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Julho 2009
PAINT & PINTURA
em relação aos seus substitutos
(solventes oxigenados e outras tec-
nologias), à questão técnica (poder
de solvência) ligada a alguns tipos
específicos de tintas, bem como
ainda por não existir uma legis-
lação restritiva quanto ao uso de
determinados solventes na fabri-
cação de tintas e vernizes.
Futuro
Devido à tendência da utiliza-
ção de produtos mais amigáveis
ao ambiente, como já foi citado
acima, fica uma grande pergun-
ta no ar: qual será o futuro dos
solventes hidrocarbônicos? Para
Rodrigo Gabriel, diretor de desen-
volvimento da Carbono, o merca-
do de solventes hidrocarbônicos é
maduro a ponto de
demonstrar quase
uma demanda inelás-
tica e desta manei-
ra seu crescimento
fica muito atrelado
ao crescimento da
economia. “Não é um mercado
que vai desaparecer em um ano,
mas a tendência é que no longo
prazo os solventes, como conhece-
mos hoje, deixem de ter a mesma
presença no mercado de tintas.
Soluções mais modernas do ponto
de vista tecnológico ainda devem
manter seu consumo ativo, mas
de qualquer maneira mudará o
panorama de mercado como co-
nhecemos.”
Na opinião de Fernando Simões,
representante técnico de vendas
do mercado de tintas e vernizes da
ExxonMobil, esse tipo de solvente,
dito “commodity”, como aguarrás
mineral, tolueno, xileno, entre
outros, terá o seu uso no setor de
tintas bastante diminuído com o
correr do tempo. “Apesar de serem
soluções técnicas de baixo custo e
de bom desempenho, os consumi-
dores do mercado de tintas ten-
dem a exigir produtos finais que
mantenham um bom desempenho,
porém sem riscos ao ambiente ou
à saúde humana.”
Luiz Carlos Silva, gerente de ne-
gócios da Gafor, afirma que sem
dúvida é esperada uma queda do
volume destes produtos. “Mas não
é possível precisar a grandeza
dessa queda e em que prazo isso
irá acontecer, devido às refina-
rias nacionais ainda não estarem
prontas para substituir essas cor-
rentes na sua produção e também
por ainda serem uma alternativa
de custo bastante competitivo.”
De acordo com Luiz Claudio
Mandarino Freire, gerente de
desenvolvimento de soluções quí-
micas da Petrobras Distribuidora,
atualmente existe uma tendência
mundial na utilização de novos
solventes (solventes oxigenados,
blends de solventes) que estão
pressionando e promovendo uma
mudança em determinados mer-
cados (tintas, adesivos, borracha).
“Isso naturalmente reduzirá a
utilização de solventes hidrocar-
bônicos, de forma a reduzir o VOC
(compostos orgânicos voláteis) das
formulações. Por isso a pressão
que esse grupo de solventes vem
sofrendo ao longo dos últimos dez
anos.”
Cristiano Albanez, gestor de
produtos formulados da quantiQ,
acredita que a curto e médio pra-
zos os solventes hidrocarbônicos
continuarão a ter papel impor-
tante na cadeia de suprimentos,
devido a um bom desempenho
técnico, boa disponibilidade e am-
pla variedade de produtos com di-
ferentes faixas de destilação, além
de custos competitivos. “A redução
de teores de benzeno e aromáticos
já é um movimento iniciado há
alguns anos. O mercado tenderá
no futuro a buscar produtos de
origens renováveis, mas é um lon-
go caminho devido à necessidade
de adequação técnica e viabilida-
de econômica de tais alternativas
que surgirão.”
William Cosac Chiossi, gerente
comercial da Unipar, explica que
há 20 anos o uso do solvente hi-
drocarboneto benzeno foi bani-
do. Desde então, vem ocorrendo
substituições no uso do tolueno,
mas ainda é um solvente muito
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José Carlos Menezes,
gerente de vendas da
Bandeirante Brazmo
William Cosac Chiossi, gerente
comercial da Unipar