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Dezembro 2011
PAINT & PINTURA
síduos ligno-celulósicos, utilização
de óleos vegetais de diversas fon-
tes (soja, palma, mamona) para
desenvolvimento de uma grande
gama de produtos para diversos
segmentos, incluindo o segmento
de resinas e tintas”, destaca Freire,
da BR Distribuidora.
A questão ambiental sempre é e
será muito importante para todos
os solventes. “É importante salien-
tar que não é porque o solvente é
oxigenado que pode ser tratado
sem cuidados, sem se preocupar
com sua destinação ou emissão
de VOC. Os solventes oxigenados
também têm alto grau de toxici-
dade, emitem VOC e contaminam
o meio ambiente. Essa designação
que hoje acabou virando moda,
de que basta ter moléculas de oxi-
gênio que o produto é inofensivo,
não é nem de longe verdade abso-
luta. Dentro da classe de solventes
oxigenados existem vários graus
de toxicidade desses produtos. Não
podemos tratar, por exemplo, o
etanol da mesma forma que um
acetato de etila. Acredito que os
produtos que fazem uso de cadeias
não petroquímicas são as inova-
ções que hoje já fazem parte da
realidade do mercado internacio-
nal”, conclui Gabriel, da Carbono.
Na opinião de Duval, da Dow, a
preocupação com o fator am-
biental tem aumentado, porém
o mais importante é melhorar o
desempenho competitivo. “Nesses
últimos 20 anos, temos levado
várias inovações ao segmento de
solventes de performance. Os
propionatos são apenas um dos
exemplos. Nos últimos 30 anos,
sempre fomos líderes do mercado
de glicóis éteres especiais e desen-
volvemos muitas inovações nesse
campo. Também estamos anali-
sando o mercado para entender se
está preparado para a conversão
de solventes oxigenados tradicio-
nais, como álcoois e acetatos, em
opções ecologicamente corretas.
Nossas inovações mais recentes
têm sido novos produtos visando
mercados tintas para eletrônicos
e tintas especiais para painéis
solares.”
Na medida em que a indústria
avança no desenvolvimento de
solventes da linha sustentável, é
natural a substituição dos pro-
dutos mais agressivos ao meio
ambiente e à saúde das pessoas.
“Um exemplo claro, no caso da
Rhodia, é a linha de
solventes Augeo,
de origem de fonte
renovável (gliceri-
na), que substitui
com vantagens
outros produtos
encontrados no
mercado e que são
muito agressivos
ao meio ambiente e
à saúde. Por conta
desses benefícios, a
linha Augeo tem se
consolidado no mercado brasileiro
e já está sendo exportada para
outros países. A mais recente ino-
vação é a introdução de produtos
com características sustentáveis,
com origem em fontes renováveis,
baixo potencial de formação de
compostos voláteis, baixa toxici-
dade e competitivos do ponto de
vista comercial”, ressalta Casta-
nho, da Rhodia.
Para José Carlos Menezes, gerente
de produto e mercado da Bandei-
rante Brazmo, quando se fala em
sustentabilidade ambiental, utili-
zar solventes oxigenados é extre-
mamente vantajoso perante ou-
tros tipos de solventes. “Portanto,
empresas que aplicam o conceito
da redução toxicológica abrem
espaço para os solventes oxigena-
dos. Outro aspecto importante é
que do ponto de vista comercial os
solventes hidrocarbônicos perante
os solventes oxigenados tiveram
sua diferença de preços reduzida.
Como somos distribuidores, aca-
bamos sendo uma extensão das
nossas distribuídas Rhodia e Dow.
Na linha Augeo, produto susten-
tável e de fonte renovável da Rho-
dia, somos distribuidores oficiais,
William Cosac Chiossi, gerente
da Unidade de Tintas, Adesivos e
Construção Civil da quantiQ
Alexandre Castanho, diretor global da Unidade de
Solventes da Rhodia Coatis