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Setembro 2011
PAINT & PINTURA
demanda das classes C, D e E por
bens de consumo”, justifica.
Previsões
O segmento que envolve maior
volume no setor é o de tin-
tas imobiliárias. Depois de um
crescimento expressivo em 2010,
este ano a situação será diferen-
te. “Estamos partindo de uma
base de comparação muito alta
e vivemos um momento delicado
na economia, que faz com que o
consumidor que iria comprar o
produto para reformas e auto-
construção adote uma posição
mais conservadora. Por isso,
nossa previsão de crescimento é
de 1% em 2011, devendo haver
uma retomada mais forte dos
negócios no ano que vem, quan-
do esperamos vendas 4% maio-
res”, relata Oliveira, que aponta
como um fator muito positivo a
prioridade dada pelo governo à
construção civil como indutora
do desenvolvimento econômi-
co e social – demonstrada com
medidas como o lançamento do
Minha Casa Minha Vida 2 e a
prorrogação da redução do IPI
(Imposto sobre Produtos Indus-
trializados). Nas tintas automo-
tivas a previsão de crescimento
anterior para 2011, de 4%, foi
mantida. As vendas de veículos
novos seguem aumentando em
ritmo bom, mas o resultado,
em termos de volume de tintas
vendido no Brasil, não é o mes-
mo. “Uma parcela significativa
dos negócios se refere a mode-
los importados, que já chegam
aqui pintados”, explica. “Outros
fatores impedem um crescimento
maior neste momento, como as
fracas exportações de veículos
– em função da apreciação do
real e da forte competição no
mercado externo – e o crédito
mais caro para o consumidor”.
Para 2012, a expectativa atual é
de que haja uma expansão de 5%
nas vendas desse tipo de tinta,
com maior quantidade de veícu-
los nacionais comercializados.
Nas tintas de repintura automo-
tiva, o cenário não é muito dife-
rente das tintas automotivas ori-
ginais, seguindo válida a previsão
de crescimento de 4% em 2011.
Da mesma forma, para 2012,
esperam-se vendas 5% maiores.
“O segmento de veículos usados
– nos quais são aplicadas essas
tintas – acompanha de perto o
que acontece com o mercado de
0km. O mercado de veículos usa-
dos tem sido puxado pelas boas
vendas de novos. Muitas vezes,
quem compra um usado busca
melhorá-lo, o que inclui repintu-
ra. Mas há nuvens nesse horizon-
te: os juros altos e as incertezas
na economia tornam o consumi-
dor mais conservador. Por outro
lado, é importante destacar que
está havendo um movimento
consistente em direção à adoção
de tecnologias mais avançadas e
à qualificação da mão de obra”,
afirma o presidente do Conselho
Diretivo da Abrafati.
Nas tintas para a indústria, o
cenário é muito diversificado,
pois são vários os segmentos
atendidos. De maneira geral, a
indústria enfrenta um processo
de desaceleração, como mostram
todas as últimas pesquisas. Além
das incertezas e dos juros altos,
a concorrência dos produtos
importados e a dificuldade de
exportar – em função do câmbio,
do Custo Brasil e da retração na
Europa e América do Norte – têm
contribuído para que essa desa-
celeração se reflita nas vendas
de tintas para esse segmento.
“Ao mesmo tempo, existem fatos
positivos, como os investimen-
tos em infraestrutura do PAC,
a demanda do setor petrolífero
e os incentivos que vêm sendo
concedidos para alguns segmen-
tos, somados à enorme demanda
Antonio Carlos de Oliveira, presidente do Conselho Diretivo da Abrafati.