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PAINT & PINTURA
Jan/Fev 2011
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desempenhar. Ele assumiu o mi-
nistério tendo como projeto trazer
o discurso da infraestrutura
para o fórum da Sudene (Supe-
rintendência para o Desenvolvi-
mento do Nordeste) e aproveitar
o conhecimento adquirido pela
pasta ao administrar obras como
a transposição do São Francisco e
a da ferrovia Transnordestina. O
ministro pretende ainda transfor-
mar a Sudene num fórum de dis-
cussão sobre as prioridades para
investimentos de infraestrutura
no Nordeste.
Polo produtor
A Região Nordeste é um impor-
tante polo produtor e consumidor
de tintas e conta com 87 indús-
trias no setor, sendo 32 delas lo-
calizadas no Estado do Ceará, em
sua grande maioria instaladas na
região metropolitana de Fortaleza.
Além disso, grandes players nacio-
nais estão ao lado de importantes
produtores locais, fazendo a força
do setor na região.
Aproveitando o desenvolvimen-
to do mercado nordestino, as
indústrias locais vêm crescen-
do a passos largos e, de olho no
aumento do consumo de tintas,
fizeram investimentos em produ-
ção, em tecnologia e no aumento
de portfólio.
Exemplo disso é a Hidracor, em-
presa do Grupo J. Macedo, que
atua há 46 anos de mercado com
tintas hidrossolúveis e que, de
2005 para cá, passou a disputar
com mais ênfase o mercado de
tintas decorativas tradicionais
(base água e solvente). De acordo
com João Caetano de Mello Neto,
diretor superintendente, a Hidra-
cor é uma nova empresa de 2004
para cá, pois passou por reformu-
lação de portfólio, linhas de pro-
dutos, embalagens, além de uma
grande reestruturação de pessoal
(90% dos colaboradores que atuam
hoje na empresa entraram depois
dessa reestruturação), hoje con-
tando com 450 funcionários. Nes-
se período, investiu R$ 25 milhões
em parque tecnológico e fabril.
“Tivemos um crescimento na linha
látex de 600% em cinco anos, sal-
tando de um faturamento de R$
30 milhões para R$ 150 milhões.
Temos dados que apontam que a
Hidracor está entre o segundo
e terceiro maior fabricante em
volume no Norte e Nordeste”,
diz o diretor superintendente,
afirmando que a meta para os
próximos anos é crescer com os
produtos standard e premium,
no sistema tintométrico, ou
seja, nos produtos com maior
valor agregado. “Nosso obje-
tivo para os próximos anos é
crescer o dobro da média do
mercado. Dentro desse contex-
to serão feitos os investimentos
necessários.”
A Hidracor tem, hoje, uma ca-
pacidade de produção de 9 mil
toneladas de tinta hidrossolúvel/
mês e 5,2 milhões de litros (englo-
bando massas e tintas base água e
solvente).
Outra empresa de porte do Ceará,
a Hidrotintas, vem crescendo 30%
ao ano de três anos para cá e
pretende continuar nesse ritmo,
conforme seu gerente comercial e
de marketing, Lucas Neto. Há dois
anos, a empresa inaugurou outra
unidade de tinta em pó e também
de matérias-primas, contando
com uma capacidade produtiva de
4 milhões de litros/mês, que hoje
está no limite. “Pretendemos fazer
uma série de investimentos para
poder fazer frente ao crescimento
de demanda”, adianta Lucas Neto.
Os investimentos da Hidrotintas
também tiveram foco na mudança
da marca e das embalagens, um
processo que teve dois anos de
planejamento, e no desenvolvi-
mento de material de marketing e
de ponto de venda. Nesse processo,
como mudança de estratégia, al-
guns produtos mudaram de nome.
Para este ano, a empresa está com
vários lançamentos previstos,
com atenção para o esmalte base
água, tintas com alto rendimento
e zero de odor. Atualmente, tem
35 representantes atendendo todo
João Caetano de Mello Neto, diretor
superintendente da Hidracor
Lucas Neto, gerente comercial e de marketing
da Hidrotintas