Page 70 - 172

Basic HTML Version

www.paintshow.com.br
70
Novembro 2012
PAINT & PINTURA
de aplicação. “Já as recentes inovações
são os chamados antimicrobianos,
que conferem características anti-
microbianas ativas às superfícies
utilizadas na preparação de tintas
higiênicas ou antimicrobianas. Outra
inovação é o produto encapsulado,
que tem boa aplicação na proteção
de películas e de superfícies diversas.
A Ipel também lançou, no último
congresso da Abrafati, a linha Olus
de produtos para proteção no estado
úmido totalmente baseado em com-
ponentes naturais, sem a presença
de nenhum componente sintetizado.
Olus, em latim, quer dizer vegetal e
todos os componentes são extraídos
de vegetais de maneira sustentá-
vel. O Olus não é um biocida, mas
o seu uso na formulação inibe o
desenvolvimento de microrganismos
garant indo uma proteção sem
biocidas. Ele foi desenvolvido pela
Ipel depois de quatro anos de trabalho
para outra aplicação, mas decidimos
disponibilizá-lo para o mercado de
tintas para aplicações especiais.”
Leite ainda informa que todos os no-
vos desenvolvimentos da Ipel seguem
a tendência de utilização de compo-
nentes ecologicamente corretos, com a
eliminação ou redução de componen-
tes mais tóxicos e agres-
sivos ao meio ambiente.
“Todos os componentes
utilizados também têm
aprovação pelos órgãos
regulatórios nacionais e
mundiais. Assim que se
divulga a restrição total
ou parcial de algum
componente, imedia-
tamente atendemos a
essas recomendações em
nossos produtos.”
A migração de molécu-
las de outras áreas, como, por exem-
plo, cosméticos, juntamente com o
“blend” de diversas moléculas para
uma melhor eficiência em preserva-
ção, é a tendência atual para Fabio
Couto Forastieri, gerente de vendas
Brasil da Lonza. “Estamos preparados
para desenvolver blends específicos
para os clientes de maneira a tornar
eficiente a preservação de um produto
específico, sempre oferecendo soluções
ecologicamente corretas e produtos
aprovados pelos órgãos internacio-
nais. Além disso, as exigências do setor
passam por baixa toxicidade, boa per-
formance e competitividade de custos
tanto para bactericidas quanto para
fungicidas e algicidas, porém ainda
existem empresas uti-
lizando produtos com
restrições internacio-
nais e toxicidade alta”,
alerta.
Hoje, percebemos que a
busca por produtos eco-
logicamente e ambien-
talmente corretos já
passou de uma simples
tendência para uma
obrigação das empresas
envolvidas no desen-
volvimento de novos
produtos para o mercado. “É dessa
forma que as empresas também en-
contram uma maneira de se destacar
e o segmento de biocidas não fica
fora dessa vertente. As inovações do
setor estão voltadas para a busca de
aditivos que atendam a essas neces-
sidades, além de buscar produtos que
melhorem a durabilidade das tintas”,
destaca Eduardo Oliva, coordenador
da Unidade de Negócios Fracionados
da UniAmerica.
Na opinião de Ailton Ribeiro, geren-
te de campo - Divisão Industrial da
Alcolina, as exigências do mercado
se resumem em tecnologia e custo,
já que a competitividade está muito
grande entre os fabricantes de tin-
tas. “O mercado sempre busca alto
rendimento, e novidades em produtos
de origem vegetal, porém ainda tem
uma barreira que é seu alto custo. Mas
entendemos que a atual abertura para
os potencializadores de moléculas
convencionais já é uma grande evolu-
ção, possibilitando menores dosagens
e maior rendimento.”
Karina Zanetti, da assistência técnica
da Miracema-Nuodex, conta que a ex-
pertise daMiracema está em formular
biocidas, buscando a máxima sinergia
entre os diversos ativos. “Nossa prio-
ridade é sempre manter a qualidade
Luiz Wilson Pereira Leite, diretor de marketing e negócios
internacionais da Ipel
Luis Gustavo Ligere, coordenador de vendas da Lanxess