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Dezembro 2011
PAINT & PINTURA
como custo competitivo. “Uma
tendência observada é o aumento
dos blends de solventes para subs-
tituição de aromáticos (tolueno e
xileno) na indústria de tintas. A
principal aplicação para os sol-
ventes oxigenados é na fabricação
de tintas alquídicas, nitrocelulósi-
cas, fenólicas, uréia-formaldeído,
poliuretânicas e acrílicas, bem
como flexográficas e heliográfi-
cas”, informa.
Alécio Predomo, gerente técnico
da Brenntag, alerta que o custo
ainda é o principal entrave para
a propagação dessas tecnologias,
mas as constantes necessidades
para exportação, exigências de
alguns mercados e também pelas
legislações estão aos poucos mu-
dando este cenário. “O solvente
oxigenado é um solvente verda-
deiro para vários sistemas, sendo
ambientalmente a melhor escolha.
O ideal seria trabalhar com com-
posições de solventes que atendam
a todos os requisitos técnicos e
ambientais. A Brenntag possui
em sua linha de produtos várias
sugestões de sistemas prontos ou
solventes individuais para atender
qualquer necessidade que o cliente
possa ter.”
Para Rodrigo João Gabriel, diretor
de desenvolvimento da Carbono,
as exigências do mercado não
diferem da maioria dos produtos
em que a qualidade e preço com-
petitivo são essenciais. “O mer-
cado apenas teve que aprender
a lidar de forma mais específica
com as questões de solubilidade
versus evaporação, que exigi mais
cuidados na formulação do que
há alguns anos. Acredito que a
visão de ‘rivalidade’ entre os sol-
ventes oxigenados e os hidrocar-
bônicos é antiga e não contribui
para a resolução dos problemas
técnico-ambientais do mercado.
A coexistência dessas famílias de
solventes nas formulações traz
mais comodidade para a resolução
destes problemas. Principalmente,
a questão solubili-
dade versus evapo-
ração é melhor
resolvida quando
o uso destas duas
famílias é em con-
junto. O resultado
desta combinação
também tende a
ser mais eficien-
te e produtivo”,
afirma Gabriel,
completando que
as tintas gráficas
continuam sendo
um reduto dos solven-
tes oxigenados, princi-
palmente, aqueles de
maior peso molecular.
“Gradativamente o uso
desses solventes vem
ganhando espaço; vale
ressaltar os mercado
de madeira e automo-
tiva, que vêm desco-
brindo boas alternati-
vas para o uso destes
materiais.”
Desempenho e custo sempre fo-
ram os fatores mais importantes
para o mercado de tintas. Mas a
necessidade de buscar um equi-
líbrio entre atender às normas
e também contar com produtos
ambientalmente amigáveis vem
ganhando força. “Entre as mu-
danças no setor de tintas observa-
-se uma redução significativa no
conteúdo de compostos orgânicos
voláteis, tendência que o Brasil
está seguindo mais rapidamente
do que nunca. A eliminação desses
compostos é uma meta global am-
biciosa que fornecedores globais
de solventes oxigenados, como a
Dow, buscam alcançar no futuro.
Luiz Claudio Mandarino Freire,
gerente de desenvolvimento
de soluções químicas da BR
Distribuidora
Alécio Predomo, gerente técnico da Brenntag
Ingrid Cristiani, engenheira química e especialista em
meio ambiente da Dipa Química