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PAINT & PINTURA
Jan/Fev 2011
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facilidade de manuseio por parte
do consumidor final”, informa
José Maria Granço, diretor da
Divisão Química da Brasilata.
Basso, da Metalgráfica Renner,
conta que em pesquisa junto
aos seus clientes de embalagens
para tintas e produtos químicos
em geral, identificou algumas
necessidades que foram conside-
radas por estes clientes como as
principais para o seu segmento.
“Algumas dessas necessidades são
a resistência ao manuseio e em-
pilhamento, transporte e estoca-
gem, adequação aos processos de
envase dos enlatadores, devendo
possuir também um sistema de
abertura que facilite o uso da
lata após o envase e fechamento,
e que garanta ainda uma per-
feita estanqueidade. A embala-
gem metálica possui todas estas
características e por isso continua
sendo um produto de excelente
aceitação no segmento de tintas
e vernizes, além de ser, em alguns
casos, como as tintas base solven-
tes, a única alternativa para o
produto. Outras vantagens, como
a proteção ao produto, qualidade
de litografia como destaque no
ponto de venda, ótima aderên-
cia de vernizes e tintas, fazem
também da lata uma embalagem
diferenciada para os fabricantes
de tintas. Consideramos ainda que
o fator ecológico, com embalagens
que não agridam a natureza, está
sendo agora muito valorizado, e
a crescente conscientização das
indústrias e do consumidor final
sobre a necessidade de não se
agredir o meio ambiente reforça
a embalagem de aço como uma
das embalagens mais fáceis e
econômicas de serem recicladas
no mundo, diferenciando-se de
outras embalagens.”
Dificuldades do setor
Apesar de ser um mercado conso-
lidado, o segmento de embalagens
metálicas ainda apresenta barrei-
ras que precisam ser superadas.
“Mesmo com resultados positivos
em 2010, o mercado de embala-
gens metálicas ainda apresenta
grandes barreiras e dificuldades
que enfrentamos ao longo de
vários anos, como a alta carga tri-
butária, concorrência das emba-
lagens plásticas, com seus preços
muito inferiores aos das latas de
aço, além da barreira alfandegá-
ria para a importação de folhas
de flandres. Quanto à falta de ma-
téria-prima e aumento de preços
para 2011, não acredito
que venham a acontecer,
pois nossa expectativa é
de que, internamente, o
PIB cresça a taxas infe-
riores a 2010 (4% a 5%); a
demanda de aço será su-
prida regularmente pelas
indústrias siderúrgicas;
a oferta de crédito será
reduzida (controle pelo
governo da inflação); e
externamente a economia
mundial ainda continua-
rá crescendo a taxas mo-
destas, resquícios da crise
de 2008”, conta Marcos
Ribeiro Machado, diretor
da Módulo Embalagens.
Para Adriano Marson,
gerente comercial da CMP,
existe um importante
desafio para os próximos
anos que é a logística
reversa das embalagens para tin-
tas e vernizes. “Nossa associação
(Abeaço) já está estudando mode-
los de sucesso na Europa e outros
países, afim de verificar qual o
melhor modelo para implemen-
tação no Brasil. Estamos muito
confiantes de que a embalagem de
aço terá destaque especial neste
cenário, como já tem na Euro-
pa, isto por sua fácil separação
dos outros materiais. As latas já
contam com bom preço de aquisi-
ção como sucata e podemos notar
que as mesmas não são descarta-
das de forma aleatória como lixo
comum. Nosso projeto é criar uma
forma organizada para coleta
e poder apoiar nossos clientes
dentro deste contexto. Estamos
muito seguros de que isto não será
uma barreira, mas sim um grande