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Agosto 2009
PAINT & PINTURA
conceito que substitui o termo in-
ventário de GEE (Gases de Efeito
Estufa). “O primeiro objetivo de
fazer essa medição é reduzir as
emissões. Essa é uma tendência
que vem crescendo no mundo e
algumas empresas já estão in-
cluindo em seus rótulos informa-
ções sobre a sua pegada de carbo-
no e muitas estão aderindo ao
Supply Chain Leadership, o que
significa que passarão a exigir
de seus fornecedores o dimensio-
namento e posterior redução de
emissões”, explicou.
Uma informação muito útil trazi-
da por Fátima foi sobre as fontes
de emissão de GEE em indústrias
de tintas. “As fontes diretas, que
envolvem queima de combus-
tíveis, geração de metano ou
uso de substâncias, como HFCs,
são as caldeiras, os geradores a
diesel, as empilhadeiras, o refei-
tório, a estação de tratamento
efluentes e os equipamentos de
refrigeração e ar condicionado”,
explicou. Hoje, os inventários
exigidos são do tipo “do berço ao
túmulo”, por isso devem ser con-
tabilizadas também as emissões
indiretas, que resultam de todos
os processos envolvidos no ciclo
de vida do produto, da extração
de matérias-primas ao descar-
te ou reciclagem. “É importante
saber que produtos e serviços de
baixa intensidade de carbono
terão vantagem competitiva no
mercado. Esse já é um aspecto
levado em conta por índices como
Dow Jones e ISE e ganhará maior
peso”, alertou.
Milton Norio Sogabe, engenheiro
da área de qualidade do ar da
Cetesb (Companhia de Tecnolo-
gia de Saneamento Ambiental),
tratou da poluição do ar e das
bacias aéreas. Mostrou a situação
existente no Estado de São Paulo,
onde as áreas metropolitanas de
São Paulo, Campinas e Santos
concentram boa parte da pro-
dução industrial e estão de certa
forma conturbadas, situação que
dificulta a dispersão dos poluen-
tes. “Por isso, as cidades vizinhas
a esses três municípios muitas
vezes são afetadas”, informou.
Destacando que uma parcela im-
portante das emissões se deve ao
modelo que privilegiou o trans-
porte individual, Sogabe também
incluiu as queimadas oriundas
da plantação de cana como um
problema crítico no Estado, mas
que vem sendo equacionado. “A
poluição do ar é um problema
crítico no mundo, em especial em
regiões metropolitanas. É preciso
lembrar que os principais poluen-
tes causam problemas críticos
de saúde e, em elevada concen-
tração, podem levar à morte”,
assegurou.
Em relação à legislação ambien-
tal, explicou o decreto 8.468, que
impunha restrições a atividades
econômicas em áreas saturadas
e sua evolução para o decreto
52.649, que estabeleceu a pos-
sibilidade de compensação via
créditos (do tipo conhecido como
cap and trade). “Os créditos para
compensação podem ser gera-
dos pela redução permanente de
emissões, em casos como desa-
tivação de caldeiras ou troca de
combustível, e redução de emis-
sões de fontes móveis, como os
veículos da frota da empresa”,
exemplificou.
O médico toxicologista Sérgio
Graff discorreu sobre a preven-
ção e gerenciamento de crises
toxicológicas, que normalmente
se transformam em crises corpo-
rativas, destacando que sempre
precisam de respostas rápidas,
pois podem afetar a existência da
empresa. Mostrou os principais
tipos de crises desse tipo que in-
dústrias de tintas podem enfren-
Sérgio Graff,
médico
toxicologista