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26
Outubro 2012
PAINT & PINTURA
a esses quatro pilares.
São projetos específicos, uma lista de
50 a 70 projetos internos. Também
estamos inserindo no DNA da PPG
a metodologia do “Six Sigma”, para
implementação dos projetos de me-
lhoria contínua. Temos 50 pessoas
sendo treinadas no Brasil e a ideia é de
melhoria nos processos. Isso ajudará a
implementar todas essas estratégias, e
já estamos começando a executar.
Revista Paint & Pintura:
Quanto será investido nestes
projetos?
Carlos Oliveira Santa Cruz:
Por exemplo, vamos investir, nos
próximos 3 a 5 anos, cerca de R$
200 milhões no site de Sumaré (SP),
um multicomplexo, para fortalecer
a nossa posição em manufatura. É
um investimento bastante pesado,
com o objetivo de fortalecer nossa
manufatura local.
Nós sempre temos investimentos, mas
esse é o site principal, com área de 434
mil metros, sendo 35 mil metros de
área construída, com cinco fábricas
que atuam em todos os segmentos,
menos o imobiliário, que fica no Sul do
País, que é a Tintas Renner.
Revista Paint & Pintura:
A marca Tintas Renner
é muito conhecida na
Região Sul. Existe alguma
estratégia para expandir essa
participação?
Carlos Oliveira Santa Cruz:
A grande estratégia da PPG é focar
a Tintas Renner somente na Região
Sul, pois é uma marca gaúcha, uma
marca líder regional. Levar a marca
para o Sudeste ou Nordeste não faz
sentido, porque já existem grandes
players que são donos do mercado. A
Tintas Renner é uma marca regional
no segmento imobiliário. Atendemos
regiões como Mato Grosso e o Norte
do Brasil, mas nosso foco é o Sul
do Brasil, não queremos desviar a
atenção.
Revista Paint & Pintura:
Hoje, qual é a visão do
senhor do mercado de tintas?
A crise internacional afetou
o mercado brasileiro?
Carlos Oliveira Santa Cruz:
Colocando uma visão de médio
a longo prazo, acredito que o
crescimento do Brasil para os
próximos anos chegará entre
3%a 4%. Porém, este ano será um
crescimento sustentável. O Brasil
tem alguns grandes desafios que
o governo está trabalhando, como
infraestrutura, cargas tributárias,
cargas
trabalhistas,
impostos. Mas, é
um País que, sem
dúvida, temos
que investir,
inclusive,qualquer
multinacional
americana,
asiática ou
europeia investirá
no Brasil,
pois é um mercado que oferece
estabilidade, principalmente devido
aos eventos como a Copa do Mundo
e as Olimpíadas,que trarão muitos
investimentos para todos os setores,
como o setor da construção. Terá
que criar infraestrutura para
atender os grandes eventos, por isso,
de alguma maneira, o País vai seguir
crescendo.
Claro que algumas coisas irão reper-
cutir no Brasil, como a crise da Euro-
pa, mas se compararmos a situação
do Brasil hoje com a de 10 ou 15 anos
atrás, quando o País precisava de di-
nheiro e recorria às portas do Fundo
Monetário Internacional (FMI)para
pedir empréstimos, hoje, o Brasil é a
‘bola da vez’, e a situação se inverteu,
pois o Brasil empresta dinheiro para
o FMI.
Não vejo que estamos numa crise, acho
que vamos ter um crescimento abaixo
dos 7% que crescemos em 2010 com
relação a 2009, inclusive, não temos
infraestrutura para crescer a essas
taxas, o País não tem ferrovias, não
tem portos, por isso,temos que crescer
de 3%a 4%,de forma sustentável. Atu-
almente, o Brasil é a sexta economia do
mundo, um país com muitas riquezas
naturais e com um nível deprofissio-
nais bastante elevado; os profissionais
brasileiros são de primeira linha. O
Brasil tem muito a oferecer e, por isso,
a PPG está focada em desenvolver seus
negócios no Brasil.
Revista Paint & Pintura: Como
foi o primeiro semestre para
a PPG?
Carlos Oliveira Santa Cruz:
Para a PPG, no mundo, os últimos seis
trimestres apresentaram recordes de
vendas. A empresa está muito bem no
mundo, apesar de toda essa crise in-