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Novembro 2009
PAINT & PINTURA
Quanto às expectativas de cres-
cimento deste mercado, Souza
tem motivos para comemorar.
“Felizmente o mercado em 2009
apresentou um crescimento inte-
ressante em relação ao que pre-
víamos no final de 2008 e reagiu
bastante. Com relação ao mercado
em 2010, temos a expectativa de
que o mercado deve se manter
da mesma forma e com a grande
expectativa de que daqui para a
frente estejamos em processo de
aquecimento em relação à de-
manda que será exigida em 2014 e
2106”, conclui.
Para Jaconis, da Iguatu, o merca-
do de resinas alquídicas situa-se
no segmento de commodities, nas
quais as quedas acentuadas de
preço e margem de lucro afetam
diretamente na lucratividade do
negócio. “O crescimento do mer-
cado de resinas alquídicas em
2009 foi afetado, principalmente
no primeiro semestre, devido à
crise mundial, recuperando-se no
segundo semestre. Em 2010 espera-
se um crescimento de 5% para este
mercado, proporcionado pelo cres-
cimento do Brasil”, finaliza.
No Abrafati 2009, alguns temas
relacionados às resinas alquí-
dicas chamaram a atenção do
consultor da LAPM Consulting,
Luiz Martinho. “Um deles re-
lacionado a um sistema poliol/
acrílico base água em formula-
ções de acabamentos brilhantes
e atingindo desempenho similar
a sistemas base solventes orgâ-
nicos. Em minha opinião, esse
tema abordado pela Reichhold
pode ser encaixado em alquídi-
cas novas. Outro tema ligado às
resinas alquídicas foi abordado
pela Killing por meio da síntese
de resinas alquídicas via catálise
enzimática, visando a substitui-
ção da alcoólise e consequente
queda do consumo de energia
no processo de fabricação da
mesma”, informa.
Ainda em relação às alquídicas,
Martinho conta que existe nos
EUA e na Europa a utilização
Visão de mercado
dos chamados diluentes reativos.
“Trata-se de óleos modificados e
ajustados para a mesma viscosi-
dade de uma determinada resina
alquídica, visando diminuir o VOC
e mantendo as características de
secagem do sistema. A partir do
momento em que o VOC venha
prevalecer mais fortemente no
Brasil, estes diluentes reativos
para alquídicas entrarão em ação
como uma alternativa de redução
de VOC”.
A próxima etapa para o mercado
brasileiro de resinas alquídicas
será, sem sombra de dúvida, o
ajuste das mesmas para o VOC.
“Fazendo-se uma analogia desta
tendência ao comportamento de
um ser humano, este não atinge a
maioridade dos 21 anos sem antes
passar pelos 18. Os países tecno-
logicamente mais avançados, ou
seja, aqueles que já atingiram
os 21, já estão dominando todo
o conceito do VOC. Nós não
iremos ser diferentes, isto é,
passaremos por uma regulamen-
tação brasileira para o VOC e,
após isto, o mercado de resinas
alquídicas iniciará o processo
de ajuste à mesma. O mesmo
deverá acontecer com as outras
resinas, incluindo-se as bases
água”, revela Martinho.
O consultor ainda dá dicas de
como fazer uma resinas alquídi-
cas mais sustentável: “É preciso
enquadrar esse produto nas
seguintes premissas básicas: bai-
xo odor, baixa toxicidade, baixa
emissão de VOC, ser biodegradá-
vel e ser produzido com insumos
de fontes renováveis. Portanto,
as resinas alquídicas ainda têm
um bom trabalho de pesquisa
a ser feito para enquadrá-las
nestes requisitos, principalmen-
te em relação ao VOC”, finaliza
Martinho.
P&P
Graziela Calza
Pandolfo,
assessora técnica
da WTech