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biente, mas eles esperam também um excelen-
te nível de performance e benefícios relevantes
para o seu dia a dia. “A tecnologia base água
nas categorias de esmaltes, vernizes e stains
vem evoluindo ao longo dos últimos anos.
Isso se dá pelo fato de os produtos aliarem
atributos relevantes para o consumidor e para
os profissionais, entre eles, fórmula sem cheiro
após uma hora da aplicação, secagem rápida
quando comparada com a versão base solven-
te, baixa emissão de VOC e CO2, além de não
haver necessidade do uso de solvente para di-
luição do produto e limpeza das ferramentas”,
evidencia.
Franzão, da Sherwin-Williams, destaca que nas
últimas décadas os níveis crescentes de con-
sumo despertaram a atenção para o tema da
sustentabilidade e dos cuidados com o meio
ambiente e, por isso, os produtos ecológicos
tornaram-se tendências no Brasil e no mundo.
“É cada vez maior a oferta e a demanda por
produtos que não agridem o meio ambiente e
essa característica, inclusive, tornou-se um dife-
rencial indispensável.”
No conceito de Gregório Bastos Alencar, coor-
denador de produtos da Eucatex, hoje, em pra-
ticamente todos os setores da economia, existe
a preocupação com os aspectos ambientais e
ecológicos. “As novas gerações, que estão co-
meçando a consumir, estão sendo educadas a
pensar nos aspectos ambientais, diferente das
gerações antigas, que viam os recursos como
ilimitados.”
Segundo Campéas, da Irajá, pesquisas já mos-
tram um aumento gradativo na conscientiza-
ção das pessoas e isso se materializa dia a dia,
em uma velocidade ainda ligeiramente mais
lenta, na hora da escolha e da compra de um
determinado produto. “Um exemplo são os es-
maltes base água, as tintas de baixo VOC, de
baixo odor e antibacterianas. As vendas estão
substancialmente migrando para estes pro-
dutos, que têm uma argumentação de venda
diferenciada, ou seja, são propostas funcionais,
com apelo emocional intrínseco. Acabam atin-
gindo uma parcela muito grande de consumi-
dores, por oferecerem diferentes vantagens.
Muitas pessoas já pagammais por umproduto
ecologicamente mais correto.”
ParaAlex Mineto, gerente técnico da Hydronor-
th, o consumidor, atualmente, busca algo além
de proteger e embelezar, também procura pro-
dutos que sejamsustentáveis na aplicação e te-
nham baixo VOC. “As pessoas estão pensando
não só nas gerações atuais, mas também nas
gerações futuras.A exigência por produtos me-
nos agressivos tem aumentado cada vez mais,
pois agregam mais conforto e qualidade de
vida.”
Dênio Guerra, gerente técnico da Liko, obser-
va que análises de mercado apontam que os
clientes e consumidores estão com maior grau
de consciência ecológica, desejando produ-
tos menos agressivos e que respeitem mais o
meio ambiente, sem prejudicar os aplicadores
e a comunidade. “Esta postura reflete-se em
um crescimento do mercado nos últimos anos,
porém sem representar ainda ummarket share
expressivo. Entretanto acreditamos neste cres-
cimento e focamos esforços em desenvolvi-
mento de produtos commais tecnologia e que
sejam amigos do meio ambiente.”
Já para Claudemir Rodrigues, químico respon-
sável da Luztol, as tintas formuladas
com menos VOC ainda possuem baixo
consumo, justamente, por sua pouca
divulgação. De acordo com ele, é pre-
ciso convencer o consumidor que para
utilizar esses produtos mais amigáveis
não é necessário nenhum tipo de sol-
vente para diluição e até mesmo para
limpeza de equipamentos.
Ferreira, da Montana, acredita que o
consumidor final está atento e o seu
grau de conscientização é crescente
em relação às questões que dizem
respeito ao meio ambiente, o que se
traduz pelo seu nível de exigência
cada vez maior. “A conscientização
é uma tendência mundial, no Brasil
não é diferente e os novos produ-
tos correm atrás. Está sendo algo
dinâmico, que se aprimora constantemente por
meio de informação séria e sempre atualizada.
Aumentar a durabilidade da madeira diminui
o impacto ambiental, o que é uma demanda
coletiva. Isto exige, entre outras coisas, prote-
ção fungicida e registro do produto no Ibama.
Outros tipos de exigência, por exemplo, o bai-
xo odor do produto, embora também tenham
aspecto ambiental importante atendemmais a
necessidade individual de conforto.”
Para Fernando Olio, diretor de marketing da
Solventex, a grande evolução no setor de tintas
baseia-se na prática do desenvolvimento sus-
tentável, que demanda a criação de projetos e
pesquisas que contribuam para o desenvolvi-
mento de produtos químicos ecologicamente
corretos, com menor geração de resíduos e
redução da emissão deVOC. “A cada dia nota-
mos oaumentodos consumidores interessados
por produtos ecologicamente corretos. Através
da mídia o conceito de sustentabilidade vem
sendo difundido no Brasil, e refletindo no com-
portamento dos consumidores e das indústrias
químicas brasileiras que vêm se adequando e
visando não só atender a esses consumidores,
mas também preservar o planeta.”
Cappra, da Tintas Renner, aponta que a pre-