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PAINT & PINTURA
Agosto 2013
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grande com investidores é um grupo
muito antigo e, no nosso caso, vai
herdar mais de 145 anos de experiência
no ramo de tintas. E no ramo de tintas
automotivas (OEM) e de repintura,
eu diria mais de 100 anos, porque a
primeira tinta que foi elaborada para
a linha contínua do Ford T, no início
do século passado, foi viabilizada pela
Dupont, através das tintas Duco, que
depois foram conhecidas no Brasil,
já pela década de 50, para repintura
automotiva, com as tintas e seus
complementos, e posteriormente
com a aquisição da antiga fábrica da
Polidura, inclusive com a unidade de
Guarulhos completando neste mês
de julho 50 anos de Brasil. A Dupont,
com o crescimento que houve no
mercado brasileiro e a necessidade
de atender principalmente as
montadoras, adquiriu e consolidou em
1975 100% das atividades lideradas
por Oscar Windmuller na Polidura
do Brasil. Atualmente temos 14 mil
funcionários ao redor do mundo,
sendo que nesta fábrica são 1.200
funcionários, configurando a maior
fábrica de tintas automotivas nas
Américas comprometida com pintura
original, na qual temos uma grande
participação: a cada dois carros, um
é produzido com tintas da Axalta. E
no mercado de repintura oferecemos
harmonia de cor e produtos que
têm o melhor encaixe entre o que a
montadora faz tanto para o substrato
de metal, como de plásticos.
Ao longo desse período, nós também
tivemos na história da Axalta Brasil a
Tintas Renner S/A., coma fábrica do Sul,
a de São Bernardo do Campo (Herberts)
e a Ideal Tintas aqui emGuarulhos, jun-
tamente com a Polidura. Forammarcas
incorporadas nesse período que foram
dando corpo anossa experiência de Bra-
sil, trabalhando comgente competente,
treinada e desenvolvida para estar em
igual nível de qualidade, de serviço, de
respeito ao meio ambiente, fazendo seu
papel como s estivesse em um país de
primeiro mundo.
Revista Paint& Pintura - O que
representam os mercados da
América do Sul e, brasileiro, em
particular para os negócios da
empresa?
Oliveira -
O Brasil representa, hoje,
mais de 50% do PIB da América
Latina. O País cresceu muito nos
últimos 20 anos em segmentos, como
o de construção civil, porque ainda
há uma demanda muito grande por
moradia; e também na indústria
automobilística, que também supre a
questão da demanda pelo transporte,
já que o transporte público não
oferece qualidade, além da paixão
do brasileiro pelo automóvel. Nos
últimos dez anos, com o afloramento
de uma nova classe média, o PIB já
ultrapassa US$ 10 mil. Nos países
onde isso aconteceu, a demanda por
automóveis aumentou. Dessa forma, o
Brasil representa 60% do consumo dos
acabamentos de pintura e de produtos
em geral da América do Sul. O foco
de crescimento do Grupo Carlyle é
Brasil e China, declaradamente. Se
analisarmos o que o País precisa em
termos de obras de infraestrutura,
vai ainda ter muita mão de obra. O
que precisamos é ter um governo que
faça a gestão disso tudo, porque não
basta ter as tecnologias, como nós
dispomos e também a indústria de
tintas em geral também dispõe e tem
para entregar para esse mercado,
seja em manutenção, marítima,
indústria geral, indústria automotiva
e em repintura. As empresas estão
qualificadas para isso e as expectativas
são boas.
Revista Paint& Pintura - Haverá
algum processo de integração?
Oliveira -
O Grupo Carlyle é um
private equity. Algumas dessas
empresas private equity tem fundos
de pensão que, ao invés de colocar o
dinheiro em um banco, eles preferem
aplicá-lo no setor produtivo. Esse
resultado financeiro vai ser muito
melhor do que “deixar” o dinheiro
no banco. A crise de 2008 e 2009
apenas reforçou essa idéia de que
os papéis provocam insegurança. O
Grupo Carlyle vem então há 25 anos
encontrando e criando um expertise
em como fazer essas aquisições. A
nossa foi global, mas também tem
outras aquisições locais aqui no
Brasil. É um grupo de US$ 170 bilhões
de negócios ao ano, ou seja, um
aspecto muito forte que eles têm em
administrar a engenharia financeira.
O negócio deles é prover recursos
para o crescimento, com recursos
líquidos para fazer os investimentos
e os controlam muito bem, ou seja,
eles cuidam da parte financeira. Eles
têm confiança nos colaboradores e
vão manter isso durante algum tempo
para que não haja uma solução de
continuidade para o atendimento do
mercado. Ou seja, os nossos clientes
vão ver as mesmas pessoas, a mesma
equipe, a mesma fábrica, a mesma
estrutura será mantida.
Revista Paint& Pintura - Existem
planos para atuar em outros
segmentos de mercado?
Oliveira -
Estamos analisando outras
áreas porque o nosso objetivo é crescer
no Brasil e não vamos crescer apenas
em indústria automobilística e em