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Março 2013
PAINT & PINTURA
Revista Paint & Pintura:
Como a Dow sentiu
a necessidade de
proporcionar agilidade nos
desenvolvimentos?
Marcelo Junho:
A necessidade
apareceu devido pela mudança do
consumidor. Há cinco anos, o custo
de tinta e o custo de mão de obra
era 1 para 1. Hoje, o custo de tinta
é 1, mas o custo da mão de obra
subiu para 5, passando a ser um
item muito mais preocupante do
que a tinta. Por isso, a tinta tem
que ter uma qualidade muito maior,
pois não se pode desperdiçar a mão
de obra, que está tão cara.
“Estamos aliando o poder da
tecnologia com o desenvolvimento
humano para trazer soluções para
qualquer desafio da humanidade e
para o mercado”
Enfim, as necessidades começaram
por causa do custo da mão de obra e
também pela classe C, que passou a
consumir mais tinta, ou seja, o mer-
cado se sofisticou e está demandando
mais tintas. Tudo isso faz com que
a necessidade e o desenvolvimento
sejam maiores. Temos todos os re-
cursos para os desenvolvimentos das
inovações, só é preciso realizar com
agilidade. E a forma que encontra-
mos foi usar o nosso laboratório, po-
rém dialogar de uma forma diferente
com nossos clientes, principalmente
com a área de desenvolvimento. Que-
remos conversar mais sobre solução
e menos sobre produto.
A forma que eu acho que o
mercado de tintas pode evoluir
é exatamente nesse binômio
produto ou solução. Há uma
diferença muito grande, entre o
que o cliente quer: uma solução
para o seu consumidor ou um
produto para ser testado. E que-
remos justamente desenvolver
junto com o cliente a solução,
um processo muito mais rápido.
Revista Paint &
Pintura: Esse trabalho
é específico para a área
de tintas?
Marcelo Junho:
Sim,
é destinado para tintas
decorativas e industriais.
Por exemplo, nas tintas de
manutenção e proteção
marítima as situações
são mais complexas, pois
é necessário tempo para
testar. Porém, temos alguns
casos em laboratório de
fazer a aplicação acelerada,
e também temos painéis
de exposição que já estão
funcionando há mais de cinco
anos, ou seja, conseguimos acelerar
todo esse processo para o cliente.
Isso também acontece na área
arquitetônica.
Acho que o mercado de tintas tem
uma oportunidade gigantesca de
acelerar a inovação, seja em custo,
benefício funcional, rendimento de
uma forma ainda pouco explorada.
Acredito que o desenvolvimento de
um ciclo de uma tinta pode ser muito
mais rápido.
Revista Paint & Pintura:
A indústria brasileira tem
procurado dialogar para
chegar numa solução?
Marcelo Junho:
É uma questão
cultural. Eu diria que, ativamente,
difundido não. Nos últimos dois
anos, 30% das nossas vendas
vieram de novos desenvolvimentos,
desses 30%, quase 80% vieram de
projetos em conjunto, ou seja,
dessa forma de colaboração de
abordagem, e que a Dow chama
de “Solucionismo”, que para nós
é aliar o poder da tecnologia com
as pessoas e juntos trazermos
uma solução para qualquer
desafio da humanidade. Mas essa
porcentagem já está crescendo, ou
seja, estamos gerando mais projetos
com quase o mesmo número de
clientes, ou seja, aqueles que já
faziam parte desse projeto estão
aumentando o número de projetos.
Porém, qualquer empresa pode ter
acesso a isso, o cliente escolhe e
nós, juntos, tentamos solucionar. A
correlação é direta entre a forma de
diálogo, confiança e o resultado.
Revista Paint & Pintura:
Qual a principal tendência