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PAINT & PINTURA
Março 2012
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O
mercado de emul-
sões no Brasil já se
consolidou e vem
apresentando um
crescimento signi-
ficativo, porém em
2011 sofreu um relativo im-
pacto negativo em razão da crise eco-
nômica internacional. “Tivemos uma
maior influência no fluxo de matérias-
-primas, mas como a produção de
tintas é muito dirigida pelas condições
domésticas, o mercado desenvolveu-
-se positivamente. No entanto, ainda
há incertezas em relação à demanda
no futuro e a principal evidência é
a redução dos níveis de estoque. Um
agravamento da crise em 2012 poderá
impactar no mercado brasileiro, mas
as perspectivas seguem positivas no
que diz respeito ao consumo do mer-
cado doméstico”, analisa Reginaldo
Cassiano, gerente do departamento de
dispersões e adesivos para construção
civil da BASF para a América do Sul.
Cassiano espera crescimento no
mercado de tintas para 2012 e, con-
sequentemente, no mercado de emul-
sões, como resultado da atual situação
econômica, da maior facilidade de
obtenção de crédito, da manutenção
da redução do IPI sobre materiais de
construção e da aceleração dos inves-
timentos governamentais.
Para Pablo Cadavid, gerente de emul-
sões para o Brasil e gerente global
de produto da Clariant, houve uma
significativa queda da demanda de
bens de consumo em todo o mundo e,
por sua vez, no Brasil houve uma dimi-
nuição na taxa de crescimento no ano
passado. “No mercado internacional,
de maneira geral, houve redução na
demanda de emulsões nos segmentos
de tintas e de construção. No Brasil,
porém, a demanda foi constante
no segmento de tintas, em relação
a 2010, e crescente para produtos
químicos utilizados no setor de cons-
trução. Podemos dizer que em 2011
não houve redução considerável de
volume de produção no Brasil. Porém,
o mercado exerceu uma forte pressão
para a manutenção dos preços com o
objetivo de evitar perda de consumo.
Com isso, a margem bruta apresentou
significativa queda tanto para os pro-
dutores de emulsões quanto para os
produtores de tintas.”
Cadavid ainda afirma
que, por outro lado,
houve fortes variações
de custo de importantes
matérias-primas, como
os acrilatos, estirenos
e VAM, fazendo com
que algumas emulsões
aumentassem de preço
consideravelmente. “Es-
pecialistas preveem que
esse comportamento
nos acrilatos se man-
tenha no mínimo por mais três anos
pela alta procura da matéria-prima
principal, o ácido acrílico. Essa ma-
téria-prima está sendo utilizada na
indústria dos superabsorventes, que
apresenta um forte crescimento de
consumo nos países asiáticos, como
China e Índia.”
Na visão de Romeu Pereira Filho, ge-
rente de negócios para América Latina
da Celanese Emulsões, a crise está
afetando alguns mercados, inclusive
José Mário Gugisch de Oliveira Filho, gerente
nacional de vendas da Águia Química
Reginaldo Cassiano, gerente do departamento
de dispersões e adesivos para construção civil da
BASF para a América do Sul
Crédito: João Athaíde
Ricardo Silva e Sergio Santos, técnicos em tintas da Brenntag