Page 30 - 169

Basic HTML Version

www.paintshow.com.br
30
Agosto 2012
PAINT & PINTURA
reológicos, extensão de TiO2, barrei-
ra à gases, aumento de resistência
mecânica etc.
Novos desenvolvimentos
O mercado de cargas minerais vem, a
cada dia, trazendo novidades e ino-
vações tecnológicas para o segmento
de tintas. A J.Reminas, por exemplo,
tem vários projetos em estudo, tanto
no que diz respeito a melhoria na in-
dustrialização de cargas com dureza
inferior a três na escala mohz, que
aumentará em 30% a capacidade de
produção, como relacionado a alvura
e densidade das sílicas produzidas
para as indústrias de tintas e pisos in-
dustriais. “Isso num avanço à base da
nanotecnologia, aprimorando a carga
em questão de cobertura e deixando
as tintas mais baratas em moagem
das tintas. A cada ano que passa, o
mercado de cargas minerais cresce
substancialmente e ganha um espaço
novo no mercado externo na mesma
proporção de sua evolução”, declara
Elaine Luciano, gerente técnica em
desenvolvimento.
A J.Reminas ainda mantém os proces-
sos de nanotecnologia como umaliado
na qualidade das cargas minerais. “No
foco da nanopartícula conseguimos
obter cargas minerais de baixíssima
densidade, o que é um resultado muito
plausível e esperado pela indústria de
tintas, que é nossa parceira em 70%
dos projetos de nano. Temos grande
respeito e nos aliamos a esse mercado
de nanopartícula que correspondeu
a nossa expectativa na resolução dos
problemas de absorção em tintas PVA.
Pelo sucesso de algumas cargas já ven-
didas no mercado, temos para 2013
um projeto para nano em outras três
cargas minerais de nossa fabricação,
e estamos bem avançados nos testes.
Com certeza, terá o mesmo sucesso
que as sílicas de nanopartícula”, acre-
dita Elaine.
Na opinião de Luiz Gomes Barbosa
Júnior, gerente técnico comercial
da Divisão de Tintas da Novacolor,
os principais avanços tecnológicos
empregados nas cargas minerais nos
últimos anos são a nanotecnologia
e tratamentos superficiais. “Benefi-
ciamentos físicos já são realizados
há mais tempo, como calcinação e
moagem, embora continuem evoluin-
do em processos mais eficientes com
produtos finais de melhor qualidade.
Porém, por causa da disparada do
preço do dióxido de titânio, silicatos
de alumínio, hidrossilicatos de alumí-
nio, sulfato de bário ou nanocalcita
estão sendo muito bem empregados
como extensores de titânio, produtos
obtidos por meio de diferentes tecno-
logias e tratamentos utilizados com
a finalidade de aliviar o custo das
formulações mantendo a qualidade.
Em setembro de 2012, colocaremos
em funcionamento nosso primeiro
moinho de choque de partículas para
obtenção de nanominerais. Nossa
capacidade produtiva estimada será
de 100 toneladas/mês. Pretendemos
ainda produzir em breve carbonato
de cálcio precipitado”, revela.
Para Barbosa, da Novacolor, a na-
notecnologia é algo que veio para
ficar. “Porém, ainda temos muito a
caminhar nesse sentido. Creio que
nem tudo deve ser nano; precisamos
orientar os formuladores sobre a
exata aplicação de nanominerais, não
permitindo que essa tecnologia seja
empregada de qualquer maneira, por
modismo. Atualmente, em nossos pro-
cessos de moagem, via seca e úmida,
conseguimos obter minerais com no
mínimo 0,4µm de tamanho médio de
partícula”, conta.
Mario Henrique Rebouças, químico
industrial e coordenador da qualidade
da Okyta, revela que hoje as cargas
minerais são utilizadas não somente
para redução de custos de produção,
por exemplo, a substituição do TiO2.
“Há estudos que comprovam sua
funcionalidade na formulação, me-
lhorando as propriedades químicas e
físicas do produto final. Tratamentos
superficiais feitos em cargas como
o uso de ácido esteárico, absorção
de aditivos à base de silicatos e a
própria micronização são avanços
Juarez Donizete, diretor da Carbominer
E l a i ne Luc i ano, gerente técn i ca em
desenvolvimento da J.Reminas