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Abril 2012
PAINT & PINTURA
baixo e dificultam a venda”, analisa
Antonio Celso Ferraz, diretor comer-
cial da Resinet.
Mas Ferraz ainda acredita que inves-
timentos na produção melhorariam
significativamente o desenvolvimento
deste mercado. “O governo brasileiro
vem contribuindo para redução do
custo do produto importado, porém
o aumento da oferta dos grandes
fabricantes possibilitaria maior dis-
ponibilidade de produtos ‘prime’ e,
consequentemente, custos mais com-
petitivos. Isto ajudaria a indústria
nacional a melhorar sua competitivi-
dade e fortalecer sua solidez. Acredito
que os asiáticos deverão investir na
melhoria do seu produto nos próximos
anos e, como hoje é uma das raras
regiões do globo que investe nesta
indústria, o crescimento da oferta
que atenda à necessidade do mercado
com custos competitivos pode vir a
contribuir com a indústria de tintas
nacional”, acredita.
A Carbono tem o dióxido de titânio
como um item regular de seu estoque.
“Entendo a queda da alíquota como
um fato benéfico para toda a cadeia,
pois estimula o consumo do mercado
interno. Também é uma maneira
de estimular o consumo de outras
matérias-primas, já que o custo des-
te pigmento pode alterar sensivel-
mente o custo do produto acabado.
Além disso, a desoneração da cadeia
produtiva dos produtos que levam
o pigmento na sua composição iria
contribuir significativamente para o
consumo do pigmento. A desoneração
de um item apenas ajuda o consumo
e o crescimento brasileiro, mas o
governo deveria olhar para todos os
componentes da cadeia, inclusive de-
sonerando o produto nacional. Como
um dos assuntos em voga é o risco
do processo de desindustrialização
brasileiro, essa seria uma grande
oportunidade de banir esse assunto,
além do que acredito que o governo
fatalmente arrecadaria mais, pois
seria um estímulo às pessoas saírem
da informalidade”, ressalta Rodrigo
Gabriel, diretor de desenvolvimento
da Carbono.
Mercado
A crise econômica internacional
certamente causa impactos nas ati-
vidades industriais, principalmente
dos países em questão e, consequen-
temente, no consumo do produto.
“No entanto, no Brasil, os impactos
foram menores e as expectativas são
de que, especialmente, no segundo
semestre, tanto internamente como
externamente, a economia mundial
retome a curva ascendente e, com
ela, o consumo de dióxido de titânio”,
prevê Camila, da Evonik.
Para Piergallini, da Cristal Global,
a aproximação de uma crise econô-
mica internacional afeta o mercado
de dióxido de titânio à medida que
traz incertezas aos clientes quanto
à venda futura de seus produtos.
“Essa situação coloca os clientes em
posição conservadora na aquisição
de dióxido de titânio, que aliada à
maior confiança no equilíbrio con-
sumo e demanda, os leva a consumir
o inventário construído ao longo de
2011. Nós acreditamos que até o final
deste primeiro trimestre esses volumes
tenham se ajustado e o consumo volte
à normalidade. Com relação às expec-
tativas para este ano, acreditamos
que as medidas do governo federal
para reativação da economia, as li-
nhas de financiamento de material
de construção com recursos do FGTS,
os diversos programas de redução de
IPI, o programa Minha Casa Minha
Vida 1 e 2, além de outras iniciativas
possam ao menos manter o consumo
de dióxido de titânio comparado a
2011”, acredita.
Na opinião de Bartholi, da Minérios
Ouro Branco, a crise econômica in-
ternacional pode ocasionar menor
disponibilidade de produto, maior
Priscila Filipov Silva, gerente comercial
da Dry Color
Marco Aurélio Barboza, gerente de negócios
da área de dióxido de titânio para a DuPont
América Latina