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CAPACITAÇÃO
Só no ano de 2012, o Senai em convênio com
o Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e
Vernizes do Estado de São Paulo) formou em
suas 53 escolas 4.106 pintores de obra e 323
pintores decorativos. Em 2013, até março, 717
novos pintores de obra foram formados e ou-
tros 58 decorativos.
Estes números demonstram a mudança no
perfil desse profissional, que hoje busca co-
nhecimento e tecnologia, e tem nos cursos
do Senai o apoio necessário para entrar no
mercado com um certificado de qualificação
reconhecido em qualquer parte do país.
O incentivo pela qualificação da mão de obra
não é novidade. Desde 1996 o Sitivesp man-
tém a parceria com o Senai que objetiva con-
tribuir para a elaboração da programação e
divulgação dos cursos.
Para o presidente do Sitivesp Narciso Moreira
Preto, é fundamental preparar o profissional
para que ele acompanhe o que os produtores
estão oferecendo. “Temos produtos com alta
tecnologia e as técnicas de aplicação estão se
aprimorando, não é mais possível competir
no mercado acreditando que pintar é apenas
passar tinta na parede”.
Segundo o presidente do sindicato, o objeti-
vo é aumentar o número de formandos nos
próximos anos. A primeira ação para tanto
foi conversar com o presidente da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Paulo Skaf. “Ele se prontificou a fazer desse
Há algum tempo a resposta para essa pergunta seria: ninguém.
Hoje, no entanto, a resposta é diferente
Quem quer estudar para ser pintor?
objetivo uma realidade, estendendo os cursos
de pintura para as demais unidades do Senai
no interior do Estado”, comemora Preto.
Na opinião do Sitivesp, a formação desses pro-
fissionais, além do caráter social e profissio-
nal, contribuirá em muito para que a pintura
de uma residência se torne mais prazerosa e
menos dispendiosa. “Profissionais capacita-
dos trabalham melhor e podem orientar com
mais precisão os consumidores sobre produ-
tos, aplicações, cálculo de consumo de tintas e
até o correto descarte de materiais, uma preo-
cupação com o meio ambiente”.
Dentre as escolas Senai que oferecem o curso
de pintura estão as de Guarulhos - “Herme-
negildo Campos de Almeida “, e a do Tatuapé
“Orlando Laviero Ferraiuolo”. Nas duas uni-
dades existem os cursos de Pintor de Obras e
Pintura Decorativa.
O coordenador técnico de formação inicial e
continuada da unidade de Guarulhos, Robin-
son Mota Barbosa, explica que a escola utiliza
a metodologia de competência.“No curso por
competência o aluno vai vendo o conteúdo e
fazemos avaliações de várias formas, como
visuais, práticas, por arguição. O professor vai
percebendo a evolução do aluno, tanto em
relação ao conhecimento, quanto como ele
coloca isso em prática. Se ele sabe fazer, se faz
e faz bem”, explica.
O curso de pintor de obra, explica o instrutor
de formação profissional do Senai Tatuapé,
Ricardo Sá, faz um “mergulho” nos tipos de
produtos que a indústria oferece, nas ferra-
mentas para essas aplicações, as patologias e
como detectá-las e corrigi-las, sempre focando
na qualidade de um produto.
Já o curso de pintura decorativa apresenta as
técnicas com efeitos para valorizar o ambien-
te, não só a parede. “O pintor quando faz o
curso fica apto a pintar qualquer superfície.
O objetivo não é ficar só na parede, é pintar
móveis, partes metálicas, superfícies especiais,
como gesso e alumínio”, diz Sá.
Barbosa esclarece que o curso prepara o
aluno para interpretar desenhos de arqui-
tetura, identificar tipos de tintas e suas
aplicações, elaborar cronogramas de eta-
pas da pintura, para que na hora de fazer
um orçamento ele saiba que isso compre-
ende um período e um custo. “Ele aprende
a fazer todos os cálculos, de área, de mate-
rial, de instrumentos e de prazo.”
A Escola Senai de Guarulhos realiza os cursos
de pintura em um galpão lonado, que funcio-
na em parceria com a prefeitura, que fornece
a área, enquanto o Senai entra com os profis-
sionais e metodologia. O professor Robinson
Barbosa diz que os alunos são muito procura-
dos por empreiteiras e é grande o número de
novos empreendedores. O mesmo acontece
no Tatuapé. O professor Ricardo Sá diz que
muitos alunos se unem no curso e montam
suas empresas.