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PAINT & PINTURA
Março 2012
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O
mercado de pig-
mentos inorgâni-
cos segue na busca
por alternativas
mais amigáveis ao
meio ambiente. A
crise econômica internacional acabou
gerando um clima de insegurança nas
corporações e causando dúvidas sobre
disponibilidade de matérias-primas,
especialmente aquelas baseadas em
metais. Por consequência, os preços
mundiais ficam sujeitos à volatilidade,
impactando na formação de custos
e, por fim, pressionando a alta dos
preços. “Entendemos que essa insegu-
rança pode ser uma oportunidade de
novos negócios, orientando o mercado
a migrar a utilização de pigmentos
inorgânicos à base de metais, espe-
cialmente dos lead-cromates, para os
pigmentos orgânicos e inorgânicos
lead-free, baseado no apelo da sus-
tentabilidade que tem significativa
relevância mundial”, declara Ulf Moe-
bius, gerente de vendas de Coatings da
BASF para a América do Sul, comple-
tando que a BASF está preparada para
atender as necessidades do mercado
com seu portfólio direcionado para
este segmento.
Para Marcos Raicher, diretor da
Colornet, a demanda brasileira por
pigmentos inorgânicos sofreu uma
retração a partir do segundo trimestre
de 2011, acompanhando o desempe-
nho do setor de tintas e vernizes, e
plásticos. “Segundo dados da Abrafati,
a produção de tintas imobiliárias, por
exemplo, teve um incremento decep-
cionante de 1% em relação a 2010,
e tintas industriais, de 3% a 4%. O
aumento da importação de produtos
acabados asiáticos afetou também
toda a cadeia produtiva, como no caso
da área automotiva, onde a demanda
continuou forte, mas a participação
de veículos importados aumentou. A
retração de investimentos do governo
nos programas de aceleração também
afetou o mercado em geral”, explica.
Um fator interessante e positivo é
que, com a fraca demanda na Europa
e EUA, os fornecedores de pigmen-
tos em geral estão redirecionando
suas estratégias para os mercados
emergentes, com forte destaque ao
mercado brasileiro e países da Amé-
rica Latina, que saíram ganhando
com a agilidade do fornecimento em
2011. “Após um período difícil de dis-
ponibilidade de pigmentos em geral,
nota-se uma melhora acentuada no
fornecimento e dos embarques para o
Brasil. A previsão é que haja em 2012
um crescimento de 3% a 5% do merca-
do de pigmentos em geral, desde que
o mundo não caia numa crise mais
profunda”, prevê Raicher.
Apesar das dificuldades enfrentadas
pelos países que compõem a zona
do euro e todas as preocupações
relacionadas aos seus possíveis des-
dobramentos, o mercado brasileiro
segue seu caminho de crescimento,
ainda que em ritmo mais lento, e isso
se reflete na boa demanda observada
no final de 2011 e sentida no início de
2012. “Em 2011, a diminuição no rit-
mo de consumo das famílias, um dos
principais fatores de impacto negativo
Anilton Flávio Ribeiro, diretor de tintas e
industrial da Arinos/Univar
Hamilton Oliveira, gerente de mercado da Aromat
João Alfredo Aragão de Almeida Soares, gerente
de operações da Multicel