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uma relação com o fornecedor
de solicitar produtos já prontos.
Estamos falando em criar a solução,
mas sempre ouvimos dos clientes:
‘eu quero um produto’. Temos
alguns casos que, quando mudamos
a forma de dialogar com o cliente,
o desenvolvimento que levava dois
anos passa a levar apenas um ano,
e os que levam um ano passamos a
desenvolver em 6 meses, e alguns
até em menos de três meses.
Os profissionais, as pessoas e em-
presas são as mesmas, porém o que
mudou foi a forma de dialogar, o que
fez com que pudéssemos trazer para
o mercado uma inovação em menos
da metade do tempo.
Trabalhamos juntos com os clientes
num conceito e, ao invés, de oferecer
um produto para ele testar, conver-
samos e chegamos juntos ao desen-
volvimento de uma solução.
Nós temos os recursos, os profis-
sionais, laboratórios para fazer
exatamente o que o cliente precisa e
numa velocidade diferenciada. Mas
para isso acontecer precisamos que
os clientes tenham a iniciativa de
nos procurar e dialogar sobre suas
necessidades e problemas. Com isso,
conseguimos diminuir pela metade o
tempo de trazer uma inovação ou de
trazer uma solução.
Temos alguns projetos já realizados
em parceria com alguns clientes. E se
necessário, fazemos um contrato de
confiabilidade.
Revista Paint & Pintura:
Qual o custo de um projeto?
Marcelo Junho:
Ao invés de
reduzirmos o custo da matéria-
prima, conseguimos diminuir o
custo do produto total, e reduzimos
o custo de aplicação em 10%. Na
verdade, o custo é discutido e
alinhado com o cliente desde o
início, e o projeto já nasce com 80%
de probabilidade de sucesso.
Revista Paint & Pintura:
Quais as principais
necessidades que são
possíveis explorar nesses
desenvolvimentos?
Marcelo Junho:
Podemos
explorar melhor com a área
técnica, principalmente, as
necessidades de redução de custo,
nova tecnologia, incorporação de
alguma funcionalidade, tudo isso
com grande redução de tempo. Por
exemplo, temos casos na área da
sustentabilidade, que se o cliente
precisa de um produto com o perfil
de uma tinta com ingredientes
renováveis e biodegradáveis ou com
formulação zero ou menor demanda
de VOCs conseguimos trabalhar com
isso muito rápido. Para reduzir a
quantidade de emissão de CO2 na
tinta, temos o produto Evoque, que
reduz uma quantidade significativa
de titânio, ou seja, proporciona
uma redução significativa de CO2
pela diminuição do titânio que está
sendo usado.
Também já realizamos projetos de
uma tinta com menor custo, que foi
concluído em apenas cinco meses,
desde todo o desenvolvimento até a
tinta ser lançada no mercado. Hoje,
é muito comum no mercado tintas de
alta diluição, ou seja, a tinta pode ser
diluída em 60% até 80%.
Outra inovação da Dow é a tecno-
logia que transfere o efeito da flor
de lótus para uma tinta; chamamos
de repelência a líquidos, ou seja, o
produto repele o líquido e também o
manchamento.