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vidade. As características do trabalho se iniciam
na aplicação de um processo para cada etapa,
desde o lixamento na área de funilaria, seguido
do lixamento da massa poliéster, primers em
geral, lixamento do verniz para abertura até li-
xamento de sujidades antes do processo de po-
limento. Em geral, esses processos de lixamento
são realizados a seco para uma maior produ-
tividade e controle da quantidade de remoção
dos produtos no lixamento”, evidencia Arruda.
TENDÊNCIAS
Para acompanhar o desenvolvimento da re-
pintura automotiva é sempre bom apostar em
tendências e novos processos. Partindo daí,
Coragem, da Alcar, acredita que a utilização de
massas e primers de melhor qualidade exigirá
sistemas de lixamento a seco, com máquinas
possuidoras de exaustão de resíduos, em subs-
tituição aos sistemas manuais que utilizavam
lixas com água. “Esse sistema com máquinas é
mais rápido, depende menos da habilidade ma-
nual dos funileiros, temmelhor reprodutibilidade
e qualidade final do acabamento. Na operação
final de acabamento e polimento da tinta e ver-
niz, a utilização de lixas de granulometria cada
vez mais finas, como grãos 1200, 1500 e 2000,
e polidores líquidos de novas tecnologias, como
a nanotecnologia e boinas de polimento de alta
qualidade, completam as tendências de produ-
tos para o mercado de reparação automotiva.”
Donato Junior, da Disflex, expõe que a empre-
sa, por exemplo, está lançando o Flap Polidor
de Fibras Sintéticas, que remove tintas e ver-
nizes sem riscar a peça. “Esse processo evita
o uso de removedores e deixa a peça total-
mente limpa, reduzindo o tempo de trabalho
com economia de tempo e material”, garante.
Arruda, da Mirka, afirma que, sem dúvida, as
mudanças são absurdamente crescentes den-
tro do setor de lixamento a seco sem pó, pois
além de eliminar o maior contaminante do am-
biente de trabalho é o responsável pelo maior
número de reprocessos nas diversas etapas:
“Por essa razão é que a Mirka tem investi-
do forte em sistemas de lixamento sem pó.”
José Dantas dos Santos Júnior, engenheiro de
aplicação da Norton, observa que a empresa
dispõe de uma linha completa de produtos
para a aplicação em pintura automotiva, tan-
to no lixamento a seco quanto para o úmido.
O processo que mais se destaca é o lixamen-
to a seco. “A principal vantagem do processo
a seco é a redução no tempo de lixamento e,
consequentemente, o aumento
de produtividade, devido a
grande parte do trabalho
ser executada com má-
quina, além disso, elimi-
na o tempo de secagem.
Também torna o ambiente
da oficina ou da conces-
sionária mais limpo, higi-
ênico e salubre, já que evita
a formação das desagradáveis poças
de água, que podem influenciar no desenvol-
vimento de doenças como pneumonia, gri-
pes e resfriados, principalmente no inverno.”
Segundo Santos Júnior, outra vantagem do li-
xamento a seco é que diminui a probabilidade
de oxidação da peça recuperada, evitando a
formação de pontos de ferrugem. “Dessa for-
ma, não compromete o trabalho realizado e ga-
rante a qualidade da pintura. Já o processo de
lixamento úmido é utilizado para acabamento
de tintas e vernizes, quando a peça já está iso-
lada e não há mais risco de oxidação pela água.
A Norton possui produtos inovadores também
para lixamento úmido, que possuem o melhor
rendimento com excelente acabamento”, ex-
plica o engenheiro da Norton.
MERCADO
Para Coragem, da Alcar, com o crescimento
da classe média no Brasil e o aumento do seu
poder aquisitivo, a tendência no mercado de
repintura de veículos é de crescimento dos ne-
gócios, “visto que está ocorrendo uma maior
conscientização das pessoas em manter e res-
taurar a qualidade de seus bens danificados.
Isso ocorre também no mercado imobiliário,
com manutenções e pinturas mais frequentes
de casas e apartamentos.”
Donato Junior, da Disflex, aponta que a repin-
tura automotiva é um mercado em alta e que
deve se manter aquecido: “Com o aumento do
número de veículos nas ruas é natural que o
número de reparações automotivas aumente
consideravelmente.”
Na opinião de Arruda, da Mirka, a expectati-
va para o mercado de lixamento em 2013 é de
uma crescente demanda por lixamento a seco e
livre de pó. “A frota automotiva cresceu e con-
tinuará crescente; isso aumentará o consumo
de lixas na reparação. Acreditamos que o setor
tenha um crescimento de 8% no ano de 2103,
principalmente em sistemas de lixamento sem
pó. Pode-se dizer que, atualmente, os investi-
mentos para modernizar a área de preparação
e estações de lixamento são menores, pois
algumas alternativas econômicas foram lança-
das, como o aspirador pneumático, que é ligado
à linha de ar e representa 15% do custo de um
aspirador tradicional, enquanto que os abrasi-
vos no processo de lixamento sem pó aumen-
tam a durabilidade em cerca de 20 a 25%.”