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BALANÇO
Setor de material de construção cresce 4,5% em maio
As vendas no varejo do setor de material de cons-
trução cresceram 4,5% no mês de maio, na com-
paração com maio de 2008. Levantamento da
Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes
de Material de Construção), entidade que repre-
senta as 138 mil lojas de material de construção
existentes no País, revelou que, com este resultado,
as vendas nos cinco primeiros meses do ano, com-
parativamente com o mesmo período de 2008, em-
pataram em desempenho. “No acumulado do ano,
na comparação com o mesmo período de 2008, o
crescimento foi de 0%. Mantivemos os mesmos
índices, mas consideramos este dado muito posi-
tivo, visto que no ano passado tivemos recorde de
faturamento, correspondente a R$ 43,23 bilhões,
9,5% a mais que em 2007”, explica o presidente
daAnamaco, Cláudio Conz.
Segundo o estudo da entidade, nos meses de abril
e maio, com a redução do IPI (Imposto sobre Pro-
dutos Industrializados) incidente sobre 30 itens do
setor, produtos como o cimento, tinta e cerâmica
tiveram uma redução média nos preços de 8,5%.
“Foi necessário vender fsicamente maior quanti-
dade para alcançarmos esse faturamento”, explica
Conz. “Esses números são muito importantes para
o setor, se levarmos em conta que iniciamos o ano
com queda de 12% nas vendas em janeiro e feve-
reiro. Em março, abril e maio tivemos crescimento
constante e isto nos permite ter segurança em afr-
mar que poderemos fechar 2009 com crescimento
total de 5% sobre 2008”, completa.
Conz ainda lembra que diversas matérias-primas
tiveram forte queda em seus preços, caso típico do
fo de cobre usado em iluminação e energia, cujo
preço, somente neste ano, teve queda de 35%.
Venda dos produtos com redução de IPI cresceu 10% no período
“Somado a isso, as deso-
nerações em produtos que
têm peso expressivo no
faturamento do comércio
devem manter as vendas
em ascensão. O mês de ju-
nho, em tese, será o último
mês em que a redução de IPI estará valendo para
esses materiais e haverá um movimento natural
de consumidores às lojas. A nossa expectativa é
de crescer até 8% em junho na comparação com
junho de 2008”, afrma.
Prorrogação da redução de IPI
Sobre a possibilidade de o governo federal prorro-
gar o prazo da desoneração de IPI, Cláudio Conz,
que é membro do Grupo de Acompanhamento da
Crise, criado pelo governo para acompanhar os re-
fexos da crise econômica internacional nos setores
da economia brasileira, diz que aAnamaco está to-
mando todas as medidas objetivando a ampliação
dos prazos, visto que os efeitos do plano “Minha
Casa Minha Vida” só começarão a serem sentidos
no próximo semestre. “Já nos manifestamos no
Grupo de Acompanhamento da Crise e em outras
frentes, no entanto, até o momento, essa redução
temporária valerá apenas até 30 de junho”, com-
pleta.
Em abril, primeiro mês com redução de IPI, mesmo
com apenas 16 dias úteis, os produtos desonerados
tiveram aumento de vendas de 25%. Em maio, a
venda desses itens cresceu 10%. “Os produtos que
foram benefciados com a redução do imposto re-
presentam 15% do mix do negócio de material de
construção e tiveram peso fundamental no desem-
penho do setor nos últimos dois meses. Prorrogar o
prazo é manter esse aquecimento”, fnaliza.