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Abril 2011
PAINT & PINTURA
causando escassez e consequen-
temente aumentando seu preço.
Além disso, o mercado interno
chinês está muito aquecido, não
sobrando ácido acrílico e deri-
vados para exportação. Durante
2010, as paradas por força maior
de produtores de acrilatos tam-
bém contribuíram para agravar a
situação. E a tendência este ano é
que os preços continuem subindo.
A demanda por ácido acrílico e
derivados continua forte na Ásia e
não há previsões de novas plantas
rodando a curto prazo. Além dos
acrilatos, este ano também esta-
mos tendo reajustes nos preços
do monômero de estireno. Agora
estamos aguardando as possíveis
consequências do terremoto no
Japão. Quem não se preparar
poderá ter problemas. Não há
produto à vontade no mercado”,
informa Julio Fortunato, diretor
da Oswaldo Cruz Química.
Fortunato ainda conta que a
Oswaldo Cruz Química já atra-
vessou algumas crises como essa,
e até piores, e sempre manteve
seus níveis de produção e entregas
em dia. “Sempre nos mantemos
com muito estoque de todas as
matérias-primas e temos relações
consolidadas com nossos fornece-
dores. Temos excelente infraestru-
tura para manuseio e estocagem
de volumes altos de acrilatos e
outras matérias-primas.”
Para Carlos Wiecheteck, diretor de
suprimentos da Águia Química,
o aumento no preço das resinas
acrílicas vem sendo impulsiona-
do pelo aumento da demanda de
ácido acrílico no mundo todo e
também pelo aumento do preço
da nafta, propeno e propileno,
causando impactos no estireno e
n-butanol. “Os aumentos do acri-
lato de butila em 2010 chegaram
a 37,6%, e do estireno, em torno
de 9%. Este ano os aumentos con-
tinuam e até agora já temos um
aumento de mais de 10%, tanto no
butila como no estireno, matérias-
-primas fundamentais nas resinas
acrílicas.”
Valmir Turquetto, gerente de de-
senvolvimento da Águia Química,
diz que se o mercado continuar
aquecido, principalmente no setor
imobiliário, haverá falta dessa
matéria-prima este ano. “Podere-
mos ter problemas de abasteci-
mento, pois os investimentos em
novas plantas de matéria-prima
não acompanham a demanda
mundial. Porém, o que nos preo-
cupa não é apenas a continuidade
dos aumentos, e sim a possível
falta de monômeros no mercado, e
para isso estamos buscando forta-
lecer cada vez mais nosso relacio-
namento com nossos fornecedo-
res e buscar novas alternativas
de fornecimento.”
Anilton Flávio Ribeiro, diretor
de tintas e industrial da Arinos,
afirma que no mercado global
aconteceu o aumento dos monô-
meros acrílicos, matéria-prima
básica para a fabricação das
resinas. “Em média, o aumento
dos monômeros foi de 22%, o que
refletiu num aumento de 12% nas
resinas acrílicas. E o ano de 2011
iniciou com novos aumentos e a
partir do mês de abril teremos
José Carlos Menezes, gerente comercial
e de produto da Bandeirante Brazmo
Eider Amorim, gerente de vendas de
dispersões para tintas e construção
civil da BASF para América do Sul
Franco Faldini, gerente de marketing
América Latina da Dow Coating
Materials