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ocupação e exigência do consumidor vêm
crescendo, especialmente, com o aumento da
oferta de produtos com essas características.
“Essa questão está enquadrada dentro da ne-
cessidade urgente por melhores indicativos de
bem-estar, visto que o consumo de produtos
ecologicamente corretos influencia na satisfa-
ção do indivíduo coma sua atuação emprol do
meio ambiente.”
O MERCADO NACIONAL
As tintas base água já eramasmais representa-
tivas domercado, e comesse processo de cons-
cientização e necessidade tudo intensificou
mais.A grandemaioria dos produtos base água
tem baixo VOC, baixo odor e processos de in-
dustrialização mais sustentáveis.Além do custo
e benefício, o fator “ecologicamente correto”
está cada vezmais presente entre as exigências
do consumidor ao escolher um produto, e com
as tintas não poderia ser diferente. Existe hoje
no mercado uma gama de produtos com este
diferencial, e a demanda por eles também é
crescente.
De acordo com Bispo, da Qualyvinil, embora
as indústrias de tintas estejam investindo em
tecnologia e inovação sustentável, lançando
um considerável número de produtos especia-
lizados na preservação ambiental, o número
de produtos ecológicos é menor que as outras
linhas de produtos e não há dados precisos a
respeito da participação das tintas ecológicas
no mercado nacional. “A expectativa é de cres-
cimento no nicho de tintas ecológicas, acom-
panhando assim crescente conscientização
ambiental da sociedade. Atentas ao segmento,
muitas indústrias de tintas estão se direcio-
nando para questões ambientais e além de
produzir tintas ecológicas também contribuem
na orientação de consumidores para o uso de
produtos sustentáveis”, evidencia o gerente de
marketing.
Rodrigues, da Luztol, salienta que ainda existe
uma resistência em utilizar produtos ecologi-
camente corretos por boa parte dos pintores,
que são consumidores finais. “Essa resistência
está sendo um dos fatores determinante para
o crescimento do produto no mercado nacio-
nal. Acredito que em curto tempo teremos um
grande avanço e reconhecimento por parte dos
próprios consumidores em lançarmos produtos
com características semelhantes a solventes
semVOC.”
Para Berretta, da Coral, a participação dos pro-
dutos de baixo VOC no mercado de tintas bra-
sileiro ainda é pequena, pois além de ser um
tema relativamente novo trata-se de um mer-
cado bastante tradicional e que se movimenta
de forma um pouco mais lenta, porém nota-se
que o interesse em relação a temas inovadores
e sustentáveis vem aumentando. “Percebemos
que quando consumidores e pintores têm co-
nhecimento de um produto mais tecnológico,
onde percebem o beneficio e, ainda, com opor-
tunidade de testá-lo, eles aceitam e tendem a
migrar para as novas tecnologias.”
SegundoAngela, da FuturaTintas, as tintas eco-
lógicas ainda não são uma categoria líder de
mercado, mas nos próximos anos essas tintas
alcançarão um espaço considerável entre os
consumidores. “Esses produtos são cerca de
15% a 20% mais caros que os tradicionais
devido à tecnologia aplicada para produzi-los.
Contudo, quando o consumidor compreende
todas as vantagens que as tintas com baixo
VOC e baixo odor oferecem, acabam optando
por elas. Outra vantagem é a economia de sol-
ventes derivados de petróleo, já que é neces-
sário apenas a água para diluição e limpeza.”
Suyanne, da Hidracor, destaca que a participa-
ção das tintas ecológicas no mercado nacional
ainda é muito pequena perante aos países
desenvolvidos: “Apesar de o consumidor estar
mais exigente em relação a produtos menos
agressivos aomeio ambiente,ele ainda se pren-
de a temas inovadores e sustentáveis.”
De acordo com Mineto, da Hydronorth, hoje a
participação das tintas ecológicas no mercado
nacional é baixa, por ainda não haver normas
no Brasil e conscientização do consumidor. “A
tendência é aumentar bastante até porque
grandes obras já estão sendo construídas no
modelo sustentável e cada vez mais o consu-
midor vai em busca de algo que agrida menos
o meio ambiente.”
Ferreira, da Montana, expõe que os produtos
base água são o futuro dos acabamentos imo-
biliários de um modo geral. Porém, para che-
gar lá ainda há um caminho tecnologicamente
importante a ser percorrido, particularmente no
que diz respeito à pintura sobre madeira. “Aca-
bamentos que deixamamadeira desprotegida,
exposta à intempérie e à biodeterioração aca-
bam agredindo o ambiente ao induzirem repo-
sições precoces das peças e consequente libera-
ção de gás carbônico.AMontana, por exemplo,
investe no desenvolvimento de produtos base
água de alto desempenho para atender a esta
demanda.Porém, cuida rigorosamente de agre-
gar aos novos produtos a mesma eficácia, tan-
to na proteção quanto no acabamento, que o
consumidor acostumou-se a encontrar nos seus
produtos base solvente.”
Olio, da Solventex, enfatiza que a participação
desses produtos ecologicamente corretos ainda
é baixa, quando comparada ao volume das
tintas que tem o solvente como base, “porém
é visível o aumento da procura por produtos
ecologicamente corretos, menos agressivos ao
homem e ao meio ambiente, assim como o
crescimento da divulgação dos mesmos atra-
vés da mídia”, destaca o diretor.