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Jan/Fev 2011
PAINT & PINTURA
diferencial para a embalagem
em aço”. Ele ainda afirma que
não acredita na falta de matéria-
-prima. “O mercado nacional já
está bastante maduro e trabalha
de forma organizada e progra-
mada; já com relação ao aumento
de preços, isto depende muito de
fatores externos e de demanda.”
Na opinião de Jefferson Lozargo,
diretor comercial da Cerviflan,
a principal barreira é um maior
número de investimentos em
modernização dos parques indus-
triais. “Com isso, as embalagens
de outros setores podem ganhar
espaço maior em nosso setor.”
Basso, da Metalgráfica Renner,
esclarece que uma das principais
dificuldades do setor é manter e
consolidar o diferencial que a lata
tem sobre as demais embalagens,
principalmente em segmentos
como produtos quími-
cos, que é o de ser um
produto ecologicamente
correto, que não agride
a natureza, garante uma
perfeita estanqueidade,
resistente ao transporte
e estocagem, proteção
ao produto, além de ser
resistente a impacto.
“Uma das grandes bar-
reiras que ainda preci-
sam ser superadas neste
setor é ser efetivamente
reconhecida e valorizada
como sendo a melhor
alternativa quando se
pensa em preservar o
meio ambiente, em reci-
clagem, e produtos que
não agridam a natureza.
É preciso fortalecer a
lata como uma emba-
lagem adequada para o
segmento de tintas, por ser mais
resistente que outras alternativas,
ser ecologicamente correta, ponto
forte a ser cada vez mais valoriza-
do pelas empresas e consumidores
finais. Outra dificuldade que o
setor de embalagens metálicas de-
verá transpor é superar a concor-
rência das embalagens alternati-
vas à lata, como por exemplo as
embalagens plásticas, mostrando
aos consumidores as vantagens,
que, em sua maioria, são superio-
res a outras opções em termos de
resistência, beleza, espaço para
exposição da marca e característi-
cas ambientais.”
Já Granço, da Brasilata, lembra
que o maior entrave que persiste
nesse setor há muito tempo ainda
é a informalidade. “É preciso dizer,
no entanto, que a nota fiscal
eletrônica diminuiu essa infor-
malidade, mas ainda existe muito
a ser feito.” O diretor da Brasi-
lata também descarta a falta de
matéria-prima para este ano. “O
principal insumo de fabricação
nas embalagens de aço é a folha
flandres. A CSN, produtora desse
insumo, possui uma grande pro-
dução, portanto qualquer risco de
desabastecimento está descartado.
Outro fator que poderia influen-
ciar os preços é o câmbio, já que
a CSN exporta bastante. Todavia
se as condições atuais se mantive-
rem o aumento dos preços é pouco
provável.”
Na opinião de Luiz Carlos Covelo,
diretor comercial da Aro, deve-se
eliminar incentivos fiscais, que
a exemplo de outros negócios em
nada contribuem para o País e
criam uma falsa expectativa de
preços menores. “Essa falsa expec-
tativa devido a incentivos acaba
recaindo sobre os compradores,
mas enquanto isto não ocorre,
cria buracos de margens no setor.
Para este ano não deve ocorrer
falta de matéria-prima, mas sim
algum reajuste no preço do aço, já
que muitos outros produtos estão
sofrendo majoração de preços.”
Para Maurício Brasil, presidente
da Litografia Valença, é preci-
so divulgar um pouco mais as
vantagens ecológicas que a lata
metálica pode oferecer ao meio
ambiente. “Já é possível observar
um grande avanço, pois o consu-
midor está cada vez mais atento,
conhecedor, e exigente a respeito
de oportunidades ambientais.” Ele
ainda afirma que não acredita na
possibilidade de falta de material
e muito menos de aumentos neste