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PAINT & PINTURA
Março 2009
www.paintshow.com.br
A
Entre as principais medidas tomadas pelas distribuidoras de produtos
químicos para se destacarem no mercado, perante a atual conjuntura
econômica global, destacam-se o atendimento e os serviços oferecidos aos
seus clientes.
pesar da crise econô-
mica mundial, que
chegou a afetar os úl-
timos meses de 2008,
o mercado de distri-
buição de produtos
químicos apresentou uma boa
performance no ano passado.
“Apesar da queda de faturamento
verificada no último trimestre, de-
vido aos efeitos das turbulências
externas, podemos considerar que
o setor de distribuição de produ-
tos químicos teve um bom desem-
penho, atingindo um crescimento
no faturamento em valores dolari-
zados na ordem de 22%”, anuncia
Rubens Medrano, presidente da
Associquim-Sincoquim.
Já este ano, diante da crise que
persiste nos primeiros meses do
ano, o mercado está reagindo com
muita cautela e prudência. “O
setor adequou-se à realidade do
mercado, procurando ajustar os
seus estoques aos níveis atuais de
demanda da indústria. Estamos
acompanhando com muita aten-
ção os índices de produção das
diferentes atividades industriais,
as quais suprimos no sentido de
que não haja solução de continui-
dade em nossos fornecimentos,
ocasionado por qualquer eventual
falta de estoque de determinado
insumo”, explica Medrano.
Dentre os principais efeitos e
consequências da crise pode-se
destacar a falta de crédito para
as empresas, pois existe menos
dinheiro no mercado, além dos
bancos, que acabam sendo mais
cautelosos, diminuindo os em-
préstimos e cobrando mais por
eles. Além disso, fatores como a
forte volatilidade no dólar, queda
nas exportações, aumento de
inadimplência, impacto no setor
produtivo, principalmente em
setores como construção civil e
indústria automobilística podem,
de alguma forma, gerar pânico
nas empresas, e consequentemen-
te uma proliferação de movimen-
tos especulativos, seja em questões
relacionadas a preços de produtos,
fatores de produção ou políticas
internacionais.
O presidente da Associquim-Sin-
coquim afirma que toda a cadeia
produtiva passa pelas dificuldades
inerentes da redução de ativida-
des, “crédito caro e escasso para
o seu capital de giro, além dos
custos fixos e a normal baixa das
atividades produtivas que sempre
ocorrem no primeiro trimestre de
cada ano”, analisa Medrano.
Medidas anticrise
Neste momento tenso e instável
do mercado, as distribuidoras têm
sem dúvida um papel importantís-
simo, e que certamente está ligado
à ética, transparência e confiabi-
lidade. Esses conceitos são essen-
ciais para reduzir os movimentos
especulativos e aproximar as in-
dústrias dos fabricantes, visando
estabelecer relações estáveis para
um processo de continuidade de
investimentos e tranquilidade na
tomada de decisões.
Medrano lembra que o Brasil já
enfrentou outras crises no passa-
do, “o que nos trouxe uma certa
experiência e nos obrigou a fazer
a lição de casa. Neste momento
temos de acompanhar com muita
atenção e administrar com muita
cautela o nosso cash flow, para
que possamos nos manter sau-
dáveis em termos de liquidez”.
Segundo ele, a distribuição, ciente
de sua importância na cadeia
produtiva, vem de longa data rea-
lizando os seus ajustes no sentido
de aprimorar seus serviços. “Na
atual conjuntura, o recomendável
é manter estreito e permanente
contato com seus parceiros co-
merciais, fornecedores e clientes,
para viabilizar ações conjuntas
Por Lucélia Monfardini
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