilidade das peças plásticas: o plástico é
um material com boa fexibilidade, sendo
assim, é importante o uso de um aditivo
fexibilizante durante a preparação da
peça para que a tinta possa seguir a fexi-
bilidade do plástico”, ressalta André Cruz,
gerente de desenvolvimento de produto