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Outubro 2011
PAINT & PINTURA
para viabilizarem-se e, entra em
cena a burocracia e falta de infra-
estrutura brasileira, que dificul-
tam o comércio exterior de forma
sufocante, ou seja, não motivam
ninguém a investir nesse segmen-
to”, declara Harry Heise, diretor
da Forscher.
Sandra Toledo, diretora da Kalay,
informa que a maioria dos pig-
mentos orgânicos são importados
da China, Índia, Coreia e Europa.
“Com o baixo custo de mão de
obra da Ásia, de uma maneira
geral, torna-se difícil competir
em custo com esses mercados. Isso
não estimula o mercado nacional,
além de aspectos ambientais.”
Milton Yoshio Uehara, coorde-
nador técnico Pigments/Coatings
da Clariant Brasil, afirma que
atualmente existem pouquíssimos
produtores de pigmentos orgâni-
cos no Brasil, sendo a Clariant um
deles. “Tecnicamente não existem
problemas para a produção de
pigmentos orgânicos no Brasil,
porém existe a necessidade de in-
vestimento e know-how. A maior
dificuldade é a questão cambial,
já que às vezes a importação de
pigmentos asiáticos torna-se
economicamente atrativa. A van-
tagem de produzir os pigmentos
localmente é ter maior controle
no processo, podendo direcionar
a qualidade do produto de acordo
com as necessidades, tanto técni-
cas como ambientais do mercado.”
Hamilton Oliveira, gerente de
mercado da Aromat, explica que
para esse tipo de pigmento, assim
como acontece em outros seg-
mentos da economia, não existe
incentivo à produção local, “além
de outros fatores, como a carga
tributária e elevados encargos
trabalhistas, que dificultam a
expansão de investimentos na
produção nacional”.
Na opinião de Carlos Araujo
Simal, gerente comercial da
Colormix, a indústria de pig-
mentos é uma das áreas da quí-
mica que ainda é muito jovem
no Brasil. “A complexidade das
matérias-primas, os impostos
para importação e as limitações
ambientais representam uma
barreira natural para fabrica-
ção local, entretanto, o ritmo de
desenvolvimento dos segmentos
usuários demonstra claramente
as oportunidades para inves-
timentos internacionais nesse
mercado.”
Rogério Agostini, gerente de
negócios da Divisão Pig-
mentos da Proquitec, afirma
que a grande maioria dos
pigmentos orgânicos são
importados, principalmente
da Ásia, onde se encontram
os grandes players mun-
diais. “Dificilmente uma
única indústria fabricará todos
os tipos de pigmentos orgânicos.
Porém, por meio de parcerias,
podem comercializar todos. As
grandes dificuldades de produção
de pigmentos orgânicos no Brasil
são o alto custo de produção e
nossa elevada carga tributária.
Estes dois fatores nos impediriam
de sermos competitivos frente aos
produtos asiáticos.”
Na opinião de André Cabral
Martins, gerente geral da True
Color, a dificuldade de se produ-
zir pigmentos orgânicos no Brasil
começa pela cadeia de matérias-
-primas. “Muitas matérias-primas
José Marcos Qualiotto, gerente
técnico de marketing de pigmentos e
aditivos da BASF para América do Sul
Adriano Pádua Pinheiro,
gerente do departamento de
pigmentos, resinas e aditivos da
BASF para América do Sul
Sandra Toledo, diretora da Kalay