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PAINT & PINTURA
Abril 2012
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quistou o seu lugar e mostrou que agrega valor, além
de trazer outros benefícios, como a redução de custos.
O Brasil, um país de dimensões continentais, necessita
da distribuição, e assim como é na Europa e nos EUA,
se tornou cada dia mais de vital importância para a
cadeia produtiva.
Revista Paint & Pintura: Com a grande tendência da
Química Verde, e que foi também tema deste evento,
o senhor acredita que o setor de distribuição está
fazendo o seu papel?
Rubens Medrano:
Estamos começando com a Quími-
ca Verde, e a previsão é que nos próximos 10 anos ela
estará totalmente implementada. Hoje, o Ebdquim
propõe uma visão do futuro, por isso a Associquim
quer ouvir para depois se posicionar. Temos uma quí-
mica tradicional com frutos da Química Verde, e neste
contexto nossa missão é descobrir de que maneira
podemos cooperar para que essa implementação seja
feita da melhor maneira possível, atingindo as indús-
trias consumidoras em geral com seus benefícios e com
produtos renováveis.
Um dos grandes questionamentos mundiais sobre a
Química Verde é que alguns produtos que servem de
matéria-prima para a indústria química também estão
presentes na alimentação humana, e neste aspecto o
Brasil está numa posição ímpar, pois temos abundân-
cia de terra e condições de expandir nossas produções
agrícolas, podendo atender as duas áreas sem preju-
dicá-las. Alguns países não possuem essa facilidade, e
acabam transferindo determinadas matérias-primas
da alimentação para a indústria química, criando um
problema social muito grande.
A Química Verde é muito importante, e o distribuidor
tem o dever de levar ao consumidor os benefícios com
as novas fontes renováveis e o que se pode maximizar
na produção.
Revista Paint & Pintura: Há uma preocupação gene-
ralizada com a economia mundial. O que o senhor
prevê para a economia global e, em especial, para
o Brasil?
Rubens Medrano:
Nossos grandes parceiros comerciais
estão nos Estados Unidos, e, surpreendentemente, é
um país que começou a reagir, lentamente, mas está
reagindo. A indústria americana, com a descoberta do
shale gas, que tem um preço espetacular, está renas-
cendo. Não existe mais um foco direcionado apenas aos
países árabes como supridores de matéria-prima, e os
Estados Unidos podem ser um grande parceiro na pro-
dução de produtos, com preços economicamente bons.
O Brasil tem um comércio norte-sul, e está cada vez
mais com uma proximidade geográfica com os EUA, e
tenho plena certeza que vamos nos beneficiar dessas
matérias-primas mais baratas. A recuperação econô-
mica dos Estados Unidos ajuda nosso país na expor-
tação de produtos manufaturados.
Hoje, o Brasil é respeitado e inserido globalmente; nos-
sa economia tem dado esses impulsos, principalmente
devido ao trabalhador que tem emprego - o índice
de desemprego tem sido muito baixo -, que continua
consumindo e não deixa de pagar. Outro mérito do
nosso país foi com o governo Lula, que trouxe para o
mercado de consumo a população C e D, que estava
excluída, e que hoje mantém a economia aquecida e
com previsão de que continue nesse ritmo aquecido
nos próximos anos. Também não podemos esquecer os
grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas,
que já estão trazendo grandes investimentos do go-
verno, da iniciativa privada etc. Acreditamos que pelo
menos até 2020, se nada atrapalhar, teremos um ritmo
de progresso muito bom e com ótimas oportunidades
para o nosso setor.
Revista Paint & Pintura: Qual
é a
mensagem que o
senhor deixa para os distribuidores?
Rubens Medrano:
Continuar com essa política e saber
que a Associquim pode continuar contando com o apoio
dos distribuidores, pois somos uma entidade de via de
duas mãos: é pró-ativa e também reativa. Podemos
ter nossas ideias, projetos, mas é muito importante
também receber a demanda dos distribuidores. Todos
eles estão de parabéns pelo evento, que foi de grande
sucesso, pelo apoio que nos deram, e que continuem
dando. Tenho certeza que a distribuição de produtos
químicos no Brasil atingirá seus objetivos, pois temos
um potencial de crescimento muito grande para os
próximos anos.