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Abril 2011
PAINT & PINTURA
de 5% a 30% em média. “E esses
aumentos continuam em 2011.
Em resumo, os preços são reajus-
tados e o consumidor final é quem
mais sente estes reajustes, sendo
que o mercado pode diminuir o
consumo no curto prazo. Não
creio que este ano haverá falta de
matéria-prima, mas sim preços
mais altos. Não temos controle
sobre preços de commodities; com
o aumento das mesmas o repasse
é inevitável”.
Oliveira, da Reichhold, afirma
que os preços das resinas acrílicas
acompanharão a mesma tendên-
cia de aumentos de preços para os
monômeros acrílicos e do monô-
mero de estireno, que continuam
ocorrendo em 2011. “A exemplo do
que ocorre em outros mercados,
os produtores de resinas acríli-
cas têm se preocupado muito na
redução de custos, principalmente
com investimentos em tecnologia
para substituição dos monômeros
acrílicos tradicionais por outros
de menor custo, isso sem compro-
meter o desempenho dos produ-
tos. Não acreditamos na falta de
resinas acrílicas para este ano,
mas há forte tendência de se
trabalhar nos limites máximos de
fornecimento.”
A Reichhold dispõe de uma es-
trutura de pesquisa e desenvol-
vimento global e tem trabalhado
fortemente em projetos dedica-
dos à criação de polímeros, nos
quais a dependência de monô-
meros acrílicos é minimizada ou
eliminada para diversos tipos
de tintas, “como o uso do látex
alquídico (linha Beckosol Aqua) em
diversos tipos de revestimentos,
aliando o melhor dos dois mundos
‘alquídico e acrílico’”. Esta tecno-
logia promove a possibilidade de
se conseguir diversas vantagens
de aplicação e de custo, aliadas à
sustentabilidade, além da possibi-
lidade de combinação a diversos
tipos de emulsões acrílicas para
ganho de propriedades e também
minimizar o peso dos aumentos
de preços dos polímeros acrílicos”,
anuncia Oliveira, da Reichhold.
A Bandeirante Brazmo, repre-
sentante da americana Lucite
nas resinas acrílicas sólidas base
solvente, com o nome Lucite, teve
em 2010 um reajuste de 22% nas
resinas acrílicas. Este aumento foi
decorrente das principais maté-
rias-primas, como o metil meta-
crilato e os monômeros acrílicos.
“O mercado está absorvendo e
tentando trabalhar com acrílicas
que possuem mais valor agregado
e propriedades químicas de mais
performance que outros políme-
ros. Além disso, é pouco provável
que tenha falta de matéria-prima,
porém deveremos ter mais reajus-
tes de preço. E como distribuidores
apenas podemos trabalhar com
estoque avançado para minimizar
os impactos de falta e os reajus-
tes”, informa José Carlos Menezes,
gerente comercial e de produto da
Bandeirante Brazmo.
Para Santos, da Quiminutri, o
aumento de preço das resinas
acrílicas continuou neste início de
2011. “Podemos notar que existe
uma constância neste aumento. O
grande risco do mercado é a falta
de produtos, já que o aumento
da falta de matérias-primas é
seguido também da baixa disponi-
bilidade das mesmas. Levando em
consideração a existência de mer-
cados mais aquecidos e que são
mais atraentes financeiramente
que o mercado brasileiro, existe
uma chance e até uma tendência
de o aumento de preço ser segui-
do da falta de disponibilidade e
fornecimento.”
O agravante fica por parte do
mercado. É necessário analisar de
forma estratégica onde os esfor-
ços serão mais focados para que
Julio Fortunato, diretor da Oswaldo
Cruz Química
Sergio Rubio, gestor do laboratório
de aplicação técnica da Unidade
de Negócios Tintas, Adesivos e
Construção Civil da quantiQ