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Abril 2012
PAINT & PINTURA
xido de titânio e até certa escassez. “A
Minérios Ouro Branco não vende so-
mente TiO2, pelo contrário, vendemos
extenders que visam reduzir a utiliza-
ção de TiO2 em tintas. Nossa empresa
tem a preocupação de se adiantar às
expectativas de mercado e demandas
dos clientes. Nesse momento em que
o TiO2 sofre uma escalada de preços
sem precedentes, estamos ofertando
ao mercado soluções em extenders
que efetivamente têm contribuído
para o redução de custo da tinta
sem comprometimento da qualidade
final. Exemplo disso é a nova linha de
caulim calcinado e flash caulim que
reduz em até 10% o consumo de TiO2,
sem comprometimento da qualidade.
Não se pode reverter a preocupação e
impacto que um produto como o TiO2
tem no custo final da tinta, mas pode-
-se ofertar soluções que diminuam
esse impacto. As empresas que de-
senvolverem e focarem nos extenders
terão uma maior competitividade no
mercado. A Ouro Branco está apta a
dar esse suporte”, garante Bartholi.
Atualmente, a Arinos Univar também
dispõe em seu portfólio do produto
Sylowhite SM405, fabricado pela
multinacional Grace. “É um aditivo
para redução de titânio em tintas
arquitetônicas e sistemas base água.
O Sylowhite é capaz de apresentar
grande melhoria na opacidade e
alvura dos revestimentos em substi-
tuição aos pigmentos brancos”, revela
Anilton Flávio Ribeiro, diretor tintas e
industriais da Arinos Univar.
Para Gabriel, da Carbono, a substitui-
ção do dióxido de titânio pode ser di-
vidida em duas correntes: substituição
por produtos de qualidade, que visam
a manutenção da qualidade do pro-
duto final, e a mera substituição que
visa a redução de custo simplesmente.
“O primeiro caso sempre vai existir. O
consumidor do pigmento deve sempre
ter a alternativa de qualidade, para
que possibilite flexibilizar sua matriz
produtiva e sua matriz de custeio. O
segundo caso não deve existir. Hoje,
a Carbono preza as alternativas que
ofereçam qualidade. Por exemplo,
temos um extensor de TiO2 à base
de carbonato de cálcio, com mesmo
tamanho de partícula do TiO2, que
permite a substituição de 20% do
TiO2 e ao mesmo tempo melhora a
emissão do VOC da tinta, pois tem
uma densidade muito menor do que
o TiO2”, destaca.
Para Barboza, da DuPont, a busca por
aprimoramento do balanço entre
qualidade e custo nas formulações
sempre vai existir nas empresas.
“Neste processo, procuramos de-
monstrar aos nossos clientes que a
utilização de um produto de qua-
lidade, com maior valor agregado,
resulta em um custo total menor.
O foco no custo de aquisição não
necessariamente resulta em econo-
mia. Há poucos anos, lançamos no
mercado o R-902+, que possui como
proposta de valor uma dispersão
mais fácil e processabilidade para
nossos clientes, ou seja, menor cus-
to total. A mensagem foi claramente
compreendida pelo mercado e, hoje, é
um produto líder no mercado nacio-
nal”, divulga.
A Dry Color não busca a substitui-
ção do dióxido de titânio por outro
produto, mas sim busca incansavel-
mente a redução de custos, por meio
de fortalecimento de suas parcerias.
“Investimos cada vez mais na impor-
tação de grandes volumes para tentar
amenizar o custo final do produto”,
conta Priscila.
Inovações
O desempenho e os benefícios deste
produto têm sido ampliados conti-
nuamente. “Atualmente, o dióxido de
titânio oferece excelente dispersão e
resistência a intempéries e contribui
para a fabricação de tintas ‘limpas’
(clean coatings) e mais brilhantes”,
destaca Camila, da Evonik.
Dentre as inovações que estão no
mercado, a Cristal Global apresentou
no Congresso da Abrafati 2011 sua
inovadora linha de dióxido de titânio
ultrafinos, chamada de Cristal Activ.
“Na palestra de Enrico Geninazza,
gerente global de marketing para
TiO2 ultrafinos, ele apresentou os re-
José Carlos Barthol i , diretor
comercial da Minérios Ouro Branco
André Ferreira Coelho, gerente de produto
da unidade de negócios de tintas, adesivos e
construção civil da quantiQ