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Março 2013
PAINT & PINTURA
como primers, tintas decorativas e
industriais”.
Já Luciana Pires de Almeida Menezes,
gerente de produto da Bandeirante
Brazmo, conta que, atualmente, o
consumidor está deixando de fazer
essa troca, “tendo em vista que o pre-
ço do dióxido de titânio chinês acaba
sendo igual ou até mesmo inferior
ao de algumas cargas usuais, com
nível mais baixo de qualidade tanto
do produto em si quanto do produto
acabado.”
Sempre houve e haverá a busca por
extensores de TiO2, porém apesar de
serem cada vez mais aprimorados,
ainda não atingem o grau de efici-
ência do TiO2. “Por outro lado, os ex-
tensores têm sido uma solução à falta
de produto e redução de custo, e essa
equação tem sido cada vez mais favo-
rável aos mesmos. Em termos técnicos
também há um limite à aplicação dos
extensores, e esse limite está muito
próximo. As alternativas existem, mas
a substituição do TiO2 por completo
ainda está muito longe”, afirma Bar-
tholi, da Minérios Ouro Branco.
Anilton Flávio Ribeiro, diretor tintas
e industrial da Univar, informa que
é preciso intensificar as pesquisas de
produtos alternativos, dentre eles os
William Chiossi, gerente das áreas de tintas, resinas & construção civil
e óleos & lubrificantes da unidade de negócios de química industrial
do Grupo M.Cassab
espaçadores de pigmento, na qual o
uso combinado com o dióxido de ti-
tânio permite reduzir o consumo em
até 12%. “Hoje, a Univar dispõe em
seu portfólio do produto Sylowhite
SM405, fabricado pela multinacional
Grace, que é um aditivo para redução
de titânio em tintas arquitetônicas e
sistemas à base água. O Sylowhite é
capaz de apresentar grande melhoria
na opacidade e alvura dos revestimen-
tos em substituição aos pigmentos
brancos.”
Para Amarilla, da Kalium, existem ino-
vações que atendem o mercado, porém
há aspectos culturais, de usos e cos-
tumes, que devem ser mudados. “Um
exemplo é a cobertura a úmido das
tintas. Em interiores, isso é desneces-
sário. Uniformizar os padrões técnicos
de forma tão abrangente faz com que
alguns tipos de tintas imobiliárias
tornem-se desnecessariamente caros.
A utilização de extensores também
pode facilitar a substituição parcial.
Se somados às cargas técnicas, preen-
cheriam lacunas de demanda em tin-
tas foscas e brilhantes. A moagem do
titânio tem demonstrado ser um bom
processo para aumentar a eficiência
do TiO2. A maioria dos usuários, por
comodidade ou falta de equipamento
adequado, só dispersa
o dióxido de titânio
fazendo com que as
partículas primárias
fiquem aglomeradas,
não dando a refração
de luz necessária para
um bom desempenho
do pigmento.”
Inovações
O mercado de dióxido
de titânio é muito ma-
duro em termos de con-
José Carlos Bartholi, diretor comercial da
Minérios Ouro Branco
sumo, cenário e tecnologia. “Existem
nanopartículas de titânio disponíveis
no mercado, mas que atendem apli-
cações totalmente distintas da tinta
e revestimentos”, revela Gabriel, da
Carbono.
A Cristal apresentará na Abrafati 2013
sua inovadora linha de dióxido de titâ-
nio ultrafino chamada de CristalActiv.
“Serão atualizados dados de testes rea-
lizados em Londres, Manila e Paris, nos
quais nossos materiais fotocatalíticos,
aplicados na composição de tintas ou
emsoluções coloidais, confirmamo bom
desempenho na captura de poluentes
do ar, reduzindo de forma considerável
os níveis de compostos nitrosos ouNOx.
A poluição do ar, emespecial os poluen-
tes NOx, continua sendo uma grande
preocupação em regiões emergentes
e em desenvolvimento; e os dióxidos
de titânio ultrafinos fotocatalíticos
surgem como uma solução moderna
e testada para que, junto com outras
iniciativas, possamos reduzir o nível de
poluição, atendendo às legislaçõesmais