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PAINT & PINTURA
Março 2013
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O
mercado de dióxi-
do de titânio vem
acompanhando a
evolução do setor
de tintas, tanto
que as inovações se
referem ao melhor de-
sempenho do produto nas aplicações,
como em tintas mais limpas (clean
coatings), permitindo a oferta de TiO2
com características de maior brilho e
maciez, solidez à luz, excelentes pro-
priedades de dispersão e resistência
a intempéries. Além disso, apesar de
existirem produtos que substituam
parcialmente o dióxido de titânio,
ainda é impossível que esses produtos
alcancem a mesma performance e
características do TiO2, como eficiên-
cia de opacidade e cor em condições
semelhantes.
Mas como a indústria de maneira
geral, este segmento, em 2012, foi
atípico, não apresentou a evolução
esperada nem cresceu como previsto.
Para este ano, a perspectiva é de que
haja uma recuperação ainda lenta da
nossa economia, mas com certeza as
expectativas são mais positivas, pois
o Brasil já apresenta grandes oportu-
nidades em função de investimentos
necessários de infraestrutura devido
os importantes eventos, como Copa
do Mundo e Olimpíadas, além do in-
centivo habitacional.
Cenário atual
Os mercados são diretamente afetados
pelas crises econômicas mundiais,
como tem ocorrido nos últimos anos.
Em 2012, o mercado de dióxido de
titânio acompanhou o ritmo da ati-
vidade econômica verificada no País,
mas as expectativas são mais positivas
para 2013.
A demanda aparente do TiO2 caiu
entre 6% e 7% no ano de 2012 quando
comparada com 2011. “Com relação à
perspectiva para 2013, as incertezas
são enormes, pois além da situação
econômica do Brasil e mundial, das
condições de crédito, investimentos
etc., para a devida caracterização da
demanda aparente, além da demanda
real, existe o movimento de estoques,
que de um ano para outro pode apre-
sentar variações importantes. Com
estas variáveis emmente, poderíamos
arriscar um número entre 2% e 3%
de crescimento”, prevê Ciro Marino,
diretor comercial e de marketing para
América Latina da Cristal.
O mercado de dióxido de titânio aten-
dido pela Carbono praticamente não
teve crescimento em 2012. “Atende-
mos, principalmente, o mercado de
tintas, que deve fechar o ano de 2012
com um crescimento bastante aquém
das previsões iniciais divulgadas na
abertura do ano passado. Para 2013,
imaginamos um ano de maior recu-
peração do ritmo de crescimento, a
economia mundial apresenta sinais
de que paulatinamente consegue se
estabilizar, fazendo a contenção dos
problemas já identificados e circuns-
crevendo-os de modo a evitar o pânico
e a contaminação de outras áreas. Os
estímulos governamentais à indústria
devem se realizar em 2013, melho-
rando a confiança do empresariado
e, desta maneira, impulsionando o
consumo do mercado industrial”,
analisa Rodrigo Gabriel, diretor de
desenvolvimento da Carbono.
Na verdade, o mercado de dióxido
de titânio em 2012 não apresentou
crescimento, ficando abaixo das
expectativas para o ano, devido,
principalmente, à queda da deman-
da do mercado de tintas no Brasil,
principalmente nos setores de tintas
imobiliárias e automotivas. “Na po-
sição de importador e distribuidor,
2012 foi um ano difícil para dióxido de
titânio, pois se apostou muito em um
crescimento que não houve, o merca-
do foi abastecido por um alto volume
de dióxido de titânio, até mesmo por
Luciana Pires de Almeida Menezes, gerente de
produto da Bandeirante Brazmo
Regina Schwab, diretora comercial da Braschemical