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Viva a química da madeira!
A Organização das Nações Unidas desig-
nou 2011 como o “Ano Internacional da
Química”, acolhendo proposta da União
Internacional de Química Pura e Aplicada.
Essa iniciativa integra as celebrações pela
“Década das Nações Unidas da Educação
para o Desenvolvimento Sustentável”,
que vai até 2014. A ideia, agora, é mostrar
o papel da química na sustentabilidade do
planeta e no bem-estar da humanidade.
Nesse quesito, mais uma vez, a madeira é
imbatível.
Madeira é química pura. Trata-se de um
polímero natural, resultante do proces-
so de fotossíntese pelo qual as plantas
transformam a energia solar em energia
química na forma de glicose. A clorofla
é o catalisador dessa reação química.
Madeira vem da fábrica mais limpa do
planeta, a árvore. Sequestra dióxido de
carbono do ar, um dos responsáveis pelo
aquecimento global, devolve oxigênio
puro para a atmosfera e mantém estoca-
dos em suas fbras volumes espantosos
de carbono. Há mais de 60 anos, em The
Coming Age of Wood (1949), Egon Gle-
singer antecipava o potencial estratégico
dos recursos forestais para o planeta. “As
forestas – afrmou Glesinger – podem
ser manejadas para produzir um volume
50 vezes maior de produtos fnais e ainda
continuar sendo uma fonte renovável
de matérias-primas. Só as forestas – e
nenhuma outra fonte de recursos naturais
– podem produzir tal retorno. A foresta
pode e deve pôr fm à escassez crônica de
bens materiais que tem castigado a saga
humana desde o início da história.”    
Manter grandes estoques de madeira é
vital para o planeta, pois ajuda a estocar
o carbono retirado do ar enquanto novas
árvores reiniciam o processo via fotossín-
tese. Fazê-lo de maneira economicamente
ativa – por exemplo, na forma de vigas e
esquadrias para construção, postes, mou-
rões, dormentes e móveis – torna esses
estoques duradouros. É neste ponto que
entra a preservação de madeiras, aumen-
tando em várias décadas a vida útil das
peças em serviço e contribuindo para um
mundo sustentável. A moderna tecnologia
para proteção e acabamento de madeira
permite tanto o uso de espécies nativas
certifcadas como cultivadas em refores-
tamentos, por exemplo, pinus e eucalipto.
Madeira é o único material 100%
renovável na construção civil. Por isso, e
pelo fato de criar estoques de carbono,
é um material ecológico, ao contrário
do que pregam alguns defensores de
materiais oriundos do extrativismo, que
se esgotam na natureza, como metais e
concreto. Ambientalmente a madeira é
dos mais amigáveis materiais de cons-
trução, levando-se em conta o consumo
de matérias-primas, energia gasta no
cultivo, produção, transporte, potencial de
aquecimento global e resíduos. Madeira
é material construtivo ecologicamente
responsável.
Existem no mercado produtos para
tratamento industrial sob pressão, em
autoclaves, nas denominadas Usinas de
Preservação de Madeiras, que utilizam
preservativos químicos de alta qualidade
e desempenho, formulados com óxidos
puros, a exemplo do Osmose K 33 CCA e
do MOQ OX 50 CCB-O, produzidos pela
Montana Química, que reagem quimica-
mente com as fbras da madeira, tornan-
do-se praticamente insolúveis em água,
com alto poder de fxação. Esta categoria
de produtos é, necessariamente, efcaz e
segura dos pontos de vista ambiental e
sanitário, tendo, por isso mesmo, o devido
registro junto ao Ibama, o Instituto Bra-
sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis. Outros produtos
para os quais se exigem registro junto ao
órgão federal são aqueles que proporcio-
nam proteção e acabamento superfcial
da madeira, como a categoria dos stains,
entre os quais está o Osmocolor em
diversas versões, que valorizam a textura
natural da matéria-prima. Esses registros,
assim como os de outros produtos preser-
vativos disponíveis no mercado brasileiro,
podem ser conferidos no site
www.ibama.
gov.br
. Dicas e informações sobre estas e
outras categorias de produtos e serviços
para proteção e acabamento de madeiras
podem ser encontradas na página:
www.
montana.com.br
.
*Rogildo Gallo é diretor superintendente
da Montana Química S.A.
*Por Rogildo Galo
“A moderna tecnologia para
proteção e acabamento
de madeira permite tanto
o uso de espécies nativas
certifcadas como cultivadas
em reforestamentos, por
exemplo, pinus e eucalipto”