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Março 2013
PAINT & PINTURA
conta da quota que permite impor-
tações com redução de alíquota, e a
qual geralmente se esgota no meio
do ano, e a demanda do mercado
brasileiro não correspondeu, gerando
uma grande oferta de matéria-prima
e, por consequência, uma forte briga
de preço entre os fornecedores de
titânio deste mercado. Acredito que
para 2013 a previsão para o dióxido
de titânio possa ser mais otimista
com a recuperação do crescimento
do mercado de tintas, desovando
este excesso de matéria-prima que
hoje tem no mercado, até mesmo
pela proximidade da Copa do Mun-
do e dos incentivos que o governo
vem promovendo para a construção
civil e indústria automobilística no
Brasil. Por isso mesmo, estamos nos
preparando e aumentando nossas
importações e estoques de dióxido
de titânio para que nossos clientes
possam ficar tranquilos com relação
ao abastecimento desse produto em
2013”, informa Ricardo Campos,
diretor comercial da Metalloys.
William Chiossi, gerente das áreas
de tintas, resinas & construção civil
e óleos & lubrificantes da unidade
de negócios de química industrial do
Grupo M.Cassab, conta que suas ex-
pectativas para este ano são de conti-
nuar crescendo, uma vez que o grande
uso do dióxido de titânio está na tinta
imobiliária, na qual o consumo conti-
nua crescente no Brasil. “No mercado
de tintas imobiliárias também existe
a tendência contínua de melhora na
qualidade a fim de reduzir a relação
de custo entre a tinta e a mão de obra
de pintura. Há alguns anos, o custo da
pintura era metade na tinta e metade
na mão de obra. Atualmente, o custo
da mão de obra é muito superior, o que
justifica tintas de melhor qualidade
e que utilizam quantidade maior de
dióxido de titânio em sua composição.
O consumidor também ficou mais
exigente.”
Dificuldades e soluções
Atualmente, pode-se dizer que a queda
da atividade econômica mundial seja
um dos maiores entraves do setor.
No entanto, com a gradual redução
da crise global e com as perspectivas
positivas de crescimento interno,
as expectativas são melhores para
este ano. “O estímulo à retomada da
economia e aos setores industriais é
fundamental para o aquecimento do
mercado. Vale destacar que o dióxido
de titânio é um dos componentes da
fabricação de tintas, mas atende a
diferentes segmentos produtivos que,
muitas vezes, respondem de forma di-
ferente, como, por exemplo, os setores
automotivos e construção civil, que
registraram índices de crescimento
bastante significativos nos últimos
anos. As empresas também devem
manter seus investimentos, estraté-
gias de desenvolvimento de produtos
e de conquista de mercados para que
o setor siga evoluindo”, afirma Camila
Pecerini, chefe de produto para Améri-
ca Latina – área Inorganic Materials
da Evonik.
Para Victor Luis Maluf Amarilla,
diretor técnico e de marketing da
EduardoMota, gerente demercado da Braschemical
Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvimento da
Carbono
Luiz Maranho Neto, gerente da unidade de negócios
de tintas, adesivos e construção civil da quantiQ