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O
mercado de tintas ar-
gentino vem experi-
mentando um cres-
cimento sustentado.
Foi o que refletiram
as últimas estatísticas
disponíveis do Instituto Na-
cional de Estatísticas e Censos (Indec),
que mostraram uma alta na produção
de tintas de 9% durante 2010, compa-
rada a 2009. Durante esse ano, a tinta
para construção e uso doméstico che-
gou ao volume de produção de 159.375
toneladas, enquanto no ano seguinte
o índice foi de 172.806. Enquanto isso,
as tintas para outros usos registraram
uma produção de 63.204 toneladas
durante 2009 e 69.955 toneladas
durante 2010.
Ao longo de 2011, o panorama come-
çou a mudar. Ocorre que os níveis de
produção foramafetados pelo impacto
da política de restrições às importações
impostas pelo governo argentino pela
Secretaria de Comércio Interior.
Segundo analistas consultados por
Paint & Pintura, amaioria dos insumos
utilizados na fabricação de tintas pro-
vém do exterior e, por enquanto, não
há como substituí-los no país. Muitos
insumos estão nos contêineres da al-
fândega argentina, o que deixa o mer-
cado na expectativa dessas decisões.
O freio do governo argentino às im-
portações procura equilibrar o déficit
da balança comercial. Pretende, dessa
forma, que se produza no país a maior
quantidade possível de bens. Por essa
razão, o Ministério da Indústria con-
vocou as empresas do setor químico e
petroquímico para duplicar a capa-
cidade instalada, desenvolver novos
processos com a incorporação de tec-
nologia, abastecer a demanda interna
regional e dar um salto exportador
para abastecer a forte demanda de
produtos do setor. Espera-se, assim,
que o setor invista US$ 25,5 bilhões
nos próximos 10 anos para poder
triplicar a produção.
Foi nesse cenário que a empresa dina-
marquesa de tintas industriais Hempel
inaugurou este ano uma nova fábrica
na Argentina, com o desembolso de
US$ 17 milhões no parque industrial
de Pilar, província de Buenos Aires. A
companhia atingirá uma capacidade
de fabricação de 10 milhões de litros
de tinta anuais, sendo 4 milhões de
litros em uma primeira etapa.
“Ummercado interno forte e compra-
dor, com um crescimento sustentado,
oferece um cenário de segurança para
que as empresas líderes do setor con-
tinuem investindo”, disse a ministra
da Indústria, Débora Giorgi. Ela afir-
mou ainda que esses investimentos se
traduzem em melhoria setorial e que
favorecerão outros setores industriais,
porque poderão fornecer produtos
fabricados no país a empresas que
até hoje importavam essas tintas
especiais.
Olhando para o futuro, a Hempel pro-
jeta faturar US$ 15 milhões em tintas
na Argentina, abastecer o mercado
interno em sua totalidade e, também,
exportar para outros países da região
cerca de US$ 10 milhões. Um dado
importante: essa é a segunda fábri-
ca que a empresa tem no continente
americano, depois de uma filial nos
Estados Unidos. A empresa ocupa 20
mil metros quadrados, dos quais 7.500
em instalações de escritórios, laborató-
rios e depósitos, e 2.500 para produção.
A fabricante de tintas argentina Ve-
nier anunciou em janeiro um inves-
timento de US$ 2,5 milhões durante
2012 para aumentar em 25% sua
produção de tintas nas duas fábricas
que mantém na província de Buenos