PAINT & PINTURA
Julho 2009
www.paintshow.com.br
C
O mercado de tintas tende a cada vez mais substituir os solventes agressivos ao am-
biente pelos menos agressivos. Por isso, as empresas estão desenvolvendo versões dos
solventes hidrocarbônicos mais amigáveis ao ambiente e à saúde e segurança humanas.
om a tendência
da utilização de
produtos menos
agressivos ao am-
biente, houve uma
queda no consumo
de solventes hidrocarbônicos no
mercado de tintas. Atualmente
as empresas têm se dedicado ao
fornecimento de produtos mais
amigáveis ao ambiente e uma das
soluções foi o desenvolvimento de
solventes hidrocarbônicos menos
agressivos, substituindo substân-
cias mais tóxicas por outras mais
leves, acompanhando assim as
exigências do mercado mundial.
Os números publicados pela ANP
sobre o consumo no ano de 2008
mostram pequena queda ou re-
lativa manutenção dos volumes
de solventes aromáticos e alifá-
ticos, como aguarrás e hexano.
Já o consumo de outros solventes
alifáticos apresentou expressiva
queda, pois são produtos que hoje
têm poucas aplicações nos diver-
sos mercados.
Felizmente, o mercado brasileiro,
a exemplo do que já ocorreu no
hemisfério norte, tem dado pre-
ferência à utilização de solventes
que não possuam características
indesejáveis no tocante ao am-
biente e à saúde humana. Espe-
cificamente, o mercado de tintas
tem buscado novos objetivos de
formulação com baixo odor e au-
sência de compostos mais agressi-
vos. O tolueno, por exemplo, é um
produto com baixíssima utilização
em tintas e o consumo de xile-
no tem diminuído dia a dia. Os
níveis de aromáticos contidos nos
hidrocarbônicos alifáticos deve-
rão ser diminuídos para que não
haja restrição a estes produtos em
curto prazo.
O mercado de tintas no Brasil vem
acompanhando o que já aconte-
ce nos Estados Unidos e Europa,
como o uso de novas tecnologias,
utilização de tintas à base d’água,
alto teor de sólidos, cura por UV,
entre outras. A conversão ainda
não apresenta altas taxas, como
nos EUA e Europa, que já pos-
suem uma legislação pertinente
Por Lucélia Monfardini
65
Douglas Gomes Nobre, supervisor
de vendas, e Mário Guerra, diretor
técnico da Agecom
Fernando Simões, técnico de vendas
do mercado de tintas e vernizes da
ExxonMobil
ao assunto. Embora proibido em
muitas linhas, o uso destes pro-
dutos ainda é comum devido ao
custo competitivo que os solven-
tes hidrocarbônicos apresentam