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Agosto 2012
PAINT & PINTURA
partículas cada vez menores, o que au-
menta o poder de cobertura nas tintas
imobiliárias. “A Lagos está em fase
final da construção de sua planta de
nanocarbonato de cálcio precipitado e
será a primeira do gênero na América
Latina. Com isso, iremos oferecer ao
mercado um produto com alta tecno-
logia agregada, o que poderá reduzir
o consumo de dióxido de titânio e
reduzir os custos das formulações com
ganho de performance. Além disso,
oferecemos ao mercado de tintas e
vernizes, o nano PCC com partícula de
40 nanômetro, que permite substituir
parte do dióxido de titânio com um
custo muito menor”, garante.
A Bandeirante Brazmo distribui car-
gas de partículas ultrafinas, de fácil
dispersão, utilizadas no sistema base
aquoso e solvente. “Temos cargas
com o mesmo tamanho de partículas
do dióxido de titânio, favorecendo a
opacidade e o brilho, sem perder co-
bertura. Com essas características, o
fabricante de tintas consegue reduzir
parcialmente a quantidade de dióxido
de titânio de suas formulações uti-
lizando estas cargas, que têm custo
extremamente acessível. No campo
da nanotecnologia, estamos disponi-
bilizando cargas lavadas, tratadas, de
fácil dispersão, as quais favorecem o
brilho e menor utilização de dióxido
de titânio”, ressalta Luciana Pires de
Almeida Menezes, gerente de produto.
Já a Univar, visando atender seus
clientes com as melhores opções tec-
nológicas, atende o mercado brasileiro
com a linha de produtos da empresa
Sachtleben. “São grades de sulfato de
bário blanc fixe F, N e micro”, salienta
Anilton Flávio Ribeiro, diretor de tin-
tas e industrial.
Custo
Para muito fornecedores, o custo
ainda tem sido um fator que acaba
dificultando a entrada da nano-
tecnologia em cargas minerais.
“Quanto mais micronizadas
forem as partículas, maior
será o gasto energético, menor
produção, e tudo isso deve ser
somado no valor final do pro-
duto, tornando-o bemmais caro,
inviabilizando o uso. Há cargas
bem mais baratas e com desem-
penho satisfatório. Entra nesse
caso o custo benefício”, declara
Rebouças, da Okyta.
Para Bartholi, da Minérios Ouro
Branco, o custo ainda é o maior
entrave ao desenvolvimento dessa
tecnologia em minerais. “Como
sabemos, os minerais são produ-
tos de baixo valor agregado, o que
dificulta ainda mais esse desen-
volvimento. Mas com o passar dos
anos essa tecnologia tem se tor-
nado mais acessível, por essa razão
acreditamos que o ponto de equilíbrio
está perto de ser concretizado”, prevê.
Elaine, da J.Reminas, também afirma
que, infelizmente, o custo para fabri-
cação da nanotecnologia é bem alto
e, por esse motivo, só é possível essa
tecnologia em algumas cargas mine-
rais, que agregam valor ao processo.
“Já tentamos o mesmo processo de fa-
bricação em algumas cargas minerais
mais baratas, mas o processo onera
Emílio Walace Nemer, diretor presidente da
Mineração Nemer
José Carlos Bartholi, diretor comercial da
Minérios Ouro Branco